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terça-feira, 24 de março de 2015

ONU: O Iémen pode sofrer espiral de violência como a Síria e a Líbia

Alta tensão no país por ataques de rebeldes xiitas houti e pelo horror da filial local do Estado Islâmico


Roma, (Zenit.org)


O Iémen pode ser atingido por uma crise semelhante à da Síria e da Líbia, avisa o enviado especial da ONU Jamal Benomar, que alertou as Nações Unidas sobre a "rápida espiral que está levando o Iémen a um cenário combinado de Síria e Líbia".


São mesmo dias de alta tensão no país após o ataque de rebeldes xiitas houti à cidade de Taez, a terceira maior do país, neste fim de semana. Em Janeiro, eles já tinham conquistado a capital, Sanaa, e agora continuam a marcha para o sul, ocupando os aeroportos e pontos de acesso à cidade.

Enquanto isso, em Nova Iorque, uma reunião especial do Conselho de Segurança das Nações Unidas emitiu uma declaração unânime de apoio ao presidente iemenita Hadi, actualmente refugiado na cidade de Aden, perto de Taez, e de condenação às ações unilaterais das milícias xiitas.

Os Estados Unidos já mantinham elevada atenção ao Iémen depois dos atentados suicidas de sexta-feira passada contra mesquitas xiitas, nas quais foram mortas pelo menos 137 pessoas. O massacre, reivindicado pelo Estado Islâmico, levou o governo dos Estados Unidos a evacuar todos os seus funcionários no país, incluindo 100 militares das forças especiais alocadas na região para combater a filial local da Al-Qaeda.

Os EUA receberam novas ameaças do Estado Islâmico: na internet, o grupo divulgou uma centena de nomes e endereços dos soldados norte-americanos que participaram até agora da luta contra o grupo terrorista e que, por isso, “devem ser punidos”. Os terroristas lançaram um apelo aos muçulmanos da América para identificar esses inimigos e matá-los. Os dados estão sob a observação de especialistas para confirmar a sua veracidade.

A tensão permanece elevada também na Tunísia, onde está sendo caçado o terceiro terrorista envolvido no ataque a bomba contra o museu do Bardo. Enquanto o presidente Essebsi admite "deficiências" na segurança no momento do massacre que causou 20 mortes, a filial tunisiana do EI faz chamamentos a novos ataques contra turistas ocidentais.


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