No encontro com migrantes na basílica de São Bartolomeu, na visita aos mártires dos séculos XX e XXI.
(ZENIT – Roma, 22 Abr. 2017).- Ao cumprimentar os fiéis que o
aguardavam do lado de fora da Basílica de São Bartolomeu, o Papa voltou a
falar do desafio migratório:
“Pensemos na crueldade que se abate sobre tantas pessoas, em tantas
pessoas que chegam em embarcações e são acolhidos por países generosos,
como Itália e Grécia, mas depois os tratados não deixam… Se na Itália
dois migrantes fossem acolhidos por município, teria lugar para todos.
Que a generosidade de Lampedusa, Sicília, Lesbos, possam contagiar a
todos. Somos uma civilização que não faz filhos e mesmo assim fechamos
as portas aos migrantes: isso se chama suicídio.”
Foi durante a visita que o Papa Francisco na basílica de S.
Bartolomeu na ilha Tiberina, da Comunidade de Santo Egídio em Roma, onde
prestou homenagem aos mártires dos séculos XX e XXI.
Depois de sua homilia, o Papa visitou as seis capelas laterais da
Basílica que mantêm as relíquias dos mártires da Europa, África,
América, Ásia. Velas foram acesas para acompanhar cada oração que foi
pronunciada em memória das testemunhas da fé do século XX até os nossos
dias: foram lembrados os arménios, os cristãos massacrados durante a I
Guerra Mundial, mártires da paz e do diálogo como os monges trapistas na
Argélia, Pe. Andrea Santoro na Turquia, vítimas da máfia, como Pe. Pino
Puglisi. Uma lembrança que uniu nomes mais conhecidos, como o de Dom
Oscar Arnulfo Romero, ao de muitos missionários que, no mundo, deram sua
vida pelo Evangelho.
Ao final da celebração, Francisco encontrou numa sala adjacente à
Basílica um grupo de refugiados que chegou à Itália graças aos
corredores humanitários, além de mulheres vítimas do tráfico humano e
menores desacompanhados.
in
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