sábado, 31 de maio de 2014
O "maratonista de João Paulo II
Andrzej Urbaniak, o polaco que correu 1700 km para participar da celebração de canonização
Roma, 30 de Maio de 2014 (Zenit.org) Wlodzimierz Redzioch
Em 27 de Abril, enquanto na Praça de São Pedro acontecia a
solene canonização dos Beatos João Paulo II e do Papa João XXIII, em
Wadowice, a cidade natal do Papa João Paulo II começava a maratona do
atleta polaco Andrzej Urbaniak, que o conduziria exactamente um mês
depois ao Vaticano.
Desta forma Urbaniak, de 55 anos Bydgoszcz, quis prestar homenagem
ao novo santo, mas também agradecer ao Papa Bento XVI pela beatificação e
ao Papa Francisco pela canonização do Papa Karol Wojtyla.
O maratonista correu por 31 dias (com a média de 55 quilómetros por
dia) pela Polónia, República Checa, Áustria, Alemanha e Itália.
Na Alemanha, visitou Marktl am Inn, a cidade onde Joseph Ratzinger nasceu em 1927.
Em 27 de Maio, o último dia de sua maratona de 1700 km, ele correu de Ronciglione ao Vaticano, onde chegou por volta das 11h.
Urbaniak foi acompanhado por Krystian Rojek, massajador e preparador, que também serviu como motorista e tradutor.
Na quarta-feira, o “maratonista” cansado, mas feliz participou da
audiência com o Papa Francisco. Ele deu para o Papa um álbum lançado por
ocasião do 10º aniversário da fundação da Diocese de Bydgoszcz (cidade
de origem do atleta) e uma camiseta da equipa de futebol local
"Zawisza" com autógrafos de todos os jogadores.
Quinta-feira rezou junto aos túmulos de São João Paulo II e São João XXIII.
(Trad.:MEM)
(30 de Maio de 2014) © Innovative Media Inc.
in
Homilia de Francisco na Casa Santa Marta: a alegria do cristão está na esperança
O Santo Padre nos alerta contra a tristeza da falsa alegria, oferecida pelo mundo e pelo pecado
Cidade do Vaticano, 30 de Maio de 2014 (Zenit.org)
Jesus prometeu aos seus discípulos que transformaria a sua
tristeza em alegria. Esta promessa esteve no centro da homilia do Santo
Padre na missa desta manhã na Casa Santa Marta. Francisco nos recordou
que a alegria não pode ser comprada, mas recebida como dom de nosso
Senhor.
São Paulo era muito corajoso porque tinha a força do Senhor, mas o
papa Francisco nos recordou que, algumas vezes, o Apóstolo dos Gentios
também tinha medo. "Acontece com todos nós na vida, um pouco de medo".
Nessas horas, nos perguntamos se "não seria melhor baixar um pouco o
nível e ser um pouco ‘não tão cristãos’, tentando um compromisso com o
mundo". O papa nos lembra que São Paulo sabia que o que "ele fazia não
agradava nem aos judeus nem aos pagãos", mas não desistiu e teve que
enfrentar problemas e perseguições. Isto "nos faz pensar em nossos
medos, em nossos temores". Jesus, no Getsâmani, também teve medo,
angústia. Em seu discurso de despedida dos discípulos, Ele diz
claramente que o mundo se alegrará com os seus sofrimentos, como
aconteceria também com os primeiros mártires no Coliseu.
O papa explicou: "Temos que dizer a verdade: nem toda a vida do
cristão é uma festa. Choramos, muitas vezes choramos. Quando você está
doente, quando você tem um problema na família com o filho, com a filha,
com a mulher, com o marido; quando você vê que o salário não chega ao
final do mês e tem um filho doente; quando você vê que não pode pagar a
hipoteca da casa e tem que ir embora... Muitos problemas, muitos
problemas que nós temos. Mas Jesus nos diz: 'Não tenhais medo! Ficareis
tristes, chorareis e as pessoas contrárias a vós se alegrarão".
Mas há também outra tristeza de que o papa falou: a tristeza de
trilhar um caminho que não é bom. Quando "vamos a comprar a alegria do
mundo, do pecado, no final fica um vazio dentro de nós, fica a
tristeza". E esta é a tristeza da falsa alegria.
A alegria cristã é uma alegria na esperança, destacou Francisco.
"No momento da provação, nós não a vemos. É uma alegria que é
purificada pelas provações de todos os dias: 'A vossa tristeza se
transformará em alegria'. Mas é difícil quando você vê um doente que
sofre muito e tenta dizer: ‘Coragem, coragem. Amanhã você vai se
alegrar!’. Não, não podemos dizer isso! Temos que fazer com que ele
sinta, como Jesus. Nós também, quando estamos na escuridão, quando não
vemos nada: 'Eu sei, Senhor, que esta tristeza vai se transformar em
alegria. Não sei como, mas sei que vai!’. Um ato de fé em nosso Senhor.
Um ato de fé!".
Para entendermos a tristeza que se transforma em alegria, prosseguiu o
pontífice, Jesus coloca como exemplo a mulher que dá à luz: "É verdade
que no parto a mulher sofre muito, mas depois, quando ela tem o filho no
colo, se esquece da dor". Assim é também connosco: o que permanece é "a
alegria de Jesus, uma alegria purificada". Esta é a "alegria que
permanece".
O Santo Padre observa que essa alegria fica "escondida em alguns
momentos da vida; não a sentimos nas horas difíceis, mas depois ela vem:
uma alegria na esperança". Esta é a mensagem da Igreja hoje: "Não
tenham medo!".
O bispo de Roma terminou a homilia propondo: "Vamos ser valentes no
sofrimento e pensar que depois vem nosso Senhor, depois vem a alegria,
depois da escuridão vem o sol. Que o Senhor dê a todos nós essa alegria
na esperança. E o sinal de que nós temos essa alegria na esperança é a
paz. Quantos doentes, que estão no final da vida, com seus sofrimentos,
têm essa paz na alma... Esta é a semente da alegria, esta é a alegria na
esperança, a paz. Você tem paz na alma na hora da escuridão, na hora
das dificuldades, das perseguições, quando todos se alegram com o seu
mal? Você tem paz nessas horas? Se você tem paz, você tem a semente da
alegria que virá depois. Que nosso Senhor nos ajude a entender essas
coisas".
