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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Vem Natal, Precisamos de Ti


Pensei no Natal que se aproximava, sendo que para mim constitui a época mais bonita do ano. Tudo tem mais cor, mais luz, mais alegria e mais brilho. Os doces de Natal são extremamente apelativos - os sonhos, os coscorões, as azevias, o bolo-rei -. O bacalhau, o peru recheado entre muitos outros acepipes que fazem as delícias da consoada das famílias. Mas sobretudo, o presépio, que nos recorda a alegria do nascimento de Jesus. “Exulta, céu; alegra-te terra; começai a cantar montanhas, porque virá o nosso Senhor. Nos seus dias reflorescerá a justiça e a paz”.

Entretanto, veio-me ao pensamento, que como seria que uma criança de cinco anos e uma senhora com 97 anos, veriam esta época natalícia? Resolvi que para responder a esta questão, o melhor seria mesmo, inquirir-lhes a sua visão sobre o Natal.

A Maria Luísa, com cinco anos, respondeu a esta minha pergunta, comentando, que o Natal é uma festa super boa, que tem muito amor e muito carinho. Também tem muitos anjinhos para cuidarem do Menino Jesus, que marca o Natal, com o seu nascimento. A Maria e o José, têm muito amor no seu coração, que cuidam do Menino Jesus no amor. O Pai Natal é o último a chegar com as renas, vindo do Polo Norte e dá os presentes. O Menino Jesus é o meu amor, dou-lhe muitos beijinhos e abraços, com muito carinho.

Chegou a vez de colocar a mesma pergunta à Manuela, com 97 anos, que respondeu do seguinte modo: "Infelizmente, penso que atualmente, é um Natal comercial. O nascimento de Jesus adquiriu um significado mais materialista hoje em dia. Acrescentou ainda que, de um modo geral, significava juntar a família à volta da mesa, para festejar o nascimento de Jesus. Referiu ainda, que significava igualmente, a promoção da união da família, a sua aproximação, uma festa para as crianças. Por outro lado, nesta época as pessoas são mais solidárias, em particular, para com os mais desfavorecidos”.

E eu como me posiciono neste monólogo com o mundo, acerca do Natal?

"Eis que venho, segundo está escrito de mim no principio do livro, para fazer, ó Deus a tua vontade".(HebX,7). Eu sou o Alfa e o Ómega, o princípio e o fim. Àquele que tiver sede dar-lhe-ei de beber gratuitamente da fonte da água viva...Eu serei o seu Deus e ele será meu filho. (Apc XXI, 4-7).

O mundo precisa de se unir, de dar as mãos num gesto de fraternidade, de acolhimento, de viver em pleno a solidariedade, a doçura, os afetos, de zelarmos uns pelos outros, de procurarmos alcançar consensos através do diálogo, evitando deste modo, os conflitos, as guerras, ou seja, seguir os ensinamentos deste Menino Jesus, tão doce como o mel, que nasceu numa manjedoura, procurando trazer a paz ao mundo. A paz constitui um dom de Deus, mas que foi confiado a todos os homens e a todas as mulheres que são chamados a ajudar a concretizar este dom.

Vem Natal, como gostaria de ser mais uma figura do presépio: ouvir o que o anjo disse aos pastores que viram uma grande luz, a glória do Senhor, que os envolveu de claridade: “Não temais, trago-vos uma boa nova, uma grande alegria, para todo o povo, pois nasceu hoje na cidade de David, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”.

Cantamos alegres nestes dias de Natal, porque o amor está connosco até ao fim dos tempos. E, ao adorarmos o Menino, ao beijá-lo, ao depositar no seu regaço, todas as nossas alegrias, as nossas tristezas, as nossas esperanças, devemos agradecer a Deus, o seu desejo de descer até nós, e que nos decidamos igualmente a ser como crianças, para assim podermos entrar um dia no reino dos céus.

Nada melhor do que a criança de 5 anos para concluir: “O Menino Jesus é um amor, ele tem os 3 reis magos, o Baltazar o Belchior e o Gaspar, um dá ouro, outro incenso e outro mirra, mas sobretudo, muito carinho e amor. O Jesus dá muito amor, carinho e felicidade às pessoas tristes. Ele ama-nos sempre. A estrelinha de Natal brilhará eternamente”.
Maria Helena Paes







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