O primeiro problema decorrente da adopção de crianças por pares
homossexuais deriva do facto de se ter começado a chamar «casamento» a tais
uniões.
Quando
a sociedade afirma que uma união homossexual pode ser um casamento está essencialmente
a evidenciar que perdeu os valores fundamentais, anda completamente à deriva e
já nem sabe o que mais quer para além de confundir e agitar.
Perdeu o significado profundo do corpo, que pode
expressar um amor de doação precisamente porque há um outro que é diferente e complementar; perdeu a consciência da
riqueza da diferenciação sexual; perdeu o nexo entre a união
conjugal e a procriação como se esta fosse um acidente da anterior que talvez
uma vez na vida possa suceder; perdeu o significado da entrega
do próprio «eu» no acto conjugal que é visto apenas como um desfrutar
mutuamente um com o outro; perdeu a consciência da
existência de uma união entre um homem e uma mulher que é para toda a vida e
tem a chancela divina. De facto, perdeu a consciência de
que há um plano de Deus para o amor humano entre um homem e uma mulher e de que
esse plano é essencial para as felicidades terrena e eterna.
O casamento é uma união indissolúvel de amor
entre um homem e uma mulher; todavia há países que, apesar de aplicarem a
certas uniões homossexuais o nome de «casamento», não reconhecem aos pares
homossexuais o «direito» de adoptar. Nesses casos, que motivos adicionais podem
ser apresentadas para se evitar um novo mal? Segue-se um elenco de razões
essenciais para ajudar a entender que tais adopções são sempre um mal e derivam
sobretudo do que até agora se pôde observar nos países em que já foram
legalizadas. As consequências negativas são, na verdade, riscos muito sérios
que reforçam a rejeição da adopção de crianças por pares homossexuais.
A criança fica familiarmente privada, de modo deliberado, do
enriquecedor contributo da diversidade masculina e feminina. Ela necessita de
um pai e de uma mãe, nomeadamente para se identificar com a pessoa do seu sexo
e para aprender acerca do respeito, do afecto e da complementaridade que a
pessoa do outro sexo pode proporcionar. Várias pessoas educadas com dois pais
ou com duas mães queixaram-se de que não aprenderam, na prática, como se lida
com pessoas do outro sexo. A criança que vive num lar habitado por homossexuais
não tem a experiência real, em casa, das diferenças entre o homem e a mulher.
Pelo contrário: aprende erroneamente que são irrelevantes tanto as diferenças
sexuais quanto a atracção por pessoas do outro sexo.
Claro
que esta lacuna também sucede, em parte, nas crianças que perderam o pai ou a
mãe. No entanto, nestes casos, elas aprendem desde muito cedo que falta «algo»
nas suas vidas: a experiência da paternidade ou da maternidade. Não lhes é dito
que a paternidade ou a maternidade são supérfluas. Em jeito de complemento
sugiro que se veja um testemunho em https://www.youtube.com/watch?v=CotB5fUzj38
*Baseado
in: Adopção de crianças por homossexuais: razões para o não de Pe. João Paulo
Pimentel
Maria d´Oliveira
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