(30 de Maio de 2014) © Innovative Media Inc.
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Francisco encontrará amanhã 500 crianças em risco de abandono e evasão escolar
Iniciativa promovida pelo "Pátio dos Gentios", em colaboração com o grupo FS Italiane. As crianças visitarão São Pedro e o Coliseu
Roma, 30 de Maio de 2014 (Zenit.org)
O evento será realizado amanhã, sábado, 31 de Maio,
promovido pelo "Pátio dos Gentios", uma iniciativa do Conselho
Pontifício para a Cultura, para o "Pátio das Crianças". Das 9h30 às 15
(horário local) quinhentas crianças entre 9-10 anos, provenientes de
escolas dos subúrbios de Nápoles e Roma visitarão a Basílica de São
Pedro antes de encontrar o Papa Francisco. O evento chamado novamente de
"Trem das Crianças" vai levar os alunos até a Santa Sé através da
ferrovia do Estado do Vaticano, em um trem Frecciargento, disponibilizado pelo Grupo FS Italiane.
Depois de cumprimentar o Papa, as crianças visitarão o Coliseu com Busitalia.
Chegarão ao Anfiteatro Flaviano graças à colaboração das Ferrovias
Italianas, que fornecerão uma frota de ónibus da empresa Busitalia Sita
Nord.
A iniciativa, além de organizada pelo "Pátio dos Gentios" é apoiada
pela Direcção-Geral para o Estudante, integração, participação e
comunicação do Ministério da Educação, Universidade e Pesquisa,
com os
quais foram identificadas seis escolas de Nápoles e duas de Roma onde há
um alto risco de abandono e evasão escolar.
Nos meses anteriores, foi desenvolvido um programa "cultural" sobre
as catacumbas de San Gennaro em Nápoles e Priscila em Roma, graças ao
apoio da "Fondazione com il Sud" e a associação "L`altra Napoli". Esta
"pedagogia cultural" tornou possível transmitir mensagens fortes humana e
espiritual para crianças que, infelizmente, por causa de sua posição
social e tenra idade são, na maioria das vezes, totalmente
inconscientes.
"O desejo de crescer saudáveis e serenos, apesar de uma vida curta e
difícil, essas crianças não perderam", graças à música, grande meio de
comunicação e de resgate cultural e social, que acolhendo os ânimos mais
inertes, tem sido capaz de capturar com suas "notas" essas crianças.
Junto com a orquestra Sanitansamble del Rione Sanità, as crianças planearam uma emocionante surpresa para o papa Francisco.
Portanto, o "Pátio das crianças" nasce com o objectivo de proporcionar
aos mais vulneráveis da sociedade, ferramentas culturais para o
crescimento humano, para sair da situação de degradação e miséria.
(Trad.:MEM)
(30 de Maio de 2014) © Innovative Media Inc.
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A Igreja condena duramente os crimes de honra no Paquistão
Após o assassinato de Farzana Parveen Bibi, "culpada de ter se casado com um homem contra a vontade de sua família, chegam as condenações do Arcebispo emérito de Lahore e do primeiro ministro do Paquistão
Roma, 30 de Maio de 2014 (Zenit.org)
"Condenamos firmemente o assassinato brutal de Farzana
Parveen Bibi, uma mulher grávida, apedrejada até a morte pelos seus
familiares em Alta Corte de Lahore", disse à agência Fides mons.
Lawrence Saldanha, Arcebispo emérito de Lahore, depois do brutal
assassinato da mulher paquistanesa acontecido no passado dia 27 de Maio.
A culpa de Farzana, de acordo com seus agressores, era ter se casado
com um homem, Mohammad Iqbal, contra a vontade de sua família.
"O crime de honra é um costume antigo difundido na sociedade
paquistanesa, que deve ser erradicado o mais rápido possível - disse o
Arcebispo -. Esta prática cruel não pode existir em uma moderna
sociedade democrática em que o direito à vida de cada pessoa (homem ,
mulher, criança) deve ser respeitado e defendido".
O bispo diz ser "deplorável” que a jovem tenha sido lapidada pelos
seus familiares na praça da Alta Corte de Lahore e que ninguém, “nem
sequer os agentes da polícia em serviço”, tenha feito algo para evitar o
trágico massacre. "A morte do bebé no seu ventre é mais uma tragédia",
comenta ainda mons. Saldanha, que, finalmente, diz: "Precisamos aumentar
a consciencialização em todos os níveis da sociedade no Paquistão para
eliminar o mal social do crime de honra: só dessa forma a morte de
Farzana e do seu bebé inocente não serão em vão”.
Sobre a questão do crime de honra interveio ontem o primeiro-ministro
do Paquistão, Nawaz Sharif, que chamou essa prática de "totalmente
inaceitável" e pediu ao governador do Estado de Punjab para tomar
"medidas imediatas" e apresentar até hoje um relatório detalhado sobre o
assassinato de Farzana Parveen Bibi.
A esperança é que as palavras do primeiro-ministro possam representar
um avanço para a mudança. Estima-se que a cada ano no Paquistão
aconteçam centenas de crimes de honra. Só em 2013, afirmam fontes da
sociedade civil, 900 mulheres foram mortas por suas famílias, por razões
semelhantes às que levaram à morte de Farzana e seu bebé. (F.C./Trad.TS)
(30 de Maio de 2014) © Innovative Media Inc.
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Síria grita: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?"
Embora o país esteja sob o olhar da media por mais de três anos, ninguém sente a responsabilidade por essa terra histórica, tanto para o cristianismo quanto para o islamismo
Roma, 30 de Maio de 2014 (Zenit.org) Fadi Sotgiu Rahi, C.SS.R.
