O amor infinito de Deus volta a apresentar-se de forma especial no tempo de Natal, projectando uma grande luz sobre o destino da humanidade, chamada à união mais íntima com o Criador. A presença de Jesus no meio do seu povo liberta-o do peso e das tristezas da vida e restabelece o júbilo e a alegria.
A luz do nascimento de Jesus traz consigo a força para dissipar as trevas deste nosso mundo que, de tantas formas, luta por se afastar de Deus. Ao povo que caminhava nas trevas e aos que habitavam na região de sombras da morte, apareceu uma grande luz, a qual continua ainda a brilhar em toda a sua bondade. Não obstante os trágicos e tristes acontecimentos que ocorrem em muitas partes do mundo, ela ilumina-nos com a mesma clareza diáfana que iluminou aquela noite em Belém, há mais dois mil anos.
Nesta abençoada noite de Natal voltemos à casa de Deus, atravessando as sombras que envolvem a Terra, mas guiados pela chama da fé, que guia os nossos passos, aquece a nossa alma e animados pela esperança de encontrar a «grande luz» abramos o nosso coração para poder contemplar o milagre daquele Menino-Sol que, surgindo do alto, iluminou todo o horizonte.
Natal é uma verdadeira festa da alegria, é um convite real para adorarmos Deus. Em todos os lugares do mundo, também naqueles onde se persegue a Igreja, haverá quem diga ao Senhor: sabemos que nasceste hoje, viemos adorar-Te em nome de todas as criaturas, porque estas palavras são uma resposta da Santa Igreja ao clamor dos Anjos que se ouviu no mundo, rompendo o silêncio e a escuridão dos séculos: Glória a Deus nas Alturas e Paz na Terra aos homens por Ele amados.
Na gruta de Belém, o Céu e a Terra tocam-se, porque ali nasceu o Criador do mundo, o Redentor da humanidade. De lá se espalha uma claridade que é para todos os tempos, também para o nosso, tão necessitado da orientação divina. Ao prepararmo-nos para celebrar de novo a vinda do Senhor, e ao considerar que a sua alegria é estar com os filhos dos homens, enchamo-nos de esperança, o Senhor aproxima-se sempre de nós e permanece ao nosso lado.
Contemplemos a Virgem Maria, com São José, a cuidar de Jesus recém-nascido na pobre gruta que os alojou em Belém. A tradição de fazer o Presépio é uma magnífica recordação de que o Verbo Divino habitou entre nós. “O Presépio é expressão da nossa espera, de que Deus se aproxima de nós, de que Cristo vem a nós, mas é também uma expressão de acção de graças Àquele que decidiu partilhar a nossa condição humana, na pobreza e na simplicidade”.
Também as luzes e os enfeites decorativos evocam o desejo do bem que vive no mais profundo do coração humano, a luz do bem que vence o mal, do amor que supera o ódio, da vida que derrota a morte. Ao vermos as ruas e praças das cidades enfeitadas com luzes resplandecentes, recordemos que estas luzes evocam outra Luz, invisível aos olhos mas não ao coração. Enquanto as apreciamos, ao acendermos as velas nas igrejas ou a iluminação do Presépio e da árvore de Natal nas nossas casas, o nosso ânimo abre-se à verdadeira Luz Espiritual, trazida a todos os homens de boa vontade.
O Menino - Deus connosco, nascido da Virgem Maria em Belém, é a Estrela da nossa vida!
Feliz e Santo Natal
Maria Susana Mexia |
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