Líbano, Haiti e Ucrânia
7M/Agência Ecclesia | 13 Out 2024
O Papa Francisco continua a acompanhar a atualidade do mundo e voltou a mostrar-se preocupado com a situação no Médio Oriente e no Haiti, já depois de, na sexta-feira, ter recebido de novo o presidente Zelensky, da Ucrânia.
O ataque que atingiu, no sábado, os capacetes azuis no Líbano levou o Papa a pedir um cessar-fogo “imediato” no Médio Oriente, apelando ao respeito pelos capacetes azuis que operam naquele país. “Continuo a seguir com preocupação o que está a acontecer no Médio Oriente e apelo, mais uma vez, a um cessar-fogo imediato em todas as frentes e à prossecução das vias da diplomacia e do diálogo para alcançar a paz”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação do ângelus, citado pela Ecclesia.
Francisco mostrou-se próximo de “todas as populações envolvidas, Palestina, Israel, Líbano”. “Peço que sejam respeitadas as forças de paz da ONU”, acrescentou, um dia depois de cinco soldados da força de paz terem sido feridos em incidentes atribuídos a Israel.
“Rezo por todas as vítimas, pelos deslocados, pelos reféns que espero que sejam imediatamente libertados, e espero que este grande e desnecessário sofrimento gerado pelo ódio e pela vingança termine em breve”, declarou o Papa aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.
Francisco sustentou que “a guerra é uma ilusão, é uma derrota, nunca trará a paz, nunca trará a segurança, é uma derrota para todos, sobretudo para os que se julgam invencíveis”. “Por favor, parem”, apelou.
Dois dias após ter-se encontrado com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o Papa defendeu a necessidade de “não deixar os ucranianos morrerem de frio” e “acabar com os ataques aéreos contra a população civil, que é sempre a mais afetada”. “Chega de mortes de inocentes”, declarou, numa altura em que se retomam as preocupações com o inverno que se começa a aproximar e que afetará principalmente todos os que vivem nas zonas da Ucrânia mais afetadas pela guerra.
A situação no Haiti, por seu lado, onde mais de 700 mil pessoas abandonaram as suas casas, nos últimos meses, devido à onda de violência, motivou também a preocupação pública do Papa. “Acompanho a situação dramática no Haiti, onde a violência continua contra a população, forçada a fugir das suas casas em busca de segurança noutros locais, dentro e fora do país”, disse Francisco, também após a recitação do ângelus. “Não esqueçamos nunca os nossos irmãos e irmãs haitianos”, acrescentou.
Perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, o Papa pediu orações “pelo fim de todas as formas de violência”. A intervenção apelou ainda ao compromisso da comunidade internacional, a fim de “construir a paz e a reconciliação no Haiti, defendendo sempre a dignidade e os direitos de todos”.
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