A República Árabe da Síria está no centro das atenções de
todos os meios de comunicação, nacionais e internacionais, há três anos.
Apesar disso, é possível afirmar que todos abandonaram a Síria a si
mesma. Talvez acabou a Guerra? Talvez caiu o regime? Não há terroristas
lá? Os refugiados sírios voltaram? Domina a paz e a tranquilidade agora?
Politicamente, o II Congresso de Genebra, realizado para estudar a
situação e resolver o problema sírio, não teve nenhum resultado. Há
alguns dias, Lakhdar Brahimi, enviado da ONU na Síria, organizador do
congresso, renunciou ao cargo. Os políticos, em primeiro lugar,
esqueceram a situação da Síria depois do acontecido entre Rússia e
Ucrânia.
Religiosamente, os cristãos são as vítimas desta guerra internacional
em solo sírio desde o início; por causa disso, mais de um milhão de
cristãos emigraram para o Líbano e a Europa. A maioria das igrejas,
especialmente as mais antigas, foram destruídas (Maalula, Saydanaya e
Saddad), os mosteiros tornaram-se quartéis para terroristas; os
primeiros ícones foram roubados; o sangue dos mártires regou o
território sírio e os missionários estrangeiros presentes na Síria há
mais de 30 anos, foram mortos por causa de sua fé (pensemos só no padre
holandês Frans Van der Lucht, S.J.).
Humanamente falando, como não podemos sentir o grito dos cidadãos que
permaneceram em Aleppo sem água por 20 dias? Como podemos aceitar que,
no século XXI, aldeias inteiras vivam sem electricidade e telefone? Como
12 milhões de refugiados podem voltar para a terra, sem nem saber onde
esteja a própria casa? Como podemos dormir ouvindo o lamento de um bebé
chorando por algumas gotas de leite? Como podemos jogar fora a comida,
sabendo que os sírios estão procurando um pedaço de pão?
Responsavelmente, o regime está tentando recuperar os territórios em
que os terroristas têm dominado: libertou Maalula, uma das aldeias que
ainda hoje fala o aramaico, a língua de Jesus; libertou a parte velha de
Aleppo e outras três regiões; prendeu alguns responsáveis dos grupos
terroristas e massacrou outros. Em várias partes da Síria, o conflito
entre os terroristas e os militares sírios continua com o apoio de
algumas nações árabes, que fornecem armas e financiam os terroristas.
É verdade que a situação na Síria não é tranquila. É verdade que a
paz não chegou sequer remotamente. É verdade que o presidente ainda é o
mesmo, embora no dia 3 de Junho haverá eleições para eleger um novo. É
verdade que o regime está recuperando uma grande parte do território
sírio. Mas hoje, ninguém olha para a Síria nem para o seu povo; ninguém
dos responsáveis tenta resolver a situação; ninguém sente a
responsabilidade para com esta terra histórica, seja para o cristianismo
que para o islamismo. Ninguém ajuda as pessoas que têm a mesma
dignidade humana e que são a imagem de Deus.
A Síria não grita somente a Deus, mas também, em primeiro, para os
políticos, para a humanidade e cada homem em particular, para que cada
um assuma a própria responsabilidade. Continuemos a orar pelos sírios e
pela paz na Síria, mas, antes de mais nada, pela consciência de cada
responsável político em todo o mundo. (Trad.TS)
(30 de Maio de 2014) © Innovative Media Inc.
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Irão: estudiosos muçulmanos traduzem o Catecismo da Igreja Católica ao persa
O livro (trabalho da equipa da Universidade de religiões de Qom) é publicado com a introdução do cardeal Tauran e foi revisado por várias personalidades católicas
Roma, 30 de Maio de 2014 (Zenit.org)
Estudiosos muçulmanos xiitas traduziram ao persa o Catecismo
da Igreja Católica. Quem ofereceu esta "pérola" de diálogo (refere à
agência missionária AsiaNews) foi uma equipa de tradutores da
Universidade das religiões e denominações (University of religions and
denominations, Urd), localizada nos arredores de Qom.
O trabalho, com cerca de 1.000 páginas de teologia e pastoral,
concluído sob a orientação do prof. Ahmad Reza Meftah e dos tradutores
os prof. Sulemaniye e Ghanbari, está para ser divulgado nessas semanas. A
tradução foi revisada por diferentes personalidades católicas no Irão e
publicada com uma introdução do card. Jean-Lous Tauran, Presidente do
Pontifício Conselho para o diálogo Inter-religioso.
A Urd, actualmente com uns dois mil alunos, oferece cursos de estudo
em teologia e denominações islâmicas, em cristianismo, hinduísmo,
budismo, judaísmo. Para aprofundar o conhecimento das religiões, os
estudantes e os professores estudam os textos base das religiões nas
fontes, traduzindo-os ao persa. Até agora, já publicaram, pelo menos,
200 livros, dentre os quais 50 volumes de fontes cristãs.
"Quando começamos a estudar as outras religiões, alguém parou para
estudar o cristianismo – diz à Asia News o prof. Meftah - , Precisamos
de uma fonte cristã autorizada para estudar, para nós e para os nossos
estudantes. O doutor Legenhausen, católico, que veio dos Estados Unidos e
ensina na nossa universidade, nos convenceu de que o Catecismo é
importante para os católicos. Então começamos a traduzi-lo para entender
mais sobre a fé católica, para nós, para nossa ciência. Sempre quisemos
estudar e fazer pesquisas traduzindo ao persa alguns livros cristãos,
como o evangelho ou ‘A cidade de Deus’ de Agostinho”.
A tradução do Catecismo foi feita a partir da versão Inglesa; em
seguida, ela foi "comparada" com a versão árabe. "Queríamos traduzi-lo
de forma muito precisa - explica Meftah -. Para isso, precisávamos que a
tradução fosse, de alguma forma, confirmada pelo Vaticano". O livro foi
então entregue a um católico italiano, com conhecimento do persa, que
verificou o texto com o original latino. “Só para fazer este trabalho
levou nove meses! Ele comparou as versões de uma forma muito precisa e
nos deu algumas sugestões. Depois disso, alguns de nossos amigos ainda
revisaram a tradução".
