Papa Francisco em Auschwitz. Foto: Lusa |
Principais acontecimentos no pontificado de Francisco e regresso de Bento XVI ao palácio apostólico
Lisboa, 31 dez 2016 (Ecclesia) - O Papa Francisco realizou seis viagens
internacionais em 2016, publicou a exortação apostólica pós-sinodal
‘Amoris Laetitia’ e promoveu um encontro inter-religioso pela paz, em
Assis (Itália).
Após duas assembleias do Sínodo dos Bispos sobre a família (2014 e
2015), o mês de abril viu ser publicada a ‘Amoris laetitia’ (A Alegria
do Amor), na qual o Papa propõe um caminho de “discernimento” para os
católicos divorciados que voltaram a casar civilmente.
Francisco assina
uma reflexão que recolhe as propostas dos bispos e dos inquéritos aos
católicos de todo o mundo, mas a situação dos católicos recasados tem
gerado pedidos de esclarecimento e mesmo alguma contestação.
As perseguições religiosas, o terrorismo e a crise dos refugiados foram
outros temas presentes nas intervenções do Papa, que a 17 de fevereiro concluiu
a sua primeira viagem ao México, deixando atrás de si várias mensagens
contra a violência, o tráfico de drogas e o crime, por um futuro
diferente.
Antes, teve lugar o histórico encontro com o patriarca ortodoxo de Moscovo, Cirilo, numa breve escala em Cuba.
Na sua tradicional mensagem pascal, antes de conceder a bênção ‘urbi et orbi’, Francisco condenou no Vaticano a vaga de ataques terroristas, atos de “violência cega e brutal”.
Ainda em abril, na companhia de líderes ortodoxos, o Papa visitou os
refugiados na ilha grega de Lesbos e não regressaria ao Vaticano sem que
alguns deles o acompanhassem.
O Papa cumpriu em junho uma viagem de três dias à Arménia, a sua primeira ao país, que se encerrou com um gesto de paz junto à fronteira turca.
A 28 de junho fez-se história no Vaticano com o regresso
do Papa emérito Bento XVI ao palácio apostólico, para uma homenagem por
ocasião do seu 65.º aniversário de ordenação sacerdotal.
Ainda em 2016, Bento XVI falou
publicamente, no livro-entrevista ‘Últimas conversas’, sobre a sua
renúncia ao pontificado, em 2013, explicando que esta uma decisão
amadurecida, que não vê como um “fracasso”.
A popularidade do Papa Francisco junto dos mais jovens, no ano em que
chegou à rede social Instagram, ficou comprovada em finais de julho, na viagem
de cinco dias à Polónia, onde presidiu à Jornada Mundial da Juventude
em Cracóvia, numa visita que incluiu uma homenagem silenciosa às vítimas
do campo de concentração nazi de Auschwitz.
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