Don Magnifico,
barão de Montefiascone, encontra-se cheio de dívidas e, para evitar a
ruína, apenas lhe resta recorrer ao casamento de suas filhas com maridos
abastados. Nos seus dias de fausto, havia desposado uma viúva que tinha
uma filha chamada Angelina. Desta união nasceram ainda duas raparigas,
Clorinda e Tisbe, criaturas arrogantes e vaidosas. Após o falecimento da
mãe, a pobre Angelina sofre os piores tratos por parte das meias-irmãs e
do padrasto. Destinada às mais humilhantes tarefas domésticas, toma o
nome de Cenerentola, a Cinderela.
Não sendo um libreto original, a verdade é que La Cenerentola
depressa fez esquecer as outras peças homónimas, vindo a converter-se
num dos maiores sucessos da música rossiniana, tendo suplantado até,
durante algum tempo, a popularidade de Il Barbiere di Siviglia.
De
uma forma global, o interesse musical desta ópera reside no melodismo
característico de Rossini, que aqui encontra um dos seus melhores
paradigmas.
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