Nos próximos dias 12 e 13 de Maio muitos de nós iremos alegremente a Fátima, comemorar o centenário das Aparições de Nossa Senhora a este local. Faremos o possível para conseguir um bom lugar a fim de ver bem o Santo Padre nem que para isso façamos alguns sacrifícios que não serão vistos como tal pois a alegria do momento, supera todo o cansaço. Serão filas intermináveis para satisfazermos as nossas necessidades básicas, mas sabemos que vale a pena.
Por outro lado, estão neste momento um considerável número de pessoas a gastarem-se para que nós sejamos bem acolhidos e, sobretudo, que o Santo Padre se sinta “em casa”. Preparam ao pormenor todas celebrações, confecionam tudo o que é necessário para que as cerimónias litúrgicas tenham a dignidade que lhes é própria, etc… São centenas, se não milhares de pessoas a trabalhar para que estes dias sejam tão perfeitos quanto humanamente é possível.
Durante a estadia de Sua Santidade, aclamaremos bem alto o seu nome, afirmando que estamos (e é verdade!) contentes por termos nesta terra de Santa Maria o Vigário de Cristo e que estamos a ele unidos! Mas depois? E Antes? Será que realmente o nosso coração está aberto ao que ele nos vem dizer?
Se nos perguntassem o que tem dito o Santo Padre, quais as suas preocupações, que assuntos ele tem abordado, saberemos responder? Em breve, na Assembleia da República pretende-se discutir temas como a Eutanásia, aborto, adopção por casais do mesmo sexo, etc. Como actuaremos a partir de 13 de Maio? Vamos continuar com o Santo Padre mesmo depois da sua partida ou pelo contrário, pensaremos que estes assuntos são do foro íntimo de cada um e, desculpem a franqueza, dar o dito por não dito, deixando de estar com o papa consentindo que se continue “a ofender Nosso Senhor que “já está muito ofendido”, como lamentou Nossa Senhora há cem anos atrás?
Desengane-se quem espera que o Santo Padre venha dar uma nova doutrina porque não é possível. O Vigário de Cristo é o guardião, o fiel depositário da mensagem de Cristo, nunca a pode alterar. Por vezes pode parecer que a Igreja está a fazer concessões o que não é de todo verdade. Este Romano Pontífice tem apenas dar maior ênfase à pessoa como sendo sempre alguém querida e amada por Deus, do que aos actos que esta pratica, não deixando, contudo, de chamar erro ao que não está de acordo com a Verdade.
Sem dúvida que a vinda do Papa Francisco marcará a História do nosso país e de todo o mundo, falta saber se permitiremos que deixe uma marca indelével no livro da nossa vida.
Maria Guimarães
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