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sexta-feira, 18 de março de 2016

Educar Familiarmente no Século XXI

‘A família é a base da sociedade’. Quem não ouviu já esta expressão ou até mesmo a proferiu a alguém?
 
É uma frase intemporal, por muito que o tempo passe sairá sempre incólume.

E porquê? Exactamente porque a família é uma ‘mini-sociedade’, um grupo social primário. É aí que a pessoa aprende, desenvolve e evolui enquanto pessoa única e irrepetível que é.

Muitas vezes também ouvimos dizer que há uma crise na família. Mas sinceramente, não acredito que seja verdade. O que há são condições novas, contextos sociais, culturais e políticos diferentes.

A instituição da família tal qual a conhecemos, essa perpetuar-se-á ao longo do tempo. Hoje em pleno século XXI, continua a haver pessoas que aceitam o desafio de ontem, hoje e de amanhã: casam-se e constituem família, estão abertos à fecundidade e à educação dos filhos.

E é aí, precisamente, no seio familiar que os filhos são aceites tal como são, lugar onde são transmitidos valores e tradições de geração em geração, onde se vive um amor incondicional, onde as relações entre pais e filhos são intensas e recíprocas. É pois, tarefa dos pais ensinar os filhos desde cedo, a encontrarem o verdadeiro caminho que os prepara para a vida. E a vida faz-se caminhando com uma certeza: vivemos para amar e amamos na mesma medida em que somos amados. Como diz S.S. o Papa Francisco – é na família que se aprende a diferença e a pertença aos outros.

Para além da conjuntura sócio-cultural da família, ela assenta num contexto antropológico. Quer dizer que radica do mais profundo do ser, de uma exigência estrutural do homem.

Todos precisamos ser valorizados e queridos por aquilo que somos e a família deve proporcionar acolhimento. Acolhimento que é protecção, apoio incondicional, carinho, compreensão, confiança e segurança.

Ser pais no século XXI exige esforço e ao mesmo tempo radicalidade nas acções; ir muitas vezes contra a corrente e avançar sem medo. Afinal o que se pretende é que os filhos sejam íntegros e autênticos, que desenvolvam os seus dons pessoais, que sejam equilibrados dentro de uma escala de valores, coerentes consigo próprios e comprometidos com a sociedade no mundo em que vivem.

E voltando ao início, creio que agora a expressão por onde começámos adquiriu uma outra força e compreensão. Sem dúvida é na família que se faz a primeira aprendizagem do que é viver em sociedade.







Conceição Gigante Godinho da Silva
Blogger: educarcomtalento.wordpress.com



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