Quem conseguiu que a obra recebesse a “confirmação oficial” do
Vaticano foi Franco Pirisi, salesiano, por décadas a serviço da
Nunciatura em Teerão, grande conhecedor da língua persa. O religioso
depois de ler o livro, procurou a introdução do cardeal Jean Louis
Tauran, que ele mesmo traduziu ao persa. "Agora o livro está pronto. O
volume será publicado pela editora da universidade, mas com o imprimatur
do Vaticano! – exulta o prof Meftah -. Foi fundamental pedir à
nunciatura a permissão para publicá-lo, pedindo-lhes para lê-lo com
atenção. E confirmaram a nossa tradução".
Depois dessa importante etapa, agora crescem as perspectivas: “No
futuro - diz o professor - queremos apresentar o novo livro em Roma. Se
possível, gostaríamos de fazer a tradução italiana de um livro sobre o
xiismo. De tal forma podemos mostrar o diálogo de uma forma muito
prática. É uma oportunidade para mostrar a nossa abertura ao diálogo:
estamos prontos para falar com vocês sem qualquer limitação. Além disso,
esta realmente é, provavelmente, a primeira vez que um livro católico
desta espessura é traduzido por um grupo de estudiosos muçulmanos".
(Trad.TS)
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República Centro-Africana: 18 mortos em ataque contra igreja de Bangui
Além das vítimas fatais, há pessoas sequestradas
Cidade do Vaticano, 30 de Maio de 2014 (Zenit.org)
Depois de um período de relativa tranquilidade na República
Centro-Africana, atentados violentos voltaram a ocorrer no último dia
28, à tarde. Um grupo de homens armados atacou com granadas a Igreja de
Nossa Senhora de Fátima, na periferia de Bangui, capital do país. O
atentado matou pelo menos 18 pessoas, entre as quais um sacerdote, o
padre Paul-Emile Nzale, de 76 anos.
O ato terrorista foi cometido por pessoas que não falavam francês
nem a língua local, sango, declarou dom Dieudonné Nzapalainga, arcebispo
de Bangui, à agência Fides. Segundo a agência, ao menos 42 pessoas
foram sequestradas e encontradas mais tarde. Esta notícia não foi
confirmada por dom Nzapalainga.
"Os sobreviventes ao ataque me disseram que algumas pessoas foram
sequestradas, mas as notícias sobre a situação delas são contraditórias:
alguns afirmam que eles foram assassinados, outros que ainda estão
vivos", comenta o arcebispo.
O atentado elevou a tensão na capital. "A cidade está completamente
paralisada. Estava acontecendo uma manifestação para pedir a renúncia do
governo provisório, mas os militares dispersaram as pessoas. A tensão
está no ar e não sabemos o que pode acontecer", completa Nzapalainga.
O ataque contra a igreja de Nossa Senhora de Fátima foi cometido por
jihadistas estrangeiros que mantêm agora como refém a população
muçulmana do bairro "Km 5", de Bangui.
O padre centro-africano Mathieu Bondobo, actualmente em Roma, explica à
Rádio Vaticano: "No começo nós insistimos muito em dizer que este
conflito é político, não é inter-religioso. Mas o fato de atacarem uma
paróquia desse jeito, de forma intencional, nos assusta porque é um
indício forte de que o conflito se está se tornando cada vez mais
inter-religioso".
O sacerdote observa, porém, que "isto nos ajuda também a dizer que
nós, crentes, temos que abrir os olhos para não ser manipulados pelos
políticos, porque basta muito pouco para cair na armadilha!".
Bondobo explica que diversas confissões religiosas sempre conviveram
no país e que não seria o caso de começar agora uma guerra. Mesmo assim,
"temos que estar preparados e vigilantes para evitar as armadilhas.
Repito, com o que aconteceu, basta muito pouco para nascer de novo a
vingança no coração das pessoas".
Ao falar das causas do ataque, o sacerdote admite que elas não são
claras, mas explica que a paróquia atingida "fica numa área muito
próxima de um bairro em que já havia boatos de rebeldes infiltrados".
Sobre o trabalho da Igreja na cidade, o padre observa que "essa
paróquia, como todas as outras da capital, virou um local de
acolhimento. Todas as pessoas que não se sentem seguras encontram
refúgio dentro da igreja. E este é o fato mais grave nesse atentado”.
Bondobo faz um apelo às instituições internacionais para abrirem os
olhos: "Uma paróquia que trabalha pela paz, que acolhe muitas pessoas e
que não tem protecção nenhuma não é uma coisa normal!".
Por outro lado, o sacerdote explica que a população de Bangui "não
perdeu totalmente a esperança, mas existem, sim, muitas dúvidas humanas
pairando no ar. É claro que o medo renasce no coração das pessoas. Eu
acho que hoje é difícil sair nesses bairros ou até sair de casa. As
pessoas com certeza estão com medo. Mas a esperança nós temos sempre,
porque não temos alternativa: temos que chegar à paz".
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Autoridades judias e cristãs inauguram o Centro Magdala na Terra Santa
No parque arqueológico que preserva uma sinagoga onde Jesus pregou, o evento inter-religioso teve o salmo 117 cantado por um rabino e a leitura do evangelho feita por um padre melquita
Roma, 30 de Maio de 2014 (Zenit.org)
O Centro Magdala, situado na cidade homónima em Israel, foi
inaugurado nesta quarta-feira, 28 de Maio, com uma cerimónia da qual
participaram o núncio apostólico no país, dom Giuseppe Lazzarotto, o
custódio da Terra Santa, padre Pierbattista Pizzaballa, autoridades
civis de diversas confissões cristãs e representantes muçulmanos e
judeus, totalizando cerca de 600 pessoas.
O evento aconteceu junto ao sítio arqueológico da sinagoga de
Magdala, que, de acordo com as autoridades responsáveis pela preservação
do património judaico, é o mais importante achado arqueológico do
século.
