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quinta-feira, 1 de maio de 2025

Quanto devem o ambiente e o planeta ao grito de um Papa? Muito, muitíssimo!

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O Papa Francisco com um indígena no Peru, em janeiro de 2018. Foto © Vatican Media

As difíceis decisões do conclave (2)

 | 30/04/2025

Na antevisão do conclave, o 7MARGENS publica uma curta série de textos sobre aspetos fundamentais do pontificado de Francisco e de antevisão do que podem ser temas decisivos do próximo. Mais do que qualquer rótulo com que o queiram carimbar, o próximo Papa ficará conhecido pelo destino que der aos caminhos abertos pelo seu predecessor. E, como se perceberá ao ler estes textos, o ministério do sucessor de Francisco não se apresenta fácil. Sucede a um Papa que foi buscar à tradição e à fé a coragem para “não deixar pedra sobre pedra”. Hoje abordamos o legado de Francisco no capítulo da ecologia integral.

 

Há legados de Francisco incontornáveis. Haverá outros que poderão ser contrariados, ou, como é mais típico da Igreja Católica, remetidos para segundo plano e depois esquecidos. Mas há gestos irreversíveis: o próximo Papa irá viver para a modesta Casa de Santa Marta, renunciando ao faustoso Palácio Apostólico. Outra casa que vai ter de continuar a cuidar é da nossa casa comum. O legado de Francisco nesta área é tão importante que quase parece impossível um outro Papa aprofundar os caminhos por ele abertos. Mas sim, é possível. A Igreja, a humanidade e o planeta esperam e precisam de novos gestos neste campo.

Convém, contudo, antes de equacionar o futuro, recordar o caminho andado. Há exatamente dez anos, o movimento ambientalista sofreu uma mudança radical. Tivesse as suas raízes nos partidos “verdes” mais antigos, nos organismos nacionais e multilaterais destinados a observar as alterações climáticas, fosse produto dos novos ativistas climáticos ou de equipas de investigação universitárias, nunca mais foi o mesmo desde então. Tudo isto por causa da intervenção do mais inesperado dos atores: um Papa! A sua encíclica Laudato si’ propôs novos paradigmas no entendimento da crise climática, despertou consciências, introduziu conceitos novos e deu origem a movimentos que ainda perduram.

Sem pré-aviso, um Papa entra no debate sobre as alterações climáticas, tema no qual a Igreja Católica tinha até então pecado por falta de comparência, e logo altera boa parte dos termos do debate. A sua encíclica terá contribuído de forma decisiva para que o Acordo de Paris aprovado na COP21, a 12 de dezembro desse mesmo ano de 2015, fosse marcado por uma vontade ambiciosa dos Estados em enfrentarem as alterações climáticas.

Enciclica laudato Si'. Foto Johan Bergström-Allen www.carmelite.org

A encíclica Laudato si’ propôs novos paradigmas no entendimento da crise climática, despertou consciências. Foto © Johan Bergström-Allen 

No seu documento, Francisco explica a crise ecológica a partir da atividade humana submergida pela ideologia tecnocrática, estabelece que a crise social e humanitária e a crise climática estão tão interligadas que as devemos considerar uma só e mostra que as alterações climáticas atingem sobretudo os mais pobres e os povos dos países do Sul Global, aqueles em relação aos quais existe uma “dívida ecológica” [56].

Foi um espanto!… Verdade que Francisco dissera em janeiro de 2014, quase ano e meio antes de a tornar pública, que estava a pensar escrever uma encíclica sobre a ecologia. Verdade que durante esse tempo todo recebeu e conversou com vários especialistas do ambiente, entre os quais um tal Hans Joachim Schellnhuber, então apontado como o conselheiro influente nos dados científicos que Francisco reteve no seu texto.

Também é verdade que logo na missa de início do pontificado, a 19 de março de 2013, Francisco sublinhara a vocação individual de cada um a ser “guardião da criação” e dos outros seres humanos, especialmente das crianças, dos idosos e dos mais frágeis e se dirigira “a quantos ocupam cargos de responsabilidade no âmbito económico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade”, apelando: “Sejamos ‘guardiães’ da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiães do outro, do ambiente.”

