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quinta-feira, 21 de julho de 2016

XXXI Jornada Mundial da Juventude

«Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia»
 
“(…) a esperança de um mundo melhor está numa juventude sadia, com valores, responsável e, acima de tudo, voltada para Deus e para o próximo”. S. João Paulo II

A Jornada Mundial da Juventude também ou JMJ é um evento religioso instituído pelo Papa João Paulo II em 20 de Dezembro de 1985, que reúne milhões de católicos de todos os continentes, sobretudo jovens. Apesar de ser organizada pela Igreja Católica, a JMJ é um convite a todos os jovens do mundo que queiram participar, não obstante a sua crença ou, eventual, ausência dela.

Para cada Jornada, o Papa sugere um tema, retirado de um versículo bíblico, e baseado nele é feito um hino e um logotipo. Ao longo da JMJ, realizam-se vários eventos como catequeses, adorações, missas, momentos de oração, palestras e partilhas de amizade com esperança na construção de pontes entre continentes, povos e culturas. Com duração de cerca de uma semana, este ano a cidade escolhida pelo Papa Francisco foi Cracóvia, a cidade de São João Paulo II e de Santa Faustina Kowalska, na Polónia.

“Queridos jovens, Jesus Misericordioso, representado na imagem venerada pelo povo de Deus no Santuário de Cracóvia a Ele dedicado, espera-vos. Fia-Se de vós e conta convosco. Tem muitas coisas importantes a dizer a cada um e a cada um. Não tenhais medo de fixar os seus olhos cheios de amor infinito por vós e deixai-vos alcançar pelo seu olhar misericordioso, pronto a perdoar todos os vossos pecados, um olhar capaz de mudar a vossa vida e curar as feridas da vossa alma, um olhar que sacia a sede profunda que habita nos vossos corações jovens: sede de amor, de paz, de alegria e de verdadeira felicidade. Vinde a Ele e não tenhais medo! Vinde dizer-Lhe do mais fundo dos vossos corações: «Jesus, confio em Vós!» Deixai-vos tocar pela sua misericórdia sem limites, a fim de, por vossa vez, vos tornardes apóstolos da misericórdia, através das obras, das palavras e da oração, neste nosso mundo ferido pelo egoísmo, o ódio e tanto desespero. (…)

Encontro muitos jovens que se dizem cansados deste mundo tão dividido, no qual se digladiam partidários de diferentes facções, existem muitas guerras e há até quem use a própria religião como justificação da violência. Temos de suplicar ao Senhor que nos dê a graça de ser misericordiosos com quem nos faz mal; como Jesus que, na cruz, assim rezava por aqueles que O crucificaram: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem». O único caminho para vencer o mal é a misericórdia. A justiça é necessária, e muito! Mas, sozinha, não basta. Justiça e misericórdia devem caminhar juntas. Quanto desejaria que nos uníssemos todos numa oração coral, saída do mais fundo dos nossos corações, implorando que o Senhor tenha misericórdia de nós e do mundo inteiro! (…)

Assim, a mensagem da Misericórdia Divina constitui um programa de vida muito concreto e exigente, porque implica obras. E uma das obras de misericórdia mais evidentes, embora talvez das mais difíceis de praticar, é perdoar a quem nos ofendeu, a quem nos fez mal, àqueles que consideramos como inimigos. «Tantas vezes, como parece difícil perdoar! E, no entanto, o perdão é o instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para alcançar a serenidade do coração. Deixar de lado o ressentimento, a raiva, a violência e a vingança são condições necessárias para se viver feliz». (in: Mensagem do Papa Francisco)

«É preciso acender esta centelha da graça de Deus. É necessário transmitir ao mundo este fogo da misericórdia. Na misericórdia de Deus o mundo encontrará a paz, e o homem a felicidade!» (Homilia na Dedicação do Santuário da Misericórdia Divina em Cracóvia, 17 de Agosto de 2002).

Neste mundo tão perturbadoramente agitado, não percamos a esperança de que a paz, a tranquilidade e a harmonia ainda são possíveis e tenhamos bem presente que perto de Cracóvia se encontra Auschwitz, palco de terrores impensáveis, estrategicamente perpetuados e maquiavelicamente programados.

Maria Susana Mexia






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