O evento teve início com o pronunciamento do sacerdote legionário de
Cristo que coordena o projecto do Centro Magdala, pe. Juan Solana. Também
se dirigiram ao público presente o subdirector da Autoridade das
Antiguidades Judaicas, Gideon Talgam, que afirmou: “Este projecto caiu
nas melhores mãos. Temos trabalhado em conjunto com os arqueólogos e
estão envolvidas na pesquisa universidades como a Anáhuac del Sur e a
Universidade Autónoma do México. É algo único”.
Um dos momentos mais solenes da inauguração do centro foi o canto do
Salmo 117 pelo rabino Ehud Bandel. O salmo convida: “Louvai ao Senhor,
todas as nações; proclamai-o, todos os povos”. Logo depois, um sacerdote
melquita proclamou em grego uma passagem do evangelho que fala de
quando Jesus pregava nas sinagogas da Galileia, curando os doentes.
O prefeito de Migdal, ou Magdala, Israel Ambrosi, falou em hebraico e
augurou uma cooperação contínua entre judeus e cristãos. Ambrosi disse
ainda que a presença deste novo centro em sua cidade é uma bênção.
Durante a cerimónia, alguns seminaristas legionários de Cristo interpretaram canções.
A cerimónia de inauguração do parque foi encerrada com o corte da
fita, em conjunto, pelo núncio apostólico dom Giuseppe Lazzarotto, pelo
representante do Ministério israelita do Turismo, Ahuva Zaken, pela
arqueóloga responsável pelo projecto, Dina Gorni Avshalom, pelo
representante dos patrocinadores, Carlos Fernández, e pelo pe. Juan
Solana.
Foi concedido ainda um especial reconhecimento a diversas pessoas que
colaboraram com o projecto, em particular aos arqueólogos. Entre eles,
destacou-se o nome da mexicana Marcela Zapata, da Universidade Anáhuac
del Sur e da Universidade Nacional Autónoma do México.
(30 de Maio de 2014) © Innovative Media Inc.
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Fátima recebe simpósio teológico-pastoral
Evento procura reflectir questões relacionadas à aparição de Nossa Senhora de Fátima
Brasília, 30 de Maio de 2014 (Zenit.org) Lilian da Paz
Começa nesta sexta-feira, 30 de Maio, no Santuário de Fátima (Portugal), o simpósio teológico-pastoral Envolvidos no amor de Deus pelo mundo - Experiência de Deus e responsabilidade humana.
Organizado pela Faculdade de Teologia da Universidade Católica, o
evento reflecte sobre temáticas relacionadas à aparição de Nossa Senhora
aos três pastorzinhos, em 1917.
Segundo o professor José Eduardo Borges, presidente da Comissão
Organizadora do Simpósio, o encontro deve abranger os seguintes temas: O
mistério de Deus na misericórdia e na justiça; A questão de Deus no
mundo contemporâneo; A esperança cristã no encontro definitivo com Deus;
O amor como núcleo da experiência de Deus e da existência cristã;
Desafios actuais à pastoral da reconciliação; e, Maria, ícone da
misericórdia de Deus.
Palestrantes de diversos países estarão presentes no Simpósio, que
também recebe dom Manuel Clemente, patriarca de Lisboa e presidente da
Conferência Episcopal Portuguesa. Ele encerra os trabalhos do Simpósio
com uma leitura sobre o Santuário de Fátima e a renovação da Igreja em
Portugal, em uma perspectiva histórico-pastoral.
A iniciativa vai até domingo, 1º de Junho, e integra o calendário de actividades previstas para o quarto ciclo de celebrações do Centenário
das Aparições. O seminário pode ser acompanhado pela web no endereço electrónico http://www.fatima2017.org/pt/menu-topo/simposio-online.
Confira a programação.
Com informações do Santuário de Fátima, em Portugal
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Imagem do Senhor Santo Cristo participa de exposição internacional
Segurança de translado e exposição estão garantidas. Exposição deve receber 100 mil visitantes.
Brasília, 30 de Maio de 2014 (Zenit.org) Lilian da Paz
A imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres, famosa pela
festa dedicada a esta devoção, no arquipélago de Açores (Portugal), vai
compor a exposição Esplendor e Glória, organizada pelo Museu Nacional de Arte Antiga do país.
Realizada em Lisboa, a exposição vai exibir mais quatro exemplares da joelharia portuguesa do período barroco entre os anos de 1756 e 1780:
Custódia da Patriarcal, Custódia da Bemposta, Venere das Cinco ordens de
D. João V e o Resplendor do Senhor dos Passos da Graça. São esperadas
100 mil pessoas de várias partes do mundo
A exposição vai acontecer entre Julho e Dezembro deste ano. A
organização pediu permissão, no mês de Janeiro, para levar a imagem à exposição por considerar esta obra sacra uma das mais importantes de
Portugal.
O Museu Nacional de Arte Antiga é reconhecido internacionalmente e
guarda vários tesouros nacionais. Mesmo assim, surgiu o receio da
Irmandade do Senhor do Santo Cristo, guardiã do Santo Cristo em Açores, e
da Câmara da cidade de Ponta Delgada, que manifestou preocupação com a
saída deste tesouro local do arquipélago.
Em contrapartida, o Serviço Diocesano de Bens Culturais da Igreja, da
diocese de Angra (responsável por Açores), ressaltou, em comunicado,
que a peça estará plenamente segura:
O senhor bispo de Angra, dom António de Sousa Braga, manifestou
desde logo a sua preocupação relativamente à segurança da peça e aos
requisitos técnicos necessários e exigíveis numa situação desta
natureza. Foi, por solicitação sua, enviado à Direcção do Museu Nacional
de Arte Antiga um documento com as condições técnicas exigíveis em caso
de empréstimo, nomeadamente: o tratamento documental da peça, estudo,
descrição e inventário, já realizado pelo professor Rui Galopim de
Carvalho, como especialista em gemologia; a contratação de seguro contra
todos os riscos, no valor da avaliação do bem (mantido em sigilo por
questões de segurança), válido para o transporte e para todo o tempo de
permanência; a celebração de um contrato de empréstimo contendo as
cláusulas relativas aos vários requisitos exigidos; o acompanhamento do
processo e do resplendor, por técnico especializado, com experiência em
transporte de bens culturais e por um representante da Diocese.