Contudo, apesar dessas movimentações e de outras menções, ninguém antecipava, em maio de 2015, um texto tão profundo ao identificar “o que está a acontecer à nossa casa”, tão fecundo no pensamento sobre o caminho necessário para “uma ecologia integral”, ou ainda tão exigente nas suas propostas quanto à “educação e espiritualidade ecológica”.

Mas que novidades trouxe a encíclica? Por que razão se estabeleceu como um marco tão significativo dentro e fora da Igreja Católica? Que contém essa “longa reflexão, jubilosa e ao mesmo tempo dramática” [246] que o Papa Francisco publica em finais de maio de 2015 para podermos afirmar que ela alterou a perceção da natureza da crise climática e influenciou decisivamente os passos seguintes dos movimentos de defesa do Planeta?

Não é fácil escolher um só aspeto da Laudato si’ para perceber a razão do seu impacte. Existem, pelo menos, três facetas incontornáveis: a qualidade da explicação das causas das alterações climáticas; a cunhagem de duas expressões que não mais saíram do domínio público: “cuidar da casa comum” e “ecologia integral”; e a inclusão irrevogável da crise climática no coração da Doutrina Social da Igreja (DSI).

 

O espanto da Academia

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“Basta olhar a realidade com sinceridade, para ver que há uma grande deterioração da nossa casa comum.” Foto © Ridvan Celik

De repente, sem que nada o fizesse esperar, a Academia, os investigadores ligados ao estudo do clima e das consequências da sua involução para a vida no Planeta e os ativistas climáticos recebem uma importante ajuda na sua luta contra os negacionistas das alterações climáticas e as inércias governamentais dos países do Norte rico e poluente. E não é apenas uma ajuda feita da enunciação de princípios ou aspirações.

É uma denúncia estruturada e bem fundamentada daquilo que “está a acontecer ao nosso planeta” [19]. Denúncia que se demora a explicar as realidades que produzem as alterações climáticas: a poluição, os gases com efeito de estufa, a concentração de anidrido carbónico, o recurso intensivo a combustíveis fósseis; o desperdício e a cultura do descarte, a desmatação das florestas tropicais, a libertação do gás metano, nada disto fica de fora do exame crítico proposto pela Laudato si’ [20 a 24].

A encíclica reserva ainda um olhar cuidado para as consequências dramáticas imediatas das alterações climáticas: a subida do nível das águas dos mares; o esgotamento dos recursos naturais (com especial relevo para a escassez de água potável); a perda da biodiversidade; a destruição dos equilíbrios naturais e o advento de fenómenos climáticos destruidores [27 a 41].

Perante tudo isto, o Papa reconhece existirem opiniões diferentes quanto “às causas e às possíveis soluções” do problema. E acrescenta: “sobre muitas questões concretas a Igreja não tem motivo para propor uma palavra definitiva”. Contudo, a sua resposta aos negacionistas é, essa sim, definitiva: “Basta, porém, olhar a realidade com sinceridade, para ver que há uma grande deterioração da nossa casa comum”!

Toda esta capacidade de atenção à realidade, às razões e consequências do que está a acontecer ao clima, já bastaria para granjear o respeito da Academia por Francisco. Contudo, onde o Papa mais inova e maior consideração alcança é na relação íntima que estabelece entre crise climática, crise humanitária e crise do pensamento. Não são três crises distintas, são apenas três aflorações da mesma crise. A ação humana dominada pelo paradigma tecnocrático é a raiz da crise ecológica e da crise humanitária, das insuportáveis desigualdades sociais, económicas e culturais, bem como da destruição do Planeta.

