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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Papa: É tempo de «mostrar que o mal não tem a última palavra na História»

Francisco envia mensagem aos participantes do encontro internacional de jovens da Comunidade Ecuménica de Taizé

Cidade do Vaticano, 27 dez 2016 (Ecclesia) – O Papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes do 39.º encontro internacional da Comunidade Ecuménica de Taizé, que começa esta quarta-feira em Riga, na Letónia.

Na missiva, publicada pela página online da Comunidade, o Papa argentino desafia os mais novos a irem ao encontro do tema do evento, centrado na esperança, e a “trilharem o caminho do futuro com alegria”, desenvolvendo “talentos e capacidades para o bem de todos”.

É tempo de "mostrar com palavras e atos que o mal não tem a última palavra na História”, frisa Francisco.

O encontro internacional da Comunidade Ecuménica de Taizé, entre 28 de dezembro e 01 de janeiro, deverá contar com cerca de 10 mil participantes e acontece pela primeira vez num país dos Balcãs e numa cidade com forte tradição luterana, embora marcada por diversas confissões cristãs.

Numa mensagem em que agradece aos jovens dos mais variados países terem “deixado os seus sofás” para virem até Riga e marcarem presença nesta atividade, o Papa recorda as “muitas pessoas” que hoje vivem “confusas, desanimadas pela violência, pelas injustiças, pelo sofrimento e por divisões”.

E espera que “estes dias ajudem” os mais novos a “não terem medo dos seus limites, mas a crescerem na confiança em Jesus, que acredita e espera em cada um”.

“Que com a simplicidade que o irmão Roger testemunhou, possam construir pontes de fraternidade e tornar visível o amor com que Deus nos ama”, acrescenta Francisco.

Além da mensagem do Papa argentino, a página online da Comunidade Ecuménica de Taizé publica textos de outros responsáveis religiosos, enviados aos participantes do encontro internacional de Riga.

Nomeadamente do Patriarca Ecuménico Bartolomeu, do Patriarcado de Moscovo, do arcebispo de Cantuária, Justin Welby, do secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas, Olav Fykse-Tveit, do secretário-geral da Federação Luterana Mundial, Martin Junge, e do secretário-geral adjunto da Aliança Evangélica Mundial, Rosalee Velloso Ewell.

Destaque ainda para as missivas enviadas pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, e pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, que apontam alguns dos desafios mais prementes que afetam a humanidade, e que os jovens, por serem o “futuro”, vão ter de enfrentar.

Como a guerra, a pobreza e as alterações climáticas, o medo, a perseguição e a ganância, passando pela ameaça que paira sobre o projeto da União Europeia.

“Agora, mais do que nunca, são os jovens que têm a maior contribuição a fazer no que toca a enfrentar os desafios do mundo de hoje e a moldar o futuro”, frisa Donald Tusk.

JCP

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