Em relação às condições de exposição, foi acautelada uma vitrina
de alta segurança, com sistema de alarme próprio, e condições ambientais
mantidas dentro dos limites definidos, bem como assegurado um sistema
de vigilância vídeo, permanente, com gravação e acesso remoto, para além
de vigilância presencial, por pessoal especializado.
Como contrapartidas da cedência temporária da peça, será
realizada a sua avaliação técnica e o seu estudo científico, por
especialistas da área, e executada uma limpeza por técnicos credenciados
do Laboratório José de Figueiredo, uma medida urgente e imprescindível à
conservação deste bem patrimonial.
O comunicado ainda lembrou que empréstimos de obras para exposições
temporárias e internacionais é algo comum. Exemplo disto é a exposição Herança do Sagrado: Obras-Primas do Vaticano e de Museus Italianos,
que passou pelo Rio de Janeiro (Brasil). Lá puderam ser apreciadas mais
de 100 obras dos famosos pintores Leonardo da Vinci, Michelangelo,
Ticiano e Caravaggio.
História da devoção
A grande preocupação em torno da imagem envolve a profunda devoção
popular da cidade de Ponta Delgada, localizada na Ilha de São Miguel, em
Açores. A devoção ao Senhor Santo Cristo dos Milagres começou no século
XVIII com a irmã clarissa Teresa da Anunciada. Ela venerava a imagem
que encontrou abandonada há mais de cem anos nas dependências do
convento. Pela intercessão do Santo Cristo recebeu a graça de inúmeros
milagres.
A veneração da irmã, que morreu com fama de santidade, levou-a a
contemplar de forma mais profunda o sofrimento de Cristo. “Para Deus,
por mais que se faça, não é nada. Para o que Sua Majestade merece, tudo o
que Ele quiser, estou pronta", conta a irmã em uma autobiografia.
Em 1700, a devoção ganhou espaço em São Miguel depois que a imagem o
Senhor de Santo Cristo saiu em procissão do convento. Na ocasião os
nobres da cidade e a população pediram para que os fortes tremores de
terra cessassem.
De estilo barroco, a imagem tem o tamanho superior a de um homem e
representa a passagem bíblica em que Pôncio Pilatos pronuncia o Ecce
Homo (Eis o homem), ao apresentar Jesus perante os judeus logo após ter
sido açoitado e recebido a coroa de espinhos.
Resplendor, Cetro, Coroa de Espinhos, Relicário e Cordas, fazem parte
da composição da imagem. São peças da joelharia nacional do século
XVIII, cheias de representatividade teológica.
O cume da festividade do Santo Cristo acontece no quinto domingo
depois da Páscoa com a procissão nas ruas cobertas de flores da cidade,
revelando as profundas necessidades dos fieis peregrinos. Eles pedem por
intervenções na área material, mas, principalmente, na espiritual.
(30 de Maio de 2014) © Innovative Media Inc.
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8 de Junho: Encontro de oração entre o Papa Francisco e os presidentes Peres e Abbas
Chefes de estado aceitam o convite do Pontífice para dialogar "em casa" pela paz
Roma, 30 de Maio de 2014 (Zenit.org)
Terá lugar na tarde de domingo, 8 de Junho, Solenidade de
Pentecostes, o encontro de oração pela paz , para o qual o Papa
Francisco convidou o Presidente de Israel, Shimon Peres, e da Palestina,
Mahmoud Abbas, durante sua visita à Terra Santa.
A Sala de Imprensa da Santa Sé informou que o encontro será ao fim
da tarde. A data foi aceita pelas duas partes. Os chefes de estado já
haviam comunicado, através dos respectivos porta-vozes, que aceitavam o
convite do Pontífice, algumas horas depois do apelo de Francisco.
Depois da Missa celebrada na Praça da Manjedoura, em Belém, o Santo
Padre disse: “Neste Lugar, onde nasceu o Príncipe da Paz, desejo fazer
um convite a Vossa Excelência, Senhor Presidente Mahmoud Abbas, e ao
Senhor Presidente Shimon Peres para elevarem, juntamente comigo, uma
intensa oração, implorando de Deus o dom da paz. Ofereço a minha casa,
no Vaticano, para hospedar este encontro de oração.”
(Trad.:MEM)
(30 de Maio de 2014) © Innovative Media Inc.
in
sexta-feira, 30 de maio de 2014
Aumentam os discípulos de Cristo, apesar das perseguições
O Anuário Estatístico da Santa Sé revela que no período 2005-2012 houve um crescimento de católicos no mundo de 10,2%
Roma, 29 de Maio de 2014 (Zenit.org) Federico Cenci
O sangue dos mártires, dizia Tertuliano, é a semente de
novos cristãos. Intuição muito certeira, a do célebre apologista que
viveu entre o II e o III século. A história dos últimos dois mil anos,
além do mais, é uma constante repetição das ferozes perseguições contra
os discípulos de Cristo, os quais, no entanto, em vez de desaparecerem,
aumentam.
O triste fenómeno na contemporaneidade é ainda mais grave. Em
muitas partes do mundo existem perseguições sistemáticas, de forte
intensidade e repletas de ideologia. De acordo com a Comissão episcopal
da União europeia, os cristãos oprimidos no mundo são cerca de 200
milhões. No Ocidente, onde, aparentemente, os cristãos são livres para
professar livremente a própria fé, muitas vezes, há formas diversas de
perseguições, nas quais os valores próprios do cristianismo são
constantemente julgados em nome de um, não melhor, laicismo.
