O Papa pediu orações pelas vítimas e familiares do atentado na Bélgica, realizado por pessoas cegas pelo fundamentalismo cruel
Papa na audiência geral do 23 de Março 2016 |
O Papa Francisco começou hoje o tradicional encontro semanal das
quartas-feiras com os fieis, entrando na Praça de São Pedro no papa-móvel, acenando para as milhares de pessoas reunidas lá. O veículo
que o levava deteve-se várias vezes e o Santo Padre abençoou as crianças
e bebés que o rodearam.
As medidas de segurança para entrar na praça eram altas como de
costume, aparentemente, não mais do que o normal, apesar dos atentados
em Bruxelas na terça-feira que atingiu o coração da Europa. No que
respeita ao programa da Semana Santa não haverá nenhuma mudança, de
acordo com o indicado ontem pela secretaria de imprensa do Vaticano.
A catequese desta quarta-feira fria e com muito vento, apesar de ser o
começo da primavera na Europa, começou com a leitura em vários idiomas
do evangelho de Lucas. Em seguida o Pontífice explicou que nos três dias
da Semana Santa devemos o Tríduo Pascal sentindo a misericórdia de
Deus.
Ao resumir a catequese em português disse:
“Durante o Tríduo Pascal, celebramos o mais importante mistério da
nossa fé, um mistério que nos fala de misericórdia, de um amor que não
conhece obstáculos. Fala-nos de como Jesus nos amou até o fim, de como
quis partilhar os sofrimentos de toda a humanidade, permanecendo
presente junto das vicissitudes pessoais de cada um de nós. Na
Quinta-feira Santa, ao celebrar a instituição da Eucaristia, reflectimos
sobre amor que se faz serviço; sobre a presença que sacia a fome dos
homens e que nos impele a fazer o mesmo com os outros. Na Sexta-feira,
com a Paixão de Cristo, deparamo-nos com o momento culminante do amor,
um amor que não exclui ninguém. Por fim, no Sábado, contemplamos, no
silêncio de Deus, o amor que se solidariza com todos os abandonados e
que se faz espera pela vida nova ressuscitada. Assim, o Tríduo Pascal é
um convite a fixar o olhar na paixão e morte do Senhor, para poder
acolher no coração a grandeza do seu amor, na espera da Ressurreição”.
Já no final da audiência o Papa disse que “com o coração cheio de
dor”, garante a sua oração e proximidade “ao querido povo belga”. Em
particular aos familiares das vítimas e todos os feridos, bem como todas
as pessoas de boa vontade às quais pede “perseverar na oração” e pedir
ao Senhor nesta semana santa, que “console todos os corações aflitos e
transforme os corações destas pessoas cegas pelo fundamentalismo cruel”.
E pediu para se rezar em silêncio por intercessão da Virgem: “Agora,
em silêncio rezemos pelos mortos, os feridos e por todos os familiares,
bem como por todo o povo belga”, atingido por este drama.
A audiência concluiu com a bênção dos objectos religiosos que os fieis levaram e com o canto do ‘Pater Noster’.
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