O arcebispo Paul Gallagher, secretário do Vaticano para as Relações entre Estados, afirma que está na altura de católicos e anglicanos porem de lado as diferenças históricas para trabalhar em prol do bem da humanidade. Ambas as igrejas devem atuar juntas com um “imperativo moral” que faça o reino de Deus avançar, disse o responsável.
Gallagher afirma que, apesar das limitações e “bagagem histórica”, anglicanos e católicos devem apoiar uns aos outros, reforçando o compromisso mútuo em “sarar” as feridas do mundo. Numa homilia na igreja de Santo Inácio de Loyola, em Roma, com os arcebispos Ian Ernest (antigo bispo da Maurícia e arcebispo da Igreja Anglicana no Oceano Índico) e Justin Welby (arcebispo da Cantuária e primaz dos anglicanos), Paul Gallagher afirmou: “Não precisam que vos diga que o mundo enfrenta hoje um número de desafios sem precedentes em cada frente. Nenhum continente está excluído e os abrigos são poucos. Alguns já começaram a ver o trabalho ecuménico como uma questão importante na Igreja, em que a nossa união será o motor do crescimento ou mesmo da sobrevivência da Igreja de Cristo.”
Na homilia, citada pelo The Tablet, o arcebispo acrescentou ainda a ideia de as duas Igrejas trabalharem juntas como “Corpo de Cristo”, não por ser bom ou confortável fazê-lo, mas porque isso deve ser feito como resposta às necessidades da humanidade. Depois de ter descrito os encontros que teve ao longo dos anos com Welby e Ernest, Gallagher concluiu referindo: “Hoje, estamos bem cientes das nossas limitações, imperfeições e problemas, e também dos nossos pecados históricos e atuais. Contudo, existe o perigo de nos deixarmos aprisionar nas nossas imperfeições, paralisados e incapazes de atuar ou reagir.”
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