Obama: “O destino de Cuba não vai ser decidido pelos Estados Unidos” e
pede direitos humanos. Castro: as medidas de Washington são positivas,
mas não suficiente’ e que devolvam Guantanamo
Obama: "O destino de Cuba não vai ser decidido pelos Estados Unidos" e pede direitos humanos. Castro: as medidas de Washington são positivas, mas não suficiente’ e que devolvam Guantánamo |
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o líder de Cuba,
Raul Castro, deram nesta segunda-feira, 21 de Março uma conferência de
imprensa conjunta por mais de duas horas no Palácio da Revolução.
Um evento histórico que ocorreu no segundo dia da viagem de Obama com
sua família à ilha caribenha, sendo a terceira reunião entre os dois
líderes desde que iniciou em Dezembro de 2014 o processo de normalização
de relações diplomáticas congeladas em 1961. Este processo começou com
um avisto por televisão de ambos os líderes, no qual agradeceram a
mediação do Vaticano.
O segundo dia da visita oficial do presidente dos Estados Unidos a
Cuba começou com uma oferta de coroa de flores no Memorial José Martí na
Praça da Revolução, depois de ouvir os hinos dos dois países.
Barack Obama foi recebido no Palácio da Revolução pelo presidente de
Cuba, Raúl Castro, e ali, numa conferência de imprensa de mais de duas
horas, o presidente dos Estados Unidos garantiu a todos que “o destino
de Cuba não será decidido pelos Estados Unidos ou nenhuma outra nação”.
Sobre o embargo, Obama disse que vai acabar dependendo de como Cuba
responda às preocupações de Washington sobre o tema de direitos humanos.
Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos reconheceu que o
bloqueio não serviu nem aos interesses dos Estados Unidos, nem aos do
povo cubano.
Enquanto isso, o presidente cubano, Raul Castro disse que nos 15
meses desde o anúncio do restabelecimento das relações houve resultados
concretos. Também tem o prazer de receber o líder dos EUA, Barack Obama,
depois de 88 anos de um presidente desse país viajar para Cuba, disse o
jornal Granma.
O jornal do Partido Comunista também esclarece sobre a conferência de
imprensa: “No que diz respeito às medidas tomadas pelo presidente Barack
Obama durante seu mandato, disse Raul que são positivas, mas não
suficientes, e que poderiam ser aplicadas outras para dar um contributo
importante ao levantamento do bloqueio. O desmantelamento do bloqueio é
essencial, pois ainda está em vigor e tem efeitos intimidação de alcance
extraterritorial, acrescentou”.
A conferência de imprensa teve um momento de tensão quando um jornalista
da CNN perguntou a Raul Castro sobre os opositores presos, ao que o
líder respondeu: “Me dê a lista agora mesmo dos presos políticos para
soltá-los, mencione-a agora”.
Não faltou uma resposta por internet da opositora Fundación Nacional
Cubano Americana que proporcionou uma lista “de 47 casos verificados de
prisioneiros políticos”.
Hoje, terça-feira, Obama se reúne com um grupo da oposição, que será realizado na sede da embaixada dos EUA.
Obama em sua página no Facebook, disse que veio à Havana “para dar
uma mão amigável ao povo cubano”. E acrescentou: “Estou aqui para
enterrar o último vestígio da Guerra Fria na América e para construir
uma nova era de entendimento que ajude a melhorar a vida dos cubanos”.
Noutra foto publicada na rede social indica: “Confio em que,
trabalhando junto com o povo cubano, nossos dois países possam começar
uma nova viagem juntos que gere progresso para nossos dois povos”.
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