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quarta-feira, 23 de março de 2016

Conferência de imprensa conjunta de Obama e Castro no Palácio da Revolução

Obama: “O destino de Cuba não vai ser decidido pelos Estados Unidos” e pede direitos humanos. Castro: as medidas de Washington são positivas, mas não suficiente’ e que devolvam Guantanamo

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Obama: "O destino de Cuba não vai ser decidido pelos Estados Unidos" e pede direitos humanos. Castro: as medidas de Washington são positivas, mas não suficiente’ e que devolvam Guantánamo
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o líder de Cuba, Raul Castro, deram nesta segunda-feira, 21 de Março uma conferência de imprensa conjunta por mais de duas horas no Palácio da Revolução.

Um evento histórico que ocorreu no segundo dia da viagem de Obama com sua família à ilha caribenha, sendo a terceira reunião entre os dois líderes desde que iniciou em Dezembro de 2014 o processo de normalização de relações diplomáticas congeladas em 1961. Este processo começou com um avisto por televisão de ambos os líderes, no qual agradeceram a mediação do Vaticano.

O segundo dia da visita oficial do presidente dos Estados Unidos a Cuba começou com uma oferta de coroa de flores no Memorial José Martí na Praça da Revolução, depois de ouvir os hinos dos dois países.

Barack Obama foi recebido no Palácio da Revolução pelo presidente de Cuba, Raúl Castro, e ali, numa conferência de imprensa de mais de duas horas, o presidente dos Estados Unidos garantiu a todos que “o destino de Cuba não será decidido pelos Estados Unidos ou nenhuma outra nação”.

Sobre o embargo, Obama disse que vai acabar dependendo de como Cuba responda às preocupações de Washington sobre o tema de direitos humanos. Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos reconheceu que o bloqueio não serviu nem aos interesses dos Estados Unidos, nem aos do povo cubano.

Enquanto isso, o presidente cubano, Raul Castro disse que nos 15 meses desde o anúncio do restabelecimento das relações houve resultados concretos. Também tem o prazer de receber o líder dos EUA, Barack Obama, depois de 88 anos de um presidente desse país viajar para Cuba, disse o jornal Granma.

O jornal do Partido Comunista também esclarece sobre a conferência de imprensa: “No que diz respeito às medidas tomadas pelo presidente Barack Obama durante seu mandato, disse Raul que são positivas, mas não suficientes, e que poderiam ser aplicadas outras para dar um contributo importante ao levantamento do bloqueio. O desmantelamento do bloqueio é essencial, pois ainda está em vigor e tem efeitos intimidação de alcance extraterritorial, acrescentou”.

A conferência de imprensa teve um momento de tensão quando um jornalista da CNN perguntou a Raul Castro sobre os opositores presos, ao que o líder respondeu: “Me dê a lista agora mesmo dos presos políticos para soltá-los, mencione-a agora”.

Não faltou uma resposta por internet da opositora Fundación Nacional Cubano Americana que proporcionou uma lista “de 47 casos verificados de prisioneiros políticos”.

Hoje, terça-feira, Obama se reúne com um grupo da oposição, que será realizado na sede da embaixada dos EUA.

Obama em sua página no Facebook, disse que veio à Havana “para dar uma mão amigável ao povo cubano”. E acrescentou: “Estou aqui para enterrar o último vestígio da Guerra Fria na América e para construir uma nova era de entendimento que ajude a melhorar a vida dos cubanos”. Noutra foto publicada na rede social indica: “Confio em que, trabalhando junto com o povo cubano, nossos dois países possam começar uma nova viagem juntos que gere progresso para nossos dois povos”.


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