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sábado, 21 de novembro de 2020

Bispos dos EUA elegem primeiro latino e defensor dos imigrantes para presidente da Conferência Episcopal

 | 13 Nov 19

Arcebispo Jose Goméz, de Los Angeles, eleito presidente (Novº 2019) da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos. Foto Prayitno/Wikimedia Commons

O arcebispo de Los Angeles Califórnia, Jose Gomez, foi eleito presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB, na sigla em inglês), durante a assembleia geral realizada nesta semana, na cidade de Baltimore (Maryland, na costa leste). Aos 67 anos, Gomez é o primeiro presidente da USCCB com ascendência latina, depois de ter estado nos últimos três anos como vice-presidente, ao lado do cardeal Daniel DiNardo, de Galveston (Houston).

Durante a sua liderança como arcebispo da diocese californiana, refere o National Catholic Reporter, Gomez tem sido um defensor dos direitos de imigrantes, expressando por vezes apoio aos recém-chegados que enfrentavam restrições por parte do Departamento de Segurança Nacional e outras agências federais, e apoiando igualmente os imigrantes, contra o medo de serem deportados.

Como refere o New York Times, no mesmo dia em que Gomez foi eleito o Supremo Tribunal Federal aceitou o pedido da administração Trump para acabar com a DACA (ação diferida para chegadas de crianças) que permite que pessoas que entram no país ilegalmente, ainda crianças, tenham depois licenças de trabalho temporárias de dois anos.

Discutir os problemas de uma forma aberta

O caminho para a imigração legal é uma prioridade para o arcebispo Gomez, que nasceu no México e se naturalizou nos EUA – 40% dos católicos norte-americanos são de origem hispânica. Numa entrevista citada ainda pelo New York Times, o arcebispo diz que se sentiria “feliz” se se pudesse encontrar com Trump – “ou com qualquer pessoa” – para discutir reformas na imigração.

“As famílias estão a vir para cá porque a situação nos seus países de origem é horrível”, afirma. “Estas são pessoas magníficas, com boas famílias, são dedicadas no seu trabalho e é admirável ver as suas vidas a desenvolverem-se. Parece-me que os responsáveis eleitos não entendem isso.” 


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