O programa da Laudato si’ é claramente enunciado no seu número 16: “Embora cada capítulo tenha a sua temática própria e uma metodologia específica (…) retoma (…) questões importantes abordadas nos capítulos anteriores. Isto diz respeito especialmente a alguns eixos que atravessam toda a encíclica. Por exemplo: a relação íntima entre os pobres e a fragilidade do Planeta, a convicção de que tudo está estreitamente interligado no mundo, a crítica do novo paradigma e das formas de poder que derivam da tecnologia, o convite a procurar outras maneiras de entender a economia e o progresso, o valor próprio de cada criatura, o sentido humano da ecologia, a necessidade de debates sinceros e honestos, a grave responsabilidade da política internacional e local, a cultura do descarte e a proposta dum novo estilo de vida.” Para concluir: “Estes temas nunca se dão por encerrados nem se abandonam, mas são constantemente retomados e enriquecidos.”

Para Francisco não restam dúvidas: o “grito da Terra” e o “grito dos pobres” radicam na mesma cegueira, porquanto a crise ecológica tem origem no “paradigma tecnocrático dominante” que alimenta a deterioração ética e cultural do mundo pós-moderno [162].

E não foi apenas a Academia que entendeu a excelência e a beleza da visão de Francisco. Também vários responsáveis políticos elogiaram a encíclica e adotaram a sua linguagem, com especial relevo para o então Presidente dos EUA, Barack Obama, que, logo após a publicação, declarou: “Saúdo a encíclica [Laudato si’] e admiro profundamente a decisão [do Papa] de defender – com claridade, força e toda a autoridade moral que advém do seu cargo – medidas contra as alterações climáticas. Espero que todos os líderes mundiais – e todos os filhos de Deus – reflitam sobre este chamamento do Papa para se unirem na defesa da nossa casa comum.”

 

Um novo léxico para enfrentar a crise

vitimas da passagem do ciclone freddy em moçambique, foto © OchaViviane Rakotoarivony, março 2023

Vitimas da passagem do ciclone Freddy em Moçambique, em março de 2023. “Não há duas crises separadas: uma ambiental e outra social.” Foto © Ocha/Viviane Rakotoarivony

“Cuidar da casa comum” é o principal convite que Francisco faz na Laudato si’. Para essa nova responsabilidade perante a criação, o homem e o Planeta, o Papa propõe uma “ecologia integral que inclua claramente as dimensões humanas e sociais” [137].

É todo um léxico novo para orientar a espiritualidade e a ação em prol da defesa da vida e do Planeta. E se tal ação é um convite aos não crentes, ela é, para os católicos, um dever que a sua fé impõe.

Aos fiéis Francisco recorda que a narrativa do Génesis em nada fundamenta o “notável excesso antropocêntrico dos tempos modernos”, pois “a terra existe antes de nós e foi-nos dada” para dela cuidarmos, conscientes de que o Criador nos diz: “a terra pertence-Me e vós sois apenas estrangeiros e meus hóspedes”. Inspirando-se em São Francisco, o Papa insiste no carácter sagrado de toda a expressão de vida que habita o Planeta afirmando: “As próprias flores do campo e as aves que Ele, admirado, contemplou com os seus olhos humanos, agora [após a ressurreição] estão cheias da Sua presença luminosa.” [100]

É por isso que é preciso superar o limitado “pensar verde” para praticar a “ecologia integral” assente em cinco vetores: uma ecologia ambiental, mas também económica e social, pois “não há duas crises separadas: uma ambiental e outra social; mas uma única e complexa crise sociambiental”; uma ecologia cultural, porque “a par do património natural, encontra-se igualmente ameaçado um património histórico, artístico e cultural”; a ecologia da vida quotidiana que integra a “melhoria global na qualidade de vida humana”; o respeito pelo princípio do bem comum, visto como “o conjunto das condições de vida social que permitem, tanto aos grupos como a cada membro, alcançar mais plena e facilmente a própria perfeição”; e, finalmente, a justiça intergeracional decorrente do dever de “deixar um planeta habitável para a humanidade que nos vai suceder”.