História magistra vitae, afirmavam os contemporâneos de Tertuliano. E
então, aos perseguidores de hoje seria suficiente dar uma olhada ao
passado para compreender a inutilidade das suas acções. Significativo
que, mesmo nesta época marcada por uma escalada de violência
anti-cristã, o número de baptizados continua a aumentar. De 2005 a 2012,
os fiéis católicos aumentaram passando de 1.115 a 1.229 mil milhões, um
aumento de 10,2 por cento.
O dado foi publicado pelo Anuário Estatístico da Santa Sé nestes
dias. A área com o maior número de católicos continua a ser a Europa
(23% do total), enquanto o crescimento tem sido menos dinâmico do que em
outras áreas do planeta. É precisamente na África (martirizada por
atentados que atingem com muita crueldade as comunidades na Nigéria ,
República Centro Africano, no Quénia, Somália) onde se confirma o maior
crescimento: aqui os fieis passaram de 13,8% em 2005 ao 16,2% em 2012.
Com 11% de católicos, a outra área que regista uma crescimento
constante de baptizados é a Ásia, depois do “continente negro” a segunda
em perseguições. Apesar da difusão capilar das seitas evangélicas, se
consolida depois a posição da América com o 49% dos católicos baptizados
no mundo. Estável também a incidência na Oceania.
Fala-se muito das vocações em declínio. Não se especifica, porém, que
esta tendência negativa refere-se somente ao mundo ocidental. De 2005 a
2012, na verdade, o número total de sacerdotes aumentou em dois pontos
percentuais. Passou-se dos 406.411 sacerdotes divididos em 269.762
diocesanos e 136.649 religiosos, aos 414.313, dos quais 279.561 membros
do clero diocesano e 134.752 membros do clero religioso.
O crescimento é maior entre os seminaristas. Se em 2005 havia
114.439, em 2012 haviam 120.051, registando um aumento de 4,9%.
Liderando a classificação, neste caso, é a Ásia, com um crescimento de
18%, seguida da África, com o 17,6%, e da Oceania com 14,2%. Ligeira a
diminuição na América (-2,8%), enquanto é consistente o declínio na
Europa, onde de 2005 ao 2012 o número de jovens que entram no seminário
sofreu um declínio de 13,2%. Uma análise detalhada dos dados relativos
às vocações sacerdotais no mundo foi realizado por Vittorio Formenti e
Enrico Nenna, do Departamento central de estatísticas da Santa Sé.
(Trad.TS)
(29 de Maio de 2014) © Innovative Media Inc.
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A procura de Deus também passa pelos dispositivos eletrónicos móveis
Estudo do Pew Research Center ilustra a tendência
Roma, 29 de Maio de 2014 (Zenit.org) Jorge Henrique Mújica
A pergunta é respondida por um estudo do Pew Research Center
intitulado “Social Networking Popular Across Globe 2012”. Filmes e
música, temáticas da própria comunidade, desportos, política e religião
são os tópicos mais tratados pelos usuários do Facebook, do Twitter, do
Google+ e das outras principais redes sociais do planeta.
No quesito religioso, dos 21 países estudados, o Japão é o que
menos fala de religião (1%) e o Egipto e a Tunísia são os que mais falam
(63%). A lista é esta:
Egipto: 63%
Tunísia: 63%
Jordânia: 62%
Turquia: 53%
Brasil: 43%
Índia: 40%
Estados Unidos: 32%
Itália: 16%
México: 15%
Rússia: 15%
Espanha: 13%
Grécia: 13%
China: 10%
Polónia: 9%
República Checa: 9%
Grã-Bretanha: 8%
França: 8%
Líbano: 8%
Alemanha: 7%
Japão: 1%
Em termos gerais, o relatório indica que os utilizadores que mais falam dos
cinco temas têm de 18 a 29 anos, um indício de que a questão Deus é
relevante para pessoas de uma faixa etária normalmente não associada a
esses assuntos ou que não costuma tratá-los fora das redes sociais.
Um estudo feito pela Aleteia.org sobre os temas ético-religiosos e de
espiritualidade mais destacados na internet em 2012 traz resultados
complementares aos do Pew Research Center.
A análise quantitativa (onde, quanto e quando se fala de temas
ético-religiosos) mostra que 71% das menções vêm dos Estados Unidos. Em
seguida, México (14%), França (8%) e Itália (7%). Os canalizadores
dessas menções são as redes sociais (46%), seguidas pelas notícias,
blogs, fóruns e vídeos. Considerando-se que o estudo se baseia no
período de Novembro de 2011 a Novembro de 2012, a análise manifesta que o
volume de posts relativos ao universo ético-religioso apresenta pontos
de crescimento variáveis de acordo com os países. Nos Estados Unidos, os
meses de destaque foram Fevereiro, maio e outubro de 2012; no México, Março e Outubro de 2012; na França não se distinguiram momentos
especiais.
Na análise qualitativa (do que se fala nas menções e discussões
ético-religiosas), os três macrotemas mais abordados são fé, família e
bioética. Outros temas com menções relevantes vinculadas ao âmbito
ético-religioso são cultura e sociedade, sexualidade, ciência, história,
educação e viagens.
Estados Unidos, México, França e Itália recebem atenção especial por
serem os países de onde provêm maioritariamente as menções. Nos Estados
Unidos, por exemplo, a categoria “fé” envolve especialmente a
evangelização e o diálogo inter-religioso (59%); a categoria “família”
abrange o casamento e o debate sobre as novas uniões (45%); e a
categoria “bioética” está vinculada ao debate sobre aborto e eutanásia
(53%).
Outros dados gerais
O relatório do Pew Research destaca ainda a preponderância dos
dispositivos móveis (smartphones e tablets) como instrumentos
privilegiados de acesso às redes sociais. Praticamente em todos os
países, são os meios preferidos de participação nas conversas digitais.
Os telefones inteligentes ganharam muito terreno em países como a
Grã-Bretanha, Estados Unidos e Japão, onde pelo menos metade da
população que acede às redes sociais os utiliza, em particular os
jovens.
