Francisco presidiu à tradicional recitação do ângelus a 26 de dezembro, festa do primeiro mártir, Santo Estêvão
Cidade do Vaticano, 26 dez 2016 (Ecclesia) - O Papa Francisco denunciou
hoje no Vaticano o “martírio” de cristãos em várias partes do mundo, ao
assinalar a festa litúrgica do primeiro mártir, Santo Estêvão.
“Ainda hoje a Igreja, para dar testemunho da luz e da verdade,
experimenta em vários lugares duras perseguições, até à suprema prova do
martírio. Quantos dos nossos irmãos e irmãs na fé sofrem abusos,
violência e são odiados por causa de Jesus”, disse, antes da oração do
ângelus, desde a janela do apartamento pontifício.
Perante milhares de pessoas reunidas para este tradicional encontro no
dia a seguir ao Natal, o Papa afirmou que “os mártires de hoje são em
maior número do que os dos primeiros séculos”.
“Quando lemos a história dos primeiros séculos, aqui em Roma, lemos
tanta crueldade com os cristãos. Eu digo-vos: a mesma crueldade existe
hoje e em maior número”, assinalou, de improviso.
Francisco declarou que toda a Igreja está junto destes cristãos com “afeto”, “oração” e também com “pranto”.
“Ontem, dia de Natal, os cristãos perseguidos no Iraque celebraram o
Natal na sua catedral destruída. É um exemplo de fidelidade ao
Evangelho”, observou.
Segundo um estudo do ‘Center for Study of Global Christianity’ (Centro
de Estudos do Cristianismo Global), citado pela Rádio Vaticano, em 2016
houve 90 mil cristãos mortos e cerca de 500 milhões sofreram limitações à
sua liberdade religiosa.
Esta manhã, através da sua conta na rede social Twitter, o Papa quis
lembrar “os mártires de ontem e de hoje”, na festa de Santo Estevão.
“Vençamos o mal com o bem, o ódio com o amor”, apelou.
Após a recitação do ângelus, Francisco quis agradecer as várias
mensagens de Natal que recebeu nos últimos dias, renovando os seus votos
de “paz e de serenidade”.
OC
in
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