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sexta-feira, 9 de maio de 2025

Conselho Mundial de Igrejas pede a Índia e Paquistão que “deem prioridade à paz”

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Forças de segurança na região de Caxemira, onde os confrontos se intensificaram. Foto © Nimisha Jaiswal/Irin

Após ataques e retaliações

 | 08/05/2025

O Conselho Mundial de Igrejas (CMI), órgão que representa 352 Igrejas cristãs de mais de 120 países, instou a Índia e o Paquistão a “quebrar o ciclo de violência e escolher a paz”, depois de uma série de ataques e retaliações entre ambas as nações ter provocado já dezenas de mortos ao longo dos últimos dois dias.

Expressamos profunda preocupação pelo bem-estar do povo da Índia e do Paquistão, e de toda a região, no confronto cada vez mais intenso entre as duas nações com armas nucleares”, pode ler-se na declaração assinada pelo secretário-geral do CMI, Jerry Pillay, e divulgada esta quarta-feira, 7 de maio.

A 22 de abril, cinco homens armados, suspeitos de pertencer a um grupo terrorista com base no Paquistão, mataram brutalmente 26 civis perto de Pahalgam, na região de Caxemira administrada pela Índia. Com a retaliação atual da Índia e a resposta do Paquistão, muitos outros civis estão a ser mortos e feridos”, assinalou Pillay. Mas “a dor da perda e a urgência da justiça não devem levar a mais violência ou sofrimento”, defendeu.

Embora o pastor da Igreja Presbiteriana reconheça o desejo legítimo por segurança, aponta também que o caminho da retaliação apenas aprofunda as feridas e perpetua os ciclos de violência que assolam a região há décadas. A Índia e o Paquistão partilham não apenas uma fronteira, mas também histórias, culturas e esperanças profundas por um futuro melhor”, pode ler-se na mensagem. A escalada da violência e do conflito só trará mais sofrimento às vidas inocentes de ambos os lados.”

Pillay refere o diálogo, a diplomacia e o respeito mútuo como os únicos caminhos sustentáveis ​​para uma paz duradoura. Vamos honrar os que partiram não com retaliação, mas com determinação — a determinação de quebrar o ciclo de violência e escolher a paz”, conclui. Rezamos para que a compaixão triunfe sobre a raiva e que os líderes enfrentem o desafio de proteger a vida e a estabilidade em detrimento do ganho político.”

Também o secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou profunda preocupação com as operações militares indianas na Linha de Controle e na fronteira internacional com o Paquistão.

Numa nota emitida pelo seu porta-voz, Stephane Dujarric, o líder das Nações Unidas pediu “máxima contenção militar de ambos os países” e foi perentório: “o mundo não pode suportar um confronto militar entre a Índia e o Paquistão”.

António Guterres ofereceu apoio diplomático a ambos os governos para ajudar a acalmar as tensões e promover a diplomacia, enfatizando que “uma solução militar não é a solução”.




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