 

Revolução na Igreja Católica

Membros do grupo Cuidar da Casa Comum em Santa Isabel durante a apresentação da vigília de 24 de novembro 2023, Foto DR

Membros do grupo Cuidar da Casa Comum em Santa Isabel (paróquia de Lisboa). Este avanço a nível doutrinal fomenta o desenvolvimento de múltiplos movimentos, ações e encontros. Foto: Direitos reservados

Se o impacto da Laudato si’ nos meios laicos preocupados com o ambiente foi surpreendente, ela teve também profundas repercussões na vida interna da Igreja Católica, bem como nas suas relações com outras confissões cristãs e outras religiões. Com a sua publicação, a “questão ecológica” passa a integrar a Doutrina Social da Igreja, não apenas ao mesmo nível que a “questão social”, mas como um desenvolvimento desta. De agora em diante não se poderá mais falar de doutrina social da Igreja Católica sem se abordar a crise climática e o dever de cuidar da casa comum.

Este avanço a nível doutrinal fomenta o desenvolvimento de múltiplos movimentos, ações e encontros, dos quais o movimento internacional Laudato si’ é apenas uma das expressões. A pluralidade de organizações e plataformas de consciencialização e ação a favor do ambiente multiplicam-se por todo o mundo católico [ver 7MARGENS], assumindo, a maior parte das vezes, a designação cuidar da casa comum, como é, por exemplo, o caso, da Rede Cuidar da Casa Comum em Portugal.

Ao crescimento do número de organizações criadas por católicos para responder às exigências da ecologia integral corresponde uma multiplicidade de projetos e ações que conhecem novo impulso quando Francisco adere, em 2015, ao dia de oração pela Terra instituído pela Igreja Ortodoxa em 1989 e posteriormente adotado pelo Conselho Mundial de Igrejas (2008) e a Comunhão Anglicana (2012). As datas mostram quanto a Igreja Católica chegou tarde (muito depois das outras denominações cristãs) à questão ecológica, embora, já antes de Francisco, alguns Papas e diversos movimentos católicos tivessem chamado a atenção para a crise climática.

Mas Francisco faz mais do que aderir ao que já vinha sendo realizado por outras confissões cristãs ao criar o 1º de setembro como o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, pois junta-lhe todo um período mais abrangente, que denomina de Tempo da Criação, e que vai de 1 de setembro a 4 de outubro, festa de São Francisco.

A preocupação com “o nosso maltratado planeta” veio, assim, criar não apenas um novo espaço de colaboração dos católicos com as organizações laicas ambientalistas, mas abriu também um novo corredor no diálogo ecuménico que se estenderia às relações inter-religiosas, terreno em que múltiplos encontros permitiram as sucessivas cartas enviadas por um conjunto alargado de líderes religiosos às Conferências do Clima (COP) sob a égide da ONU.

 

A “profunda preocupação” do Papa

Exortação postólica Laudate Deum. Foto Vatican media

Francisco publicou a 4 de outubro uma curta exortação apostólica intitulada Laudate Deum, nas vésperas da COP28. Foto © Vatican media

Oito anos depois da Laudato si’, nas vésperas da COP28 a que pensa deslocar-se, Francisco está mergulhado numa “profunda preocupação” porque “este mundo que nos acolhe está-se esboroando e talvez aproximando dum ponto de rutura” [Laudate Deum, n.º 2], “uma situação [que] se vai tornando ainda mais urgente” [4]. A COP28 vai ter lugar no Dubai a partir de 30 de novembro de 2023 e Francisco antecipa-se, movido pela urgência da situação, e publica a 4 de outubro uma curta exortação apostólica intitulada Laudato Deum.

O que esta tem de curta, sobra-lhe em veemência. Nela, o Papa critica duramente aqueles que negam a gravidade das alterações climáticas, revolta-se contra a persistência do paradigma tecnocrático, defende o redesenho do multilateralismo, faz um balanço negativo da ação dos governantes e responsáveis mundiais, ação que classifica de exígua, enquanto diz perceber a razão que assiste às ações dos grupos ambientalistas mais radicais e termina com desafios concretos aos responsáveis políticos que se irão reunir no Dubai no mês seguinte.

