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quinta-feira, 1 de maio de 2025

Minha Mãe me deixou viver


Minha mãe é amor que dá alento

Está em mim, amor vivo, a viver

E me religa ao pai e irmandade

A mente e coração enternecer

De felizes memórias mil e saudade.

 

Quem me disse “é tua mãe” foi meu pai;

Quem me disse “é teu pai” foi minha mãe;

Meus pais diziam: “teus irmãos e irmãs”.

E clamam: é mamã, é o papá.

E sorriem mil vezes ao mimão.

 

Mãe dá colo, papá acaricia,

Vizinhos fazem festas ao menino,

Irmãs mostram sorrisos, em alegria,

Pegam-lhe os padrinhos sem parar

E dizem: é bem lindo, Ti Joaquina!

 

Aos seis do petiz, mãe diz à amiga:

É o Aires, o mais novo, “não o esperava”

Vai nos sete, este ano entra na escola

De rapazes do professor Guerra,

É menino de boa cabeçola.

 

Lembro bem minha mãe a me deitar

No berço a me embalar com terno canto:

“Com Deus me deito, com Deus me levanto

Em nome do Pai, Filho e Sprito Santo”

E, aos sete, em família, o terço orar.

 

À missa junto dela ia rezar,

E, crescido, assistia com o pai,

Até aos treze, à frente do altar,

Quando, abençoado por pai e mãe,

Parti para ser quem gosto de ser.

Pe. Aires Gameiro


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