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quinta-feira, 28 de julho de 2016

Papa Francisco já chegou à Polónia. “Quando eu falo de “guerra”, falo de guerra seriamente, não de “guerra de religiões”

Foi recebido pelo presidente polaco, Andrzej Duda


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© Mazur/catholicnews.org.uk

O Papa chegou à Polónia por volta das 16 horas e foi recebido pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, acompanhado pela esposa, e o Cardeal Stanislaw Dziwisz, Arcebispo de Cracóvia e duas crianças.

Antes de partir do Vaticano, na manhã desta quarta-feira, Francisco foi à Basílica de São Pedro, onde se deteve em oração diante do túmulo de São João Paulo II.

Como de costume, às vésperas de uma Viagem Apostólica, Francisco esteve, na noite desta terça-feira, 26, na Basílica de Santa Maria Maior, para rezar diante da imagem de Nossa Senhora “Salus Popoli Romani”, a fim de pedir protecção para mais esta sua viagem.

Palavras do Papa no voo
No voo, como de costume, o Papa dialogou com os jornalistas de 15 países.

O Padre Lombardi perguntou ao Santo Padre sobre como vive estes últimos acontecimentos no mundo e como vê o encontro com os jovens neste contexto actual.

“Uma palavra que – sobre isto dizia Padre Lombardi –  se repete tanto é “insegurança”. Mas a verdadeira palavra é “guerra”. Há tempos dizemos que “o mundo está em guerra em partes”. Esta é a guerra. Houve aquela de 1914 com os seus métodos; depois a de 39 a 45; uma outra grande guerra no mundo, e agora existe esta. Não é tão orgânica, talvez; organizada, sim, mas orgânica, digo; mas é guerra. Este santo sacerdote que morreu precisamente no momento em que fazia a oração por toda a Igreja, é “um”; mas quantos cristãos, quantos inocentes, quantas crianças… Pensemos na Nigéria, por exemplo: “Mas, lá é a África!”. Esta é a guerra! Não tenhamos medo de dizer esta verdade: o mundo está em guerra, porque perdeu a paz”.

“A juventude sempre nos fala de “esperança”. Esperemos que os jovens nos digam algo que nos dê um pouco mais de esperança, neste momento. Pelo fato de ontem, também eu gostaria de agradecer a todos aqueles que expressaram seu pesar, de modo especial o Presidente da França que quis telefonar para mim, como um irmão. Agradeço a ele”.

“Uma só palavra gostaria de dizer para esclarecer. Quando eu falo de “guerra”, falo de guerra seriamente, não de “guerra de religiões”: não. Existe guerra de interesses, existe guerra pelo dinheiro, existe guerra pelos recursos da natureza, existe guerra pelo domínio dos povos: esta é a guerra. Alguém pode pensar: “Está falando de guerra de religiões”: não! Todas as religiões, queremos a paz. A guerra, a querem os outros. Entendido?”.



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