Não obstante o turbilhão assassino terrível em que os homens tinham mergulhado a Europa, que ficou para a História como a 1ª grande guerra, aconteceu a maior intervenção Divina na História da Humanidade, em que Deus veio ao encontro do homem para o salvar.
No final da segunda década do século XX, já se falava abundantemente duma aparição de Nossa Senhora a 3 Pastorinhos, num lugar chamado Cova da Iria, pertencente à Paróquia de Fátima, no, em plena Serra d´Aire. Totalmente desconhecido até ao tempo das Aparições, só mesmo a Providência Divina poderia ter elegido este local para Altar do Mundo.
Não deixa de ser curioso que a palavra Iria, na sua origem do grego, significa paz. Assim, em pleno cenário de guerra mundial, Nossa Senhora apareceu na Cova da Iria, a Cova da Paz, para revelar aos homens os desígnios de Deus para a Humanidade.
Embora a prática religiosa não estivesse nada facilitada neste tempo, é um facto que os nossos 3 Pastorinhos nasceram e cresceram em lares cristianíssimos, onde irradiava a piedade, a caridade e o amor a Deus. Com os seus pais aprenderam a rezar, a trabalhar e a amar.
Gente de trabalho e de profunda fé, pela força da palavra e do exemplo, foram um “verdadeiro lar modelo”, onde a infância dos nossos jovens videntes decorreu em perfeita e feliz sintonia, ao ritmo da cadência dos tempos e do local em que estavam inseridos.
Família cristã, Igreja doméstica, célula base da sociedade foi o seio eleito para dar ao mundo a conhecida e venerada Fátima, lugar de encontro de todas as raças, cores e nações. Na sua total abrangência é Deus que vem ao encontro do homem para o salvar.
No final deste Ano Santo que se iniciou no dia 8 de Dezembro de 2015, data do cinquentenário da conclusão do Concílio Ecuménico Vaticano II e termina a 20 de Novembro de 2016, dia da Solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo, não deixemos de nos embrenhar no apelo que o Papa Francisco nos dirige em “Misericordiae vultus”:
“Este é o momento favorável para mudar de vida! Este é o tempo de se deixar tocar o coração. Diante do mal cometido, mesmo crimes graves, é o momento de ouvir o pranto das pessoas inocentes espoliadas dos bens, da dignidade, dos afectos, da própria vida. Permanecer no caminho do mal é fonte apenas de ilusão e tristeza. A verdadeira vida é outra coisa. Deus não se cansa de estender a mão”.
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| Maria Susana Mexia |
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