D. António Vitalino aplaude «bom exemplo» de acção social e solidária
Beja, 27 Mar 2015 (Ecclesia) – A Cáritas Diocesana de Beja inaugurou hoje um projecto agrícola intitulado “Horta – Nova Esperança”, orientado para a ocupação, capacitação e reabilitação de jovens que caíram na toxicodependência e no alcoolismo.
A iniciativa, cujo lançamento foi acompanhado pela Agência ECCLESIA, envolve os utentes da Comunidade Terapêutica Horta Nova, e conta com o apoio da EDIA (centro de desenvolvimento e responsabilidade social), da Escola Superior Agrária e do Instituto Politécnico de Beja.
Para o bispo de Beja, D. António Vitalino, este projecto prefigura “uma boa prática” e “pode servir de bom exemplo” no que à acção social e solidária diz respeito.
O prelado destacou depois as “múltiplas utilidades” da iniciativa, desde ajudar os “jovens que ali estão a recuperar” a começarem “uma vida nova”; até à própria dinamização da actividade agrícola na região.
Algo que no Alentejo “é sempre muito importante, primeiro para o auto-consumo mas também para alastrar a um território onde há muita terra e às vezes poucos projectos”.
“Que os promotores deste trabalho possam depois liderar ou ajudar a implementar outros projectos porque o Alentejo precisa de gente mas também precisa de projectos que tenham rentabilidade e futuro. Esta horta é uma boa e nova esperança para todos nós”, acrescentou.
Os produtos cultivados na nova horta vão também ser canalizados para o refeitório e para a cantina social da Cáritas Diocesana de Beja, que só em 2014 serviu quase 60 mil refeições.
Actualmente todos os alimentos disponibilizados aos utentes têm de ser comprados fora.
Segundo o presidente da Cáritas de Beja, será muito positivo se parte desses artigos “começarem a ser produzidos” através da horta “a custo zero”, a partir do trabalho “voluntário” dos jovens da comunidade terapêutica.
O passo seguinte será também abrir a horta a pessoas desempregadas ou desocupadas da região, que se dirigem ao atendimento social da Cáritas ou através do Centro de Emprego, para “ampliar um pouco a produção que ali for feita”.
“Não está no nosso horizonte vender aquilo que for produzido mas não quer dizer que, se houver um excesso de produção e quem nos compre, que nós não possamos também fazer algum dinheiro que bem precisamos”, salientou o diácono Florival Silva.
Com cerca de cinco hectares de terreno para cultivar, a ideia é apostar na diversidade de produtos e espécies e “conscientemente, sem precipitações”, contribuir para a promoção e bem-estar de todas as pessoas envolvidas.
A apresentação do novo projecto está integrado nas jornadas de cooperação transfronteiriça das Cáritas da Raia - Beja, Évora, Portalegre, Ciudad Rodrigo, Cória-Cáceres, Mérida-Badajoz e Salamanca - com o tema “Economia Social e Solidária”, que teve início no dia 25 de Março, na capital do baixo-Alentejo.
CB/JCP
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