Na audiência, o Papa refletiu sobre o
luto na família, destacando aquelas que experimentam que o amor é mais
forte do que a morte
Roma,
17 de Junho de 2015
(ZENIT.org)
Staff Reporter
No final da audiência geral, diante de milhares de peregrinos de
todo o mundo reunidos para ouvir sua catequese, o Santo Padre Francisco
convidou os fiéis a acolherem com ânimo aberto a encíclica sobre o
"cuidado da casa comum," ou seja, a criação, que será publicada amanhã e
segue as linhas da Doutrina Social da Igreja.
Esta nossa casa - recordou o Pontífice - está se arruinando e isso
prejudica a todos, especialmente os mais pobres. "O meu apelo é à
responsabilidade, com base na tarefa que Deus deu ao ser humano na
criação: cultivar e preservar o jardim, em que ele o colocou”.
Francisco também lembrou que no próximo sábado ocorre o Dia Mundial
do Refugiado, promovido pelas Nações Unidas. Por isso, ele convidou a
rezar por “tantos irmãos e irmãs que buscam refúgio longe de sua terra,
que buscam uma casa onde possam viver sem temor, para que sejam sempre
respeitados na sua dignidade". Ele também encorajou o trabalho de quem
lhes leva auxílio e fez votos de que a comunidade internacional atue de
maneira conforme e eficaz para prevenir as causas das migrações
forçadas”. O Papa também convidou todos a pedir perdão pelas pessoas e
as instituições que fecham a porta para essas pessoas que buscam um lar,
que buscam proteção.
A catequese desta semana abordou a questão do luto na família pela
perda de um dos seus membros. Francisco reconheceu que “a morte faz
parte da vida, mas quando se dá na família, é muito difícil vê-la como
algo natural”.
Ele recordou os pais “que vivem a desoladora experiência de ter de
enterrar seus filhos, ou nas crianças que ficam órfãs: algo difícil de
explicar”, e sublinhou que “há quem chegue até a culpar a Deus”.
“O pecado faz com que esta realidade seja ainda mais dolorosa e
injusta”, explicou Francisco. “Jesus nos ensina a não temer a morte –
continuou- mas também a vivenciá-la de forma humana. Ele mesmo chorou e
ficou turbado ao compartilhar o luto de uma família querida”.
Mas “entre os cristãos –destacou Francisco- há muitas famílias que
dão um belo testemunho de que a fé na Ressurreição é fonte de força e
consolação”. “Protege-nos tanto do niilismo como das falsas consolações
supersticiosas e nos confirma que a morte não tem a última palavra”.
Ele afirmou que “quando uma família de luto encontra forças para
perseverar na fé e no amor que une as pessoas caras, experimenta-se que o
amor é mais forte que a morte”.
No final, o Papa Francisco saudou os peregrinos de língua portuguesa,
particularmente os membros do Movimento de Reintegração das Pessoas
Atingidas pela Hanseníase e do Instituto Dom Helder Câmara. Ele
expressou o desejo de que “nos seus corações reine a certeza de que o
amor misericordioso do Pai celeste não esquece ninguém e se revela
especialmente próximo daqueles que são deixados para trás pela cultura
do descarte. Que Deus abençoe a cada um de vocês e quantos lhes são
queridos”.
Como toda semana, no final das saudações em várias línguas, o Santo
Padre dedicou algumas palavras aos jovens, doentes e recém-casados. Ele
recordou que ainda está vivo em nós o eco da Solenidade do Sagrado
Coração de Jesus e fez votos de que os jovens encontrem nesse Coração o
alimento da vida espiritual e a fonte da esperança. Os doentes foram
convidados a oferecer o sofrimento ao Senhor, para que continue a
espalhar o seu amor no coração dos homens. Aos recém-casados desejou que
no caminho que empreenderam, se aproximem da Eucaristia para que
“nutridos por Cristo" sejam famílias cristãs tocadas pelo amor do
Coração de Jesus.
(17 de Junho de 2015) © Innovative Media Inc.
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