Ler faz bem! Existem tantas razões a favor da leitura, são tantos os seus benefícios – favorece a capacidade de comunicação e de reflexão, estimula a imaginação, aumenta o conhecimento, enriquece o vocabulário – que raramente nos interrogamos sobre os “malefícios” da leitura. Ler é sempre bom? É verdade que o “acto” de ler, em si mesmo, traz inúmeros benefícios, mas de pouco nos servem se aquilo que lemos não foi filtrado com critério. Há livros bons e muito bons, livros “assim, assim” e livros maus ou péssimos.
Livros que ajudam a compreender a história e o mundo e livros que falseiam a realidade. Há leituras que alargam o espírito, educam e ao mesmo tempo deleitam e há outras aborrecidas, angustiantes, neuróticas, violentas, traumatizantes.
Antes de pegar num livro para ler é importante ter informação sobre ele sem se deixar ficar pela curiosidade do último título publicado ou mais vendido, isso não é, certamente, garantia de qualidade. «Há livros dos quais as lombadas e a capa são, com pouca diferença, o melhor», ironizava Charles Dickens. Diante da avalanche de livros que se editam todos os anos é indispensável saber escolher aquilo que é essencial e, sobretudo, não esqueçamos que os livros são como as amizades: escolhem-se. Pedir conselho sobre o que merece ser lido é um bom hábito para toda a vida. E assim poderemos desfrutar plenamente da enorme riqueza de um bom livro!
Em todo o caso, quando necessário, não hesitemos em usar um dos direitos mais úteis do leitor: o direito de não ler um livro até ao fim.
A autora escreve segundo a antiga ortografia.
Rosa Ventura |
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