O papa respondeu três perguntas dos jovens
A última actividade do Papa na noite de ontem foi a festