O Dr. Enrique Rojas não necessita de grandes apresentações, por si já é uma instituição no campo da psiquiatria em Espanha.
Com 73 anos é médico e professor, director do
Instituto Espanhol de Pesquisa Psiquiátrica e presidente da Fundação
Rojas-Estapé, e um profissional humanista envolvido plenamente na sua paixão
pelo doente, pelas patologias, sempre disponível para tratar, ajudar,
compreender e aconselhar.
Tem um amplo trabalho desenvolvido em
áreas clínicas – a ansiedade, a depressão e desvios de personalidade – e
psicológicas – como as crises conjugais, o fracasso escolar, desajustes no
campo da sexualidade e os caminhos que conduzem à felicidade.
Numa breve entrevista concedida recentemente, Rojas quis
abordar os temas da sexualidade, casamento,
família e felicidade, como consequência da sua grande experiência
profissional e dos casos flagelo que mais recentemente têm atingido a
humanidade, como "a educação
sentimental da nossa era" em que o aumento do consumo de
pornografia, a grande imaturidade sentimental e a excessiva liberdade ou
permissividade conduziram a uma mudança de paradigma no qual o sexo se tornou um “bem de consumo”.
A fragilidade dos afectos, a
leveza de algumas relações amorosas e a ausência dum sentido forte de amor
comprometido e duradouro, conduziu a que hoje a primeira pandemia do mundo "não
seja o Covid, mas sim o divórcio", explica este médico
especialista não só como forma de constatação, mas também, como alerta ou
prevenção, na medida em que a sua experiência profissional, familiar e social o
impelem a partilhar estas realidades constatáveis não só em Espanha mas também
noutros países.
Recorda o terapeuta com toda a sua bonomia e esperança que em muitos casos conjugais a solução passa por compreender, amar, esquecer e "aprender a perdoar". Não há felicidade conjugal sem compreensão, sem perdão, sem esquecimento. A fórmula mágica do amor será: boa saúde, má memória e uma capacidade infinita de perdoar com misericórdia.
Balthazar Vilanueva
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