Na solenidade da Anunciação, Francisco recorda que a Igreja não pode esquecer as famílias, mesmo quando está longe ou cai no pecado
Cidade do Vaticano, 25 de Março de 2015 (Zenit.org) Rocio Lancho García
Roma amanheceu hoje com chuva forte, o que não impediu
milhares de fiéis provenientes de todo o mundo de estarem presentes na
Praça de São Pedro para participar da audiência geral com o Santo Padre
Francisco.
Antes de chegar à praça, o Papa parou na sala Paulo VI, para saudar
brevemente os enfermos que acompanham de lá a audiência. Depois, ele
percorreu a praça no papa-móvel coberto, cumprimentando e abençoando os
presentes. Um ‘telhado’ colorido foi formado com os guarda-chuvas hoje
na Praça de São Pedro.
No ciclo de catequeses que o Papa está fazendo sobre a família, esta
manhã, ele dedicou o dia para celebrar a Anunciação. Resumindo em
português, Francisco disse: “Hoje, dia 25 de Março, celebramos a
solenidade da Anunciação, quando o Arcanjo Gabriel anunciou à Virgem
Maria que ela daria à luz o Filho de Deus feito homem. Tem assim início
do mistério da Encarnação do Verbo divino, que quis nascer numa família
humana. Hoje também se celebra a Jornada pela vida. Neste contexto, é
preciso reafirmar o compromisso da Igreja junto da família, duas
realidades unidas por um laço sagrado e inviolável”.
Ele destacou que “a Igreja, como mãe, nunca abandona a família, mesmo
quando ela cai no pecado ou se afasta da Igreja. Esta não poupa
esforços para cuidar, curar e convidar as famílias à conversão e à
reconciliação com o Senhor. Para cumprir esta missão, a Igreja precisa
de muita oração! Por isso, renovamos hoje o apelo a rezar a oração pelo
Sínodo dos Bispos sobre a família, que se realizará no próximo mês de Outubro. Esta oração ajudará a Igreja no compromisso de dar testemunho
da verdade do amor de Deus e da sua misericórdia pelas famílias, de modo
que nenhuma se sinta excluída ou continue «cansada e abatida, como
ovelha que não tem pastor»”.
Em seguida, o Santo Padre saudou os peregrinos de língua portuguesa,
“particularmente os fiéis do Outeiro da Cortiçada e da Diocese de
Taubaté. Nesta última etapa quaresmal, faço votos de que a vossa
peregrinação a Roma fortaleça em todos a fé e consolide, no amor divino,
os vínculos de cada um com a sua família, com a comunidade eclesial e
com a sociedade. Que Nossa Senhora vos acompanhe e proteja!”, concluiu.
Ainda na audiência de hoje, o Papa pediu “a justiça do trabalho”.
Francisco voltou a fazer um apelo para que “a lógica do lucro não
prevaleça e sim a lógica da solidariedade e da justiça”. E frisou que
“ao centro de todas as questões, especialmente aquela trabalhista, deve
estar a pessoa e sua dignidade”. “Quando não se ganha o pão, perde-se a
dignidade”.
E continuou, alertando que “este é o drama do nosso tempo,
especialmente para os jovens, que sem trabalho, não têm perspectivas
para o futuro e podem se transformar em presas fáceis para organizações
criminosas".
Ao concluir a audiência, após as saudações em diferentes línguas, o
Papa dedicou uma saudação especial aos jovens, aos doentes e
recém-casados. "Acolho-vos com alegria no dia em que a Igreja celebra a
Solenidade da Anunciação. Neste mistério, vemos o desenho em que Deus
nos fez partícipes de sua vida imortal e também a generosa
disponibilidade de Maria, que acolheu com fé a mensagem de um anjo",
afirmou. E assim, desejou de coração aos jovens, aos que sofrem e aos
recém-casados, que cresçam na generosa disponibilidade na relação com o
Senhor, seguindo o exemplo da Virgem Santa".
(25 de Março de 2015) © Innovative Media Inc.
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