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domingo, 29 de junho de 2025

Pode uma pintura ser um grito pela paz?

A resposta foi dada ao longo do dia de sábado, em Fátima, onde os religiosos e religiosas foram desafiados a pintar cinco dipticos e, dessa forma, apelarem à paz e à reconciliação.

“A paz não se espera de uns poderosos que a façam, porque também não podem. A paz começa em cada um, começa nas nossas comunidades, constrói-se pela nossa irradiação. Também com gestos, com abordagens, com cuidados, com olhares, com olhares até às margens. A paz constrói-se. A paz exige passos, exige mãos e corações disponíveis. E exige um olhar para que não fique ninguém esquecido. Um olhar para não ficarmos indiferentes à ameaça, indiferentes ao sofrimento das vítimas”, regista a irmã Célia Cabecinhas, religiosa na congregação das Concepcionistas ao Serviço dos Pobres.

O dia foi de festa em Almada, mais concretamente no Santuário do Cristo Rei onde as dioceses de Setúbal e Santarém celebraram em conjunto 50 anos da sua constituição, que ocorreu no mesmo dia em 1975.

“A gratidão destes 50 que passaram está sublinhada, desejada e querida. E agora queremos que os próximos 50 anos sejam a concretização dos sonhos que Deus tem para estas duas dioceses. E com isso, colocamos no coração de Deus, para que sejamos sensíveis ao que o coração de Deus tem a dizer a cada um de nós”, afirmou hoje o cardeal bispo de Setúbal, durante a celebração do ‘Jubileu das Dioceses’, que decorreu no Santuário de Cristo Rei e no Seminário de Almada.

Durante a homilia, D. José Traquina referiu-se ao “local inspirador” que o monumento de Cristo-Rei representa, “dedicado ao Sagrado Coração de Jesus”, correspondendo a “uma espiritualidade onde se reconhece a bondade e misericórdia de Deus” e simultaneamente “um apelo a uma nova humanidade e um novo tempo inaugurado por Cristo”.

“É com o coração de Cristo e o Imaculado coração de Maria que as nossas Igrejas diocesanas podem e devem assumir a sua missão: vivendo e testemunhando, tornando presente o amor de Deus no mundo”, pediu.

O bispo de Bragança-Miranda pediu que a liturgia, que os cristãos celebram, integre “coerentemente” um testemunho “pessoal e comunitário, ao serviço dos pobres e marginalizados” e alertou contra a “superficialidade” e comportamentos contraditórios”. O apelo foi deixado nas primeiras Jornadas de Pastoral Litúrgica que aconteceram na região.

No Vaticano, o Papa Leão XIV recebeu quatro mil peregrinos da Igreja greco-católica ucraniana, a quem exprimiu a “proximidade à Ucrânia atormentada” e com quem quis “partilhar a dor pelas vítimas e prisioneiros de guerra”.

E ainda o apelo do Papa para se continuar o espírito do Concilio Vaticano II, num encontro com os participantes do Capítulo Geral da Congregação Vallombrosiana da Ordem de São Bento, ordem monástica católica.

Papa Leão XIV disse que o milénio, “com tantos medos” que parecem reconfigurar o mundo, pede silêncio para “aprofundar a Palavra e iluminar a cultura em mudança”.

“Não se trata de abandonar os desafios do nosso tempo, mas de os habitar com a profundidade de quem sabe fazer silêncio e escutar a Palavra de Deus, para a iluminar na cultura em mudança”, afirmou.

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Desejo-lhe um excelente domingo!

Lígia Silveira

 

 


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