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domingo, 25 de dezembro de 2016

Uma bíblia radical

Regozijo de alegria, não caibo em mim de contente porque, finalmente, veio a luz…Não, não estou a referir-me ao Natal que todos os anos se repete, nem ao fim da crise, ao défice, ou às “mentiras e falsidades” com que nos seduzem e muito menos preocupado com os refugiados, o senhor Trump, etc., banalogias não me interessam.

O que me fez realmente espantar e “encantar” foi o tamanho prodígio de termos no nosso país uma “luminária” tão grande e tão única que teve a coragem e a ousadia duma nova tradução dos Livros Sagrados.

“A sua tarefa foi dar pela 1ª vez, em Portugal, a perspectiva histórico-linguista numa nova tradução da bíblia. Será um deslumbramento não confessional a bíblia de Frederico Lourenço, é um marco de cultura universal que pelo seu valor religioso, estético e histórico urge conhecer, ou mesmo comprar”, como defendem alguns dos seus amigos e críticos aduladores…

Após séculos e séculos às escuras - pior de que a Idade Média que foi só dez séculos de escuridão (?) dizem alguns iluminados – eis que surge uma tradução como il faut, isenta de toda a impureza da Santa Madre Igreja, uma tradução neutra ou neutral, não sei se posso dizer uma bíblia laica ou laicista, onde o verdadeiro mérito não está na Palavra de Deus, mas assenta todo no seu tradutor, um homem dos nosso dias elogiado e divinizado pelos sectores mais radicalmente laicos da nossa praça.

De parabéns altamente excitados parece que estamos todos nós, os que vivíamos nas trevas e não tínhamos visto a luz verdadeira e única filtrada pela mente e pelo saber deste professor de grego…

Que feliz me sinto por ser Cristão e que pena me dá os seguidores de Maomé ainda não terem tido a oportunidade de ver o seu Corão traduzido com honestidade e saber por um verdadeiro conhecedor da língua em que foi escrito e purificado de todos os estigmas, crenças e eventuais preconceitos religiosos…Fica aqui a sugestão e não tenham medo porque Alá é grande…

Pelo que me é dado saber e conhecer, julgo que o nosso povo, letrado e iletrado, cioso da sua Fé, pouco se importa com o alarido e a pompa mediática que circunda e alimenta esta pseudo epopeia.

Com o Centenário das Aparições a bater-nos à porta, os nossos fiéis amantes da Palavra de Deus que veneram a BÍBLIA, já não vão em arraias, não que sejam homofóbicos, não senhor, que Deus nos livre padecer dessa doença, mas têm mais que fazer. Recentemente saídos do Ano da Misericórdia e da Glória do Natal em que celebrámos a vinda ao mundo do Filho de Deus feito Homem para nos salvar, O MENINO JESUS, seguramente optarão por rezar para desagravar mais esta blasfémia como pediu Nossa Senhora aos 3 Pastorinhos, em Fátima.


José M. Esteves






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