foto: taize.fr |
Noção de «interdependência» dos países é essencial para a paz, defende o irmão Alois
Riga, 29 dez 2016 (Ecclesia) – O encontro internacional de Natal e Ano
Novo da Comunidade Ecuménica de Taizé, em Riga, na Letónia, começou com
apelos a uma “mundialização da fraternidade”, que permita resolver os
conflitos atuais.
Na sua primeira mensagem aos participantes, cerca de 10 mil jovens
vindos de todos os continentes, o irmão Alois, prior da Comunidade de
Taizé, salientou que “perante a instabilidade do mundo de hoje” é
urgente uma “grande fraternidade que ultrapasse fronteiras”.
Um contexto novo, que torne evidente a “interdependência” que deve
marcar a convivência das nações, condição essencial para a paz.
Em Riga estão jovens vindos de Portugal, de outros países da Europa e
de outros continentes, com destaque para a Rússia, a Polónia e a
Ucrânia, a Coreia do Sul e Hong Kong.
Esta é a primeira vez que o encontro internacional de Taizé decorre num
país da antiga União Soviética, e o irmão Alois salientou o significado
de o evento decorrer num território que tem muito a dizer, em termos da
busca da justiça e da paz.
“No passado, souberam sofrer e souberam amar. Os mais idosos de entre
vós podem disso dar testemunho. A vossa história, frequentemente
dolorosa, prepara-vos para serem uma terra de reconciliação, uma ponte
entre diferentes partes da Europa. Apoiamos a coragem com a qual
respondem a esta vocação”, frisou aquele responsável.
Subordinado ao tema “Juntos, abrir caminhos de esperança”, o encontro
internacional de Taizé pretende prosseguir com o objetivo de “escutar
jovens de diversas regiões do mundo e apoiá-los” no sentido de
contribuírem para o “futuro dos seus países”.
Um desígnio que a Comunidade reforçou num outro encontro recente no
Benim, no mês de setembro, que mostrou “a vitalidade dos jovens daquele
continente, a sua capacidade de perseverar na confiança, mesmo quando o
horizonte escurece”.
Esta quinta-feira, o prior de Taizé vai partilhar com os jovens em Riga a primeira de quatro propostas que preparou para este encontro e que quer desenvolver ao longo de 2017 – “Permanecer firmes na esperança, ela é criativa”.
JCP
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