A notícia foi bem recebida pelos cristãos num país em que a conversão do
islão a qualquer outra religião é considerada apostasia e sempre foi
dificultada pelas autoridades
Sukau Sabah Malaysia Islam Cemetery - Wikimedia Commons |
A Malásia decidiu que não são “obrigatórias” as conversões ao islã
por parte de menores, sejam filhos de um ou de ambos os pais não
islâmicos. A sentença do Tribunal do Estado de Sarawack foi proferida na
semana passada acolhendo recurso de um cidadão nascido cristão, mas
registado pelos pais, aos 10 anos, como muçulmano. Os juízes
respeitaram assim o artigo 11 da Constituição da Malásia, sobre a
liberdade religiosa.
A notícia foi bem recebida pelos cristãos num país em que a conversão
a outra religião que não seja o islão é considerada apostasia e sempre
foi dificultada pelas autoridades.
A Associação das Igrejas de Serawak agradeceu ao tribunal pelo que
chamou de julgamento “justo e imparcial”. O semanário católico The
Herald, em editorial do director, pe. Lawrence Andrew, disse que as
notícias são “muito positivas”, embora não necessariamente devam trazer
mudanças no curto prazo.
A notícia obteve certo consenso inclusive entre os islâmicos.
Conforme a Rádio Vaticano, a organização feminina “Irmãs no Islão”,
fundada em 1988 para lutar contra a discriminação sexual presente em
alguns âmbitos da vida muçulmana, manifestou opinião positiva sobre a
decisão.
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