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quinta-feira, 31 de março de 2016

Rossini em "estado puro": Alberto Zedda, o grande intérprete rossiniano, dirige "Petite Messe Solennelle" em Santiago do Cacém | Igreja matriz | 2 de Abril | 21h30

                                                          

Petite Messe Solennelle em Santiago do Cacém
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Alberto Zedda: o mais conceituado intérprete de Rossini actua, aos 88 anos, à frente de um elenco de excepção, no Festival Terras sem Sombra

O Terras sem Sombra tem na sua génese a descentralização cultural, a formação de novos públicos e a irradiação do Alentejo, assim, e depois de dois fins-de-semana de programação do Festival em Almodôvar e Sines, no dia 2 de Abril, cabe a Santiago do Cacém acolher, num espaço de excepção – a sua igreja matriz gótica –, Petite Messe Solennelle, de Gioachino Rossini, dirigida por Alberto Zedda, antigo director musical do Teatro alla Scala, de Milão, uma das grandes figuras da música internacional dos nossos dias. Uma iniciativa levada a cabo em parceria com o Município de Santiago do Cacém.
 

Alberto Zedda é um fenómeno da natureza e um exemplo de dedicação à ópera: aos 88 anos, continua em pleníssima actividade. Considerado o grande maestro de tudo o que diz respeito à produção rossiniana, vê-se aclamado em todos os palcos que pisa. Apresenta-se agora no Alentejo, na companhia de quatro notáveis solistas formados na Accademia Rossiniana de Pesaro, a cidade natal de Rossini, e do Coro de l Molino.

Alberto Zedda desenvolveu uma intensa actividade operística nas principais salas do mundo. Gravou um vasto conjunto de discos de música sinfónica, de câmara e ópera. Dedica parte do seu tempo à actividade musicológica, realizando edições críticas de óperas, oratórias e cantatas, com particular incidência em Rossini.

Da sua obra escrita, salienta-se o livro Divagazioni Rossiniane (2012). Membro do Comité Editorial da Fondazione Rossini desde os primórdios, foi director do repertório italiano na New York City Opera; director musical do Festival della Valle D’Itria, de Martina Franca; asessor artístico do Rossini Opera Festival, de Pesaro, e do Festival Mozart, da Corunha; director artístico do Festival Barocco, de Fano, do Teatro Carlo Felice, de Génova, e do Teatro alla Scala, de Milão.

Actualmente, é o director artístico do Rossini Opera Festival, de Pesaro; dirige também a Academia Rossiniana, com sede nesta cidade.

A Petite Messe Solennelle nasceu em 1863, poucos anos antes da morte de Rossini que chegado ao final de uma existência no decurso da qual tinha podido observar como as maiores satisfações andavam a par com a desilusão da interpretação errada e o drama da renúncia ao teatro, Rossini regressou então à temática religiosa.


Esta surpreendente obra, concebida para dois pianos, um harmónio, um coro de doze cantores e quatro solistas, vai ser interpretada em Santiago do Cacém pela soprano Isabella Gaudí, pela meio-soprano Cecilia Molinari, pelo tenor Sunnyboy Dladl e pelo barítono Pablo Ruiz, além do Coro de Cámara de El Molino e de Ruben Sánchez-Vieco e Josu Okiñena ao piano e ao harmónio.

A igreja matriz de Santiago Maior, uma obra-prima do Gótico quatrocentista, estreitamente vinculada ao Caminho de Santiago, será palco desta Missa que se prevê um espectáculo tocado pela magia e será o ponto de partida para o passeio de biodiversidade que se realiza no dia seguinte ao concerto.

Um dos traços que distinguem o Terras sem Sombra é a divulgação do património edificado, da música sacra e da natureza, logo, no domingo pela manhã, artistas, espectadores e membros da comunidade local, estarão ao serviço da defesa da biodiversidade, na acção 
De Santiago do Cacém a Santiago de Compostela - Conhecer, Salvaguardar e Valorizar o Caminho Português no Sudoeste.

Serão percorridos cerca de 5 km até às ruínas do convento franciscano de Nossa Senhora do Loreto, seguindo uma etapa da Rota Vicentina que acompanha o Caminho histórico de Santiago.

No presente troço, domina o sobreiro, uma árvore indispensável para a economia local, para a formação do solo, para a composição da paisagem, constituindo um elemento fundamental de todo um ecossistema com extraordinária biodiversidade. O montado de sobro suporta um conjunto de espécies únicas e com estatuto de protecção. Só em termos de avifauna, existem nele mais de 50 espécies nidificantes que poderão ser observadas ao longo do caminho.

De entrada livre, o Festival é organizado pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja e prolonga-se até  2 de Julho. De Santiago do Cacém segue para Ferreira do Alentejo, Odemira, Serpa, Castro Verde e Beja, sob o título Torna-Viagem: o Brasil, a África e a Europa (Da Idade Média ao Século XX). Um hino ao Baixo Alentejo: à beleza dos seus espaços naturais e ao prazer da descoberta cultural.

Programa Santiago do Cacém

2 de Abril [21:30]

Santiago do Cacém
Igreja Matriz de Santiago Maior

Petite Messe Solennelle,
de Gioachino Rossini 

Soprano Isabella Gaudí
Meio-soprano Cecilia Molinari
Tenor Sunnyboy Dladla
Barítono Pablo Ruiz
Coro de Cámara de El Molino
Direcção coral Eugenia Durán
Piano-harmónio Ruben Sánchez-Vieco, Josu Okiñena
Direcção musical Alberto Zedda

Entrada livre até se esgotar a capacidade da igreja

3 de Abril [10:00]

De Santiago do Cacém a Santiago de Compostela: Conhecer, Salvaguardar e Valorizar o Caminho Português no Sudoeste

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