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domingo, 24 de novembro de 2024

Puzzle

Quando tentamos fazer um puzzle analisamos a figura que temos de construir e vamos escolhendo as diferentes peças, sabendo que cada uma delas tem a sua função que não poderá ser desempenhada por nenhuma outra. Assim, é o mundo desde o momento da sua existência, cada um de nós tem um papel único na sua construção.

Quando se perde uma peça de um puzzle tentamos fazer uma nova o mais parecida possível, mas nunca será a mesma coisa. No dia 24 de novembro celebrámos o reinado de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre o Céu e a Terra, tão maravilhosamente descrito por S. Paulo na Carta aos Colossenses, reinado este conquistado com mansidão e humildade.

Deus nos seus planos não queria a morte para o Homem, mas este através do pecado negou o seu Criador, perdendo a pureza original. Assim, podemos pensar de um modo não muito teológico (Deus é ato e por isso em Deus não há um antes e depois) que Deus reorganizou as peças deste puzzle que é o mundo. A Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, pelo Seu infinito Amor, disponibilizou-se a encarnar, assumindo a condição humana, exceto o pecado, morrendo numa cruz.

A partir do dia 1 de Dezembro ficamos de sentinela à espera de festejar a vinda do Messias, período que designamos por advento, recordando os milhares de anos que o povo de Israel esperou pela vinda do Messias.

Contudo, era necessário que encarnasse no ventre de uma Mulher digna da Suas Pessoa. Só havia uma solução, antecipar os frutos da Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, e conceber uma Virgem sem mácula, livre de toda a imperfeição, o Sacrário de todos os sacrários que irão existir. É este acontecimento silencioso e único na História da Humanidade que iremos festejar no próximo dia 8 de Dezembro e que a Igreja recomenda que seja feita uma preparação nos nove dias antecedentes. Esta festa surge no meio do advento para mostrar a íntima relação entre estes dois acontecimentos.

No entanto, Nossa Senhora, quando foi a Anunciação teve toda a liberdade para dizer não a Deus Nosso Senhor, tal como a tiveram os nossos primeiros pais que foram concebidos sem mancha. O que sucederia se Nossa Senhora tivesse negado o pedido de Deus? Certamente que Este teria arranjado uma alternativa, mas não seria a mesma coisa. Graças a Deus que Nossa Senhora disse que Sim. A este sim, contrapõem-se os milhões de nãos que são ditos quando se fazem abortos, não permitindo que surjam as peças previstas do nosso puzzle. Por isso a gravidade do aborto é tão grande, porque se matam milhões de crianças indefesas e que jogavam um papel único nos desígnios de Deus!

As festas da Imaculada Conceição e do Natal são um hino de louvor à vida! 

Maria Guimarães


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