A saúde não permitirá a Francisco voar até aos Emiratos Árabes Unidos e intervir em pessoa diante da assembleia, mas a sua mensagem é cristalina. Estamos perante “manifestações da crise climática que já são irreversíveis pelo menos durante centenas de anos” [15] derivadas da “lógica do máximo lucro ao menor custo” que “torna impossível qualquer preocupação séria com a casa comum” e é a raiz da “decadência ética do poder real” [29].

O repto lançado aos líderes políticos é concreto. É preciso reconhecer que os acordos e decisões tomadas em anteriores COP´s “tiveram um baixo nível de implementação, porque não se estabeleceram adequados mecanismos de controlo, revisão periódica e sanção das violações” e avançar para “fórmulas vinculantes de transição energética que tenham três características: eficientes, vinculativas e que se possam facilmente monitorizar”.

A COP do Dubai não consegui chegar onde o Papa pedia que chegasse. As violentas consequências das alterações climáticas continuam a fustigar a humanidade, sobretudo os mais pobres, e a reduzir a biodiversidade, exterminando espécies a uma velocidade nunca antes vista. Mas a voz de Francisco fica para a história não apenas como uma voz que clama no deserto. Ele sacudiu o mundo, ajudou milhões de homens e mulheres, de católicos e crentes, a entenderem as raízes e as consequências da extraordinária crise climática que vivemos, a viverem vidas mais conformes aos desígnios de Deus para o cuidado da nossa casa comum e suscitou inúmeros projetos, campanhas, encontros e ações em prol de uma ecologia integral que mantenha este Planeta como um lugar amigo da vida.

 

Uma igreja verde?

Painéis solares instalados no topo da Basílica da Santíssima Trindade, com vista para a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Foto ©  Luís Oliveira | Santuário de Fátima

Não sabemos que nome escolherá o cardeal que os seus pares elegerão como bispo de Roma. Mas sabemos como os seus primeiros gestos após ser eleito Papa serão marcantes. Será muito importante que nalgum desses gestos iniciais, o clima, a ecologia integral, o cuidar da nossa casa comum estejam significativamente presentes. Como diz a sintética expressão em língua inglesa – “primeiro, as coisas mais importantes”. E no “paradigma tecnocrático dominante” que está na origem da crise climática atual encontramos também a raiz das guerras, das culturas do descarte e do antagonismo permanente, do esquecimento do outro, dos outros. É por essa razão que a ecologia integral se tornou, em tão poucos anos, tão central e tão densa no ensinamento da Igreja Católica.

Além de tudo aquilo de pessoal, imprevisível e inspirado pelo momento – tudo quanto os cristãos chamam o sopro do Espírito Santo – o próximo Papa possa dizer e fazer nos primeiros dias do seu pontificado, há algo que se impõe, no campo da ecologia, como tarefa para muitos anos: transformar a Igreja Católica numa igreja verde.

A doutrina é bela, mas a prática deixa muito a desejar – é o que se pretende evidenciar ao indicar a necessidade daquela transformação. Milhões de casas, igrejas, santuários, conventos, seminários e centros sociais propriedade da Igreja Católica em todo o mundo (e em Portugal) carecem de investimentos para as tornar mais eficientes, menos poluidoras, mais independentes dos combustíveis fósseis, menos consumidoras de recursos naturais.

E, como sempre, o principal joga-se ao nível do comportamento das pessoas, neste caso dos católicos. Uma década não foi bastante para alterar de modo radical a tipologia de consumo média entre os católicos. Farto campo este para um Papa que queira continuar o caminho aberto por Francisco…

 

Notas:

1 – As citações da carta encíclica Laudato si’ Sobre o Cuidado da Casa Comum são feitas de acordo com a edição das Paulinas Editora, junho de 2015. Os números entre parêntesis remetem para os números da encíclica, não para as páginas daquela edição.

2 – As citações da exortação apostólica Laudato Deum – A Todas as Pessoas de Boa Vontade Sobre a Crise Climática são feitas de acordo com a edição das Paulinas Editora, outubro de 2023. Os números entre parêntesis remetem para os números da encíclica, não para as páginas daquela edição.




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