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quinta-feira, 31 de março de 2016

Malásia: sentença contra as conversões forçadas ao islão

A notícia foi bem recebida pelos cristãos num país em que a conversão do islão a qualquer outra religião é considerada apostasia e sempre foi dificultada pelas autoridades

  Igreja e Religião

Sukau Sabah Malaysia Islam Cemetery - Wikimedia Commons
A Malásia decidiu que não são “obrigatórias” as conversões ao islã por parte de menores, sejam filhos de um ou de ambos os pais não islâmicos. A sentença do Tribunal do Estado de Sarawack foi proferida na semana passada acolhendo recurso de um cidadão nascido cristão, mas registado pelos pais, aos 10 anos, como muçulmano. Os juízes respeitaram assim o artigo 11 da Constituição da Malásia, sobre a liberdade religiosa.

A notícia foi bem recebida pelos cristãos num país em que a conversão a outra religião que não seja o islão é considerada apostasia e sempre foi dificultada pelas autoridades.

A Associação das Igrejas de Serawak agradeceu ao tribunal pelo que chamou de julgamento “justo e imparcial”. O semanário católico The Herald, em editorial do director, pe. Lawrence Andrew, disse que as notícias são “muito positivas”, embora não necessariamente devam trazer mudanças no curto prazo.

A notícia obteve certo consenso inclusive entre os islâmicos. Conforme a Rádio Vaticano, a organização feminina “Irmãs no Islão”, fundada em 1988 para lutar contra a discriminação sexual presente em alguns âmbitos da vida muçulmana, manifestou opinião positiva sobre a decisão.


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