O comandante da Gendarmaria do Vaticano revela que não é fácil defender o Papa e que alguns países islâmicos estão colaborando neste importante serviço
Roma, 02 de Março de 2015 (Zenit.org)
A revista Polizia Moderna publicou na edição de Março uma longa entrevista com Domenico Giani, comandante da Gendarmaria
do Vaticano há 9 anos, 16 na activa no Vaticano, a serviço de três
Papas. Uma interessante discussão sobre os problemas enfrentados pelos
envolvidos na segurança do Papa Francisco e do Vaticano.
Na entrevista, o comandante dos Gendarmes é questionado se as
ameaças do Isis contra a Santa Sé podem são credíveis. "Existe a
ameaça", responde Giani: "é o que emerge das conversas que tenho com os
colegas italianos e estrangeiros. Mas uma coisa é a existência de uma
ameaça, outra coisa é um ataque planeando. No momento, posso dizer que
não temos conhecimento de planos para atacar o Vaticano ou o Santo
Padre".
A este respeito, perguntaram a Giani se existe uma colaboração com os
países islâmicos: "Sim - afirma - e de muitos países islâmicos não
chegam apenas informações valiosas, mas também demonstrações de estima e
admiração pelo Santo Padre. Posso dizer que hoje o Papa é visto e
respeitado pelo Islão como a autoridade moral mais influente do mundo.
Seja por parte de autoridades religiosas como civis".
"Além disso - acrescenta Giani - acho que é evidente o grande
respeito que Francisco demonstra para com todos os credos e o fato de
que seu pontificado seja marcado pelo projecto de trazer a paz entre os
povos através do diálogo inter-religioso".
Entre as questões, até mesmo a "dificuldade" que a Gendarmaria
encontra na decisão do Papa Francisco de morar em Santa Marta. "O Santo
Padre não pretende abandonar o estilo de seu pontificado, fundamentado
na proximidade- rebateu o comandante da Gendarmaria - isto é, encontrar o
maior número possível de pessoas. Mesmo como Papa - acrescenta – ele
continua como um sacerdote que não quer perder o contacto com seu
rebanho. Portanto, somos nós responsáveis por sua segurança que temos
de adequar a ele, e não vice-versa. Temos que fazer tudo o que podemos
para que ele possa continuar a realizar o seu ministério como ele quer, e
acreditar".
Clique aqui para ler o texto completo em italiano.
(02 de Março de 2015) © Innovative Media Inc.
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