Uma revolução silenciosa dirigida ao Cristianismo, um disfarce sedutor do demónio
O Movimento denominado Nova Era (New Age) é uma mistura de várias correntes esotéricas diferentes, cujo objectivo é extinguir a chamada Era de Peixes e instaurar a Era de Aquários.
Será um movimento organizado direccionado contra a Religião de Nosso Senhor Jesus Cristo, e que, por vezes, até se apresenta como cristão, por isso não é de estranhar que esta nova mentalidade tenha invadido, infelizmente, alguns ambientes católicos. Sorrateiramente, estamos a ser violentados por uma influência perniciosa e silenciosa de um dos maiores inimigos da Civilização Cristã.
Nestes dois mil anos de cristianismo, nunca a sociedade esteve tão influenciada por ideias ocultistas, esotéricas, mágicas ou pseudomísticas, como nos dias de hoje. São inúmeras as suas raízes e, a seu tempo, abordarei algumas.
A Nova Era ou New Age não se apresenta como um movimento unificado, sob a direcção de um líder único, mas é uma constelação de pequenos movimentos que se foram disseminando de mansinho por todo o mundo, nomeadamente nos EUA e com grandes repercussões na Europa.
O espírito desta nova pseudo-religião universal foi explicado mais claramente e não só de forma atraente e sedutora, mas deveras contagiante, no musical “Hair” (1960) quando, ao público do mundo inteiro, se disse que "esta é a aurora da Era do Aquário", uma Era fundamentada sobre a harmonia, a compreensão e o amor. Em termos astrológicos, a Era dos Peixes foi identificada com o período em que o Cristianismo teria predominado, mas esta Era, ao que parece, deveria terminar depressa, para dar lugar à Era do Aquário, quando o cristianismo perdesse a sua influência.
Segundo este movimento, uma boa parte da moral tradicional deixaria de ter lugar na nova Era do Aquário. O modo de pensar das pessoas seria transformado completamente e já não existiriam as antigas divisões entre homens e mulheres. Os seres humanos deveriam ser sistematicamente chamados a assumir uma forma de vida andrógina, em que ambos os hemisférios do cérebro são oportunamente utilizados de forma harmónica, e não divididos.
De salientar que, para os adeptos da Nova Era, não é a Deus que devemos conhecer e amar, mas a nós mesmos, defendendo que Deus não é superior aos homens e digno de ser amado sobre todas as coisas, mas é igual a eles. Assim é exaltada a criatura e destronado o Criador.
S. João Paulo II preveniu os fiéis sobre a Nova Era e a sua perniciosa influência entre os católicos da seguinte forma: “As ideias do movimento New Age conseguem, às vezes, insinuar-se na pregação, na catequese, nas obras e nos retiros, e deste modo influenciam até mesmo católicos praticantes, que talvez não tenham a consciência da incompatibilidade entre aquelas ideias e a fé da Igreja. Na sua visão sincretista e imanente, esses movimentos […] tendem a relativizar a doutrina religiosa. […] Além disso, apresentam com frequência um conceito panteísta de Deus, o que é incompatível com a Sagrada Escritura e com a Tradição cristã”.
Como conclusão, gostaria de dizer que a Nova Era (New Age) se apresenta como uma falsa utopia para responder à profunda sede de felicidade do coração humano, à mercê da dramaticidade da existência e insatisfeita com o desencanto e a imperfeição da felicidade moderna.
No rescaldo de duas grandes guerras e a recuperar de duas grandes ditaduras - o nazismo e o comunismo – a Europa, a quem lhe tinham tirado ou negado o culto religioso de amor e adoração ao seu Deus, foi ignorantemente permeável a esta simbiose de influências perniciosas e maléficas, altamente sedutoras e falaciosas.
Manuel Maria de Vasconcelos
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