Será o governo fiável? E responsável? Em alta velocidade acelera para que a lei da eutanásia veja a luz o mais rápido possível.
Será fiável um Parlamento que antes de legislar sobre Cuidados Paliativos legisla sobre eutanásia?
Os cidadãos necessitam de bons serviços de saúde para serem tratados com
dignidade, eficiência e profissionalismo, ética e humanidade num adequado
cuidado e não de leis para serem eliminados.
A primeira preocupação deve ser uma lei de cuidados de saúde no final da vida. Um
governo que antes de elaborar uma lei de cuidados paliativos insiste na
legalização da eutanásia será um governo irresponsável?
Esta pressão desnaturada demonstra a natureza
ideológica do abandono dos
cuidados paliativos e a insistência no compromisso de
implantar a morte a pedido, não obstante a maior parte dos médicos ser contra e
a Associação Médica Mundial (OMM), composta por 106 associações em todo
o mundo, representando mais de nove milhões de médicos, na sua última
declaração sobre o assunto considerar que "o acto deliberado de acabar com
a vida de um paciente, seja por livre e espontânea vontade ou a pedido de seus
familiares, é contrário à ética".
A Eutanásia
não é um problema médico mais, vai totalmente contra o
Código de Ética Médica o qual deixa claro que o médico nunca causará
intencionalmente a morte de qualquer paciente, nem mesmo no caso de um pedido
expresso dele".
A Associação Europeia de
Cuidados Paliativos criticou duramente o modelo de cuidados paliativos
utilizado na Bélgica e nos Países Baixos. Médicos de
cuidados paliativos mais experientes insistem que podem ajudar a lidar com a
dor e o sofrimento de seus pacientes sem eutanásia e alertam que a eutanásia
ficou fora de controlo onde já foi aplicada. "A realidade mostra-nos a
rapidez com que a eutanásia é alcançada em pacientes psiquiátricos, idosos,
vulneráveis e recém-nascidos deficientes. Na Holanda, a eutanásia já se aplica
não só aos doentes, mas simplesmente às pessoas que não querem viver, sem
motivo médico e agora também é permitida a crianças até aos doze anos com
doenças terminais.
O País
não precisa de leis para morrer, mas sim de governantes honestos, que não
enganem com falsas liberdades ao serviço de predadores, mas que cuidem dos
cidadãos na saúde, na doença, no trabalho e na família.
Artur Pereira dos Santos
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