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quinta-feira, 31 de março de 2016

Razões para o “NÃO”*

O primeiro problema decorrente da adopção de crianças por pares homossexuais deriva do facto de se ter começado a chamar «casamento» a tais uniões.

Quando a sociedade afirma que uma união homossexual pode ser um casamento está essencialmente a evidenciar que perdeu os valores fundamentais, anda completamente à deriva e já nem sabe o que mais quer para além de confundir e agitar.

Perdeu o significado profundo do corpo, que pode expressar um amor de doação precisamente porque há um outro que é diferente e complementar; perdeu a consciência da riqueza da diferenciação sexual; perdeu o nexo entre a união conjugal e a procriação como se esta fosse um acidente da anterior que talvez uma vez na vida possa suceder; perdeu o significado da entrega do próprio «eu» no acto conjugal que é visto apenas como um desfrutar mutuamente um com o outro; perdeu a consciência da existência de uma união entre um homem e uma mulher que é para toda a vida e tem a chancela divina. De facto, perdeu a consciência de que há um plano de Deus para o amor humano entre um homem e uma mulher e de que esse plano é essencial para as felicidades terrena e eterna.

O casamento é uma união indissolúvel de amor entre um homem e uma mulher; todavia há países que, apesar de aplicarem a certas uniões homossexuais o nome de «casamento», não reconhecem aos pares homossexuais o «direito» de adoptar. Nesses casos, que motivos adicionais podem ser apresentadas para se evitar um novo mal? Segue-se um elenco de razões essenciais para ajudar a entender que tais adopções são sempre um mal e derivam sobretudo do que até agora se pôde observar nos países em que já foram legalizadas. As consequências negativas são, na verdade, riscos muito sérios que reforçam a rejeição da adopção de crianças por pares homossexuais.

A criança fica familiarmente privada, de modo deliberado, do enriquecedor contributo da diversidade masculina e feminina. Ela necessita de um pai e de uma mãe, nomeadamente para se identificar com a pessoa do seu sexo e para aprender acerca do respeito, do afecto e da complementaridade que a pessoa do outro sexo pode proporcionar. Várias pessoas educadas com dois pais ou com duas mães queixaram-se de que não aprenderam, na prática, como se lida com pessoas do outro sexo. A criança que vive num lar habitado por homossexuais não tem a experiência real, em casa, das diferenças entre o homem e a mulher. Pelo contrário: aprende erroneamente que são irrelevantes tanto as diferenças sexuais quanto a atracção por pessoas do outro sexo.

Claro que esta lacuna também sucede, em parte, nas crianças que perderam o pai ou a mãe. No entanto, nestes casos, elas aprendem desde muito cedo que falta «algo» nas suas vidas: a experiência da paternidade ou da maternidade. Não lhes é dito que a paternidade ou a maternidade são supérfluas. Em jeito de complemento sugiro que se veja um testemunho em https://www.youtube.com/watch?v=CotB5fUzj38

*Baseado in: Adopção de crianças por homossexuais: razões para o não de Pe. João Paulo Pimentel

Maria d´Oliveira


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