A procura de Deus na era digital
A análise do Pew Research não tematiza o tipo de conversa gerada em
torno à religião, mas é interessante destacar a capacidade da questão
Deus de continuar a despertar interesse mesmo em sociedades vastamente
laicas.
A possibilidade de recorrer à rede anonimamente oferece a muitos a
oportunidade de aprofundar em temas sobre os quais não falariam em
público. A religião e Deus estão entre eles. E os dispositivos móveis
são, actualmente, os principais meios através dos quais essas
inquietações se manifestam.
Nem todos se perguntam espontaneamente sobre Deus. O interesse de
muitos é despertado ao conhecerem, voluntária ou involuntariamente,
conteúdos que terceiros postam em seus próprios perfis nas redes
sociais. É neste contexto que deve ser entendida a afirmação de Bento
XVI, feita em 2012:
“Os motores de busca e as redes sociais são o ponto de partida na
comunicação para muitas pessoas que procuram conselhos, sugestões,
informações e respostas. Em nossos dias, a rede está se transformando
cada vez mais no lugar das perguntas e das respostas; mais ainda, o
homem contemporâneo é frequentemente bombardeado por respostas a
interrogações que ele nunca tinha se feito e a necessidades que
aparentemente ele não sentia”.
Não é exagerado afirmar que, no século XXI, muitos conhecerão a Deus graças a um telefone celular.
Para que esse conhecimento não seja de qualquer deus, mas do Deus
verdadeiro, revelado em Jesus Cristo, é preciso não só aplicar
estratégias de comunicação e pastoral digital, mas também são
necessários três outros factores:
1) Não perder de vista que “os bons frutos da partilha do
Evangelho devem-se mais à capacidade da Palavra de Deus de tocar os
corações do que a qualquer esforço nosso” (Bento XVI, Mensagem para a
Jornada Mundial das Comunicações Sociais 2013);
2) A adaptação ao tipo de comunicação das redes sociais,
considerando-se que o acesso maioritário passa hoje pelos smartphones. A actualização é necessária e o trabalho agora deve focar nos dispositivos
móveis e na web 2.0 (interacção entre as pessoas);
3) Convencer-se de que ser católico nas redes sociais não é
simplesmente estar conectado, postar imagens religiosas, compartilhar
artigos piedosos. É, antes, comunicar a própria vida com opções,
pareceres e preferências concordes com o Evangelho e que vão além das
telas: que aconteçam na vida real. Isto sim é ser um evangelizador 2.0.
(29 de Maio de 2014) © Innovative Media Inc.
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A Igreja está se mobilizando contra o trabalho escravo na Índia
A campanha para pedir ao novo Governo indiano que adote um protocolo internacional contra esta chaga teve a adesão do Conselho nacional das Igrejas na Índia
Roma, 29 de Maio de 2014 (Zenit.org)
O Conselho Nacional de Igrejas na Índia (NCCI) juntou-se à
campanha para pedir ao novo governo indiano a adopção de um protocolo
internacional que tem o objectivo de pôr fim ao trabalho forçado.
A campanha, planeada por ocasião do 103º Congresso da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), que acontece em Genebra, até 12 de Junho, prevê a criação de um Protocolo Adicional à Convenção sobre o
Trabalho Forçado de 1930.
"Porque o país já ratificou a Convenção sobre o Trabalho Forçado -
sublinha o Conselho Nacional das Igrejas, conforme relata a agência
Misna – a Índia precisa assumir um papel de liderança em aceitar o
protocolo. O governo indiano ainda não anunciou a sua posição; talvez
simplesmente aceitará a Recomendação mas não o Protocolo porque a
Recomendação não é vinculante. O Protocolo será extremamente útil para
garantir os direitos dos trabalhadores indianos que trabalham em outros
países e mostrará também a nossa determinação para enfrentar as práticas
de trabalho forçado no País”.
O novo protocolo tem como objectivo relançar um plano de acção para
eliminar o trabalho forçado. Na região da Ásia-Pacífico, de acordo com
os dados mais recentes da OIT, existem cerca de 11,7 milhões de
trabalhadores forçados, o equivalente a 56% do total mundial. (Trad.TS)
(29 de Maio de 2014) © Innovative Media Inc.
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Egipto vira a página, Al Sisi novo presidente
A vitória eleitoral do ex-general e ministro da Defesa põe fim à experiência política da Irmandade Muçulmana
Roma, 29 de Maio de 2014 (Zenit.org)
Tal como se esperava, o novo presidente egípcio é Abdel
Fattah al Sisi, o ex-ministro da Defesa e artífice da demolição do
movimento da Irmandade Muçulmana. A sua vitória nas eleições é um
verdadeiro plebiscito, o ex-general obteve o 96,2% dos votos, mesmo que
só tenham comparecido às urnas o 46 % dos eleitores.
Vitória que, como diz à Asia News o Pe. Rafic Greiche, porta-voz da
Igreja Católica egípcia, “nos faz felizes, porque até hoje tem sido um
homem de palavra. Sabe que os cristãos são uma parte importante do Egipto, e quer defender a convivência religiosa. Se conseguir garantir
segurança e uma recuperação económica, será um grande resultado. Nós
esperamos que isso aconteça o quanto antes”.
Al Sisi instalou, em Julho do ano passado, um governo interino após
as tensões que levaram à queda do governo de Mohamed Morsi, líder da
Irmandade Muçulmana. Durante a campanha eleitoral, o ex-general disse:
"Durante o meu governo não haverá lugar para qualquer coisa semelhante à
Irmandade Muçulmana".
Este é o comentário do Pe. Greiche: "Os números e as preferências em
favor de al Sisi são um grito claro, da política e da sociedade civil
egípcia, contra o fundamentalismo islâmico, que está trazendo a
Irmandade Muçulmana. Eles escolheram boicotar o voto, mas não podem
ignorar que todo o País está enojado das violências dos últimos tempos.
Esperemos que se dêem contra disso o mais rápido
possível". (F.C./TRAD.TS)
(29 de Maio de 2014) © Innovative Media Inc.
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