Páginas

domingo, 20 de outubro de 2024

Papa proclama 14 novos santos

Mártires e fundadores

 | 19 Out 2024

A fachada principal da Basílica de S. Pedro. Foto © Ricardo Perna

A fachada principal da Basílica de S. Pedro, local onde se realizam boa parte das canonizações. Foto © Ricardo Perna


eucaristia que o Papa Francisco celebra neste domingo, 20 de outubro, na Praça de São Pedro, às 10h30 (menos uma hora em Lisboa), inclui a canonização dos 11 Mártires de Damasco, de José Allamano, Elena Guerra e Marie-Léonie Paradis.

Aqueles que são conhecidos como os Mártires de Damasco são um grupo de 11 cristãos, mortos a 9 de julho de 1860, no convento franciscano onde se encontravam, na Síria, por se recusarem a abandonar a sua fé e se converterem ao islão. Foram assassinados oito frades menores – Manuel Ruiz, Carmelo Bolta, Nicanor Ascanio, Nicolás M. Alberca y Torres, Pedro Soler, Engelbert Kolland, Francisco Pinazo Peñalver e Juan S. Fernández –, juntamente com três leigos maronitas, irmãos biológicos – Francis, Mohti e Raphaël Massabki.

Será também canonizado José Allamano, padre e fundador dos Missionários e Missionárias da Consolata. Os dois institutos missionários que fundou contam hoje com 896 missionários e 471 missionárias, que estão presentes nos quatro continentes, em dezenas de países, que incluem a Coreia do Sul, Mongólia, Taiwan, Cazaquistão, Libéria, República Democrática do Congo, Madagáscar e Marrocos.

O Papa Francisco canonizará também Marie-Léonie Paradis, fundadora da congregação das Pequenas Irmãs da Sagrada Família, conhecida por ter dedicado a sua vida religiosa ao apoio material e moral do clero e por ter contribuído para melhorar a vida de doentes e de estudantes desfavorecidos. As religiosas da congregação que fundou trabalham hoje em mais de 200 instituições de educação e evangelização no Canadá, Estados Unidos da América, Itália, Brasil, Haiti, Chile, Honduras e Guatemala.

Durante a celebração será ainda canonizada Elena Guerra, fundadora da congregação das Oblatas do Espírito Santo, também conhecidas como Irmãs de Santa Zita. Esta religiosa italiana falecida em 1914 destacou-se por ter dedicado a sua vida ao cuidado de pessoas doentes, à educação, à teologia e à escrita, e por fundado uma comunidade de mulheres dedicadas à educação de meninas.

As curas que abriram caminho às canonizações

cura atribuída à intercessão de José Allamano envolveu a recuperação inexplicável de Sorino, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, no Brasil. O indígena foi atacado por uma onça no interior da floresta, e ficou com parte do cérebro exposto. As suas possibilidades de sobrevivência eram baixas, mas contrariando muitos diagnósticos médicos, Sorino recuperou sem problemas neurológicos, e pôde retomar a sua vida normalmente.

O Vaticano reconheceu também a recuperação inexplicável de uma recém-nascida atribuída à intercessão de Marie-Léonie Paradis, nascida no Quebeque, no Canadá. A bebé tinha “asfixia perinatal prolongada com falência múltipla de órgãos e encefalopatia”. A beata Marie-Léonie foi invocada duas vezes: na segunda noite após o nascimento da menina e alguns dias depois. Dez dias após o nascimento, a bebé recebeu alta, sem que apresentasse qualquer problema de saúde. Hoje, já mulher, é professora de línguas.

cura pela intercessão da beata Elena Guerra ocorreu em Uberlândia, no Brasil. O caso envolve a recuperação de um enfermeiro que caiu do topo de uma árvore e ficou em coma, sem qualquer esperança de recuperação. Depois de 25 dias, o profissional de saúde saiu do coma. A sua família chegou a receber um parecer médico que indicava que a recuperação do enfermeiro “foi além da medicina”.

No que aos mártires diz respeito, estes podem ser canonizados sem a necessidade de um milagre pós-morte, uma vez que o martírio é considerado uma prova suprema de fé pela Igreja Católica.

Texto publicado ao abrigo da parceria 7MARGENS/Fátima Missionária.



Sem comentários:

Enviar um comentário