Apresentada à ONU a declaração "Women of the World, na qual 130 ONGs exigem a valorização do papel materno, recusando o feminismo radical e denunciando a barriga de aluguer
Roma, 24 de Março de 2015 (Zenit.org) Federico Cenci
Mais de 130 ONG's provenientes de 40 países apresentaram às
instituições europeias e às Nações Unidas uma declaração intitulada
"Women of the World", promovida pelas associações ‘Profesionales por la
Ética’, ‘Femina Europa’ e ‘Woman Attitude’, e apoiada por cerca de 17
mil pessoas que assinaram o documento.
O documento não é uma enumeração de direitos com a pretensão de
alcançar a meta quimérica de uma homologação entre os sexos, nem somente
uma denúncia à margem da mulher na sociedade. "Women of the World" é
uma manifestação que enfatiza o papel da mulher no seio da família, como
mãe, dona de casa e educadora indispensável da prole.
A declaração foi desenvolvida em cinco pontos, redigida em um
primeiro esboço pela associação espanhola ‘Profesionales por la Ética’,
em comunhão com a francesa ‘Femina Europea’ e a belga ‘Women Attitude’. O
trabalho contou com a participação do ‘Istituto italiano per gli Studi
Superiori della Donna’.
Um dos itens que mais atinge o ‘coração’ dos direitos das mulheres de
hoje, é o quinto, que reivindica a proibição universal de métodos de
barriga de aluguer, considerando "uma violação da dignidade de ambos: da
mãe de aluguer e do bebé". Nos outros quatro pontos, pede-se
especificamente a valorização e a restituição da dignidade do papel
materno da mulher; denuncia a discriminação sofrida pelas mulheres no
Ocidente, especialmente no local de trabalho, por causa da maternidade;
apela pelo fim da violência e da exploração da mulher; solicita
políticas "reais e eficazes" que permita conciliar trabalho e
maternidade.
A primeira apresentação de "Women of the World" teve lugar no dia 3
de Março, em Bruxelas, junto à União Europeia. "Até agora, disse Elenor
Tamayo da ‘Profesionales por la Ética’, a ideologia de género e o
feminismo radical tentaram monopolizar a voz e a opinião das mulheres”.
“Mas, tudo isso tem que parar- continua Tamayo-. É nossa vez, a vez das
mulheres que falam como mulheres". Por isso não aceitamos "o facto de que
as instituições internacionais desenvolvam políticas que ignorem,
combatam ou suprimam a identidade da mulher”.
Com a intenção de "levar ao conhecimento das instituições
internacionais o que nós, mulheres do mundo, realmente queremos" –
destaca Tamayo - a declaração chegou na semana passada às Nações Unidas,
por ocasião da 59° Conferência de ONG's sobre a mulher. Em 14 de Março
também comemorou-se o 20º aniversário da Declaração de Pequim, a qual
ressalta que os direitos das mulheres são direitos humanos no sentido
mais amplo do termo.
Três dias depois, 17 de Março, "Women of the World" foi apresentado
pela segunda vez em Nova York, durante o simpósio ‘Mulher, Família e
Desenvolvimento Sustentável’, organizado pelo Instituto de Política
Familiar e pelo Observatório Regional sobre as Mulheres da América
Latina e do Caribe.
Durante a terceira apresentação, que teve lugar dia 19 de março, na
Conferência Pequim + 20 – mudanças do milénio -, Luisa Peña,
representante da ‘Profesionales por la Ética’ e promotora da iniciativa
‘Mãe, mulher e profissional’, anunciou que a declaração "Women of the
World", até agora, reuniu 148 organizações de 47 países. Dentre os
últimos que aderiram, estão a República do Congo, Quénia e Burkina Faso,
Turcomenistão, Quirguistão, Iraque, Líbano, Nova Caledónia, Trinidad e
Tobago, Haiti, Ucrânia e Bósnia. A maioria das grandes organizações que
aderiram são da Espanha, Croácia, França, Itália, México e Argentina.
A esperança é que mais e mais países e organizações transponham e
interpretem as instâncias mais autênticas das mulheres contidas em
"Women of the world". Neste texto está o antídoto para a estéril
ideologia que "suprime" a identidade sexual ‘sobre o altar’ de uma
homologação que avilta tanto a mulher como o homem e causa danos para a
empresa.
(24 de Março de 2015) © Innovative Media Inc.
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