«A Alegria do Amor» recolhe conclusões de duas assembleias sinodais
Cidade do Vaticano, 31 mar 2016 (Ecclesia) - A exortação apostólica do
Papa Francisco, com as conclusões do Sínodo da Família, vai ser
publicada a 8 de abril, anunciou hoje o Vaticano.
O documento tem como título ‘Amoris laetitia’, “A Alegria do Amor”.
A 18 de fevereiro, o Papa tinha adiantado aos jornalistas que o documento estava em fase de conclusão, defendendo um “trabalho de integração” dos divorciados que voltaram a casar.
“Integrar na Igreja não significa comungar, porque eu conheço católicos recasados que vão à igreja uma ou duas vezes por ano [e dizem]: «Eu quero comungar», como se fosse uma honorificência”, explicou aos jornalistas, durante o voo de regresso a Roma, após a visita de seis dias a Cuba e ao México.
Para Francisco, neste trabalho de integração “todas as portas estão abertas”, mas não é possível dizer que “de agora em diante” todos vão poder comungar.
“Isso seria ferir os cônjuges, o casal, porque não lhes permitiria fazer esse caminho de integração”, advertiu.
O Papa adiantou que o documento pós-sinodal vai retomar a reflexão sobre a “pastoral das famílias feridas”, bem como sobre a “preparação para o matrimónio”.
“Para um Sacramento que é para toda a vida, 3-4 conferências…”, lamentou.
Francisco acrescentou que outro capítulo “muito interessante” será dedicado ao tema da “educação dos filhos”, da falta de tempo dos pais.
“A palavra-chave que o Sínodo usou e que eu vou retomar é ‘integrar’ na vida da Igreja as famílias feridas, as famílias de recasados, mas não devemos esquecer-nos de pôr as crianças no centro. São as primeiras vítimas, seja das feridas, seja das condições de pobreza”, realçou.
Já em janeiro, durante as jornadas de atualização do clero da Província Eclesiástica do Sul, o presidente do Conselho Pontifício para a Família, D. Vicenzo Paglia, disse à Agência ECCLESIA que esta exortação vai mostrar uma Igreja Católica “em saída” e próxima das famílias em todos os momentos da vida.
“Estou convencido que a exortação será um hino ao amor, a um amor que quer zelar pelo bem das crianças, que sabe estar perto das famílias feridas para lhes levar força, que quer estar junto dos mais idosos, a um amor que toda a humanidade precisa”, salientou.
Os temas da família estiveram no centro de duas assembleias do Sínodo dos Bispos, em outubro de 2014 e 2015, por decisão do Papa Francisco, antecedidas por inquéritos enviados às dioceses católicas de todo o mundo.
Esta será a segunda exortação apostólica do atual pontificado, seguindo-se à ' 'Evangelii Gaudium', "A Alegria do Evangelho".
JCP/OC
O documento tem como título ‘Amoris laetitia’, “A Alegria do Amor”.
A 18 de fevereiro, o Papa tinha adiantado aos jornalistas que o documento estava em fase de conclusão, defendendo um “trabalho de integração” dos divorciados que voltaram a casar.
“Integrar na Igreja não significa comungar, porque eu conheço católicos recasados que vão à igreja uma ou duas vezes por ano [e dizem]: «Eu quero comungar», como se fosse uma honorificência”, explicou aos jornalistas, durante o voo de regresso a Roma, após a visita de seis dias a Cuba e ao México.
Para Francisco, neste trabalho de integração “todas as portas estão abertas”, mas não é possível dizer que “de agora em diante” todos vão poder comungar.
“Isso seria ferir os cônjuges, o casal, porque não lhes permitiria fazer esse caminho de integração”, advertiu.
O Papa adiantou que o documento pós-sinodal vai retomar a reflexão sobre a “pastoral das famílias feridas”, bem como sobre a “preparação para o matrimónio”.
“Para um Sacramento que é para toda a vida, 3-4 conferências…”, lamentou.
Francisco acrescentou que outro capítulo “muito interessante” será dedicado ao tema da “educação dos filhos”, da falta de tempo dos pais.
“A palavra-chave que o Sínodo usou e que eu vou retomar é ‘integrar’ na vida da Igreja as famílias feridas, as famílias de recasados, mas não devemos esquecer-nos de pôr as crianças no centro. São as primeiras vítimas, seja das feridas, seja das condições de pobreza”, realçou.
Já em janeiro, durante as jornadas de atualização do clero da Província Eclesiástica do Sul, o presidente do Conselho Pontifício para a Família, D. Vicenzo Paglia, disse à Agência ECCLESIA que esta exortação vai mostrar uma Igreja Católica “em saída” e próxima das famílias em todos os momentos da vida.
“Estou convencido que a exortação será um hino ao amor, a um amor que quer zelar pelo bem das crianças, que sabe estar perto das famílias feridas para lhes levar força, que quer estar junto dos mais idosos, a um amor que toda a humanidade precisa”, salientou.
Os temas da família estiveram no centro de duas assembleias do Sínodo dos Bispos, em outubro de 2014 e 2015, por decisão do Papa Francisco, antecedidas por inquéritos enviados às dioceses católicas de todo o mundo.
Esta será a segunda exortação apostólica do atual pontificado, seguindo-se à ' 'Evangelii Gaudium', "A Alegria do Evangelho".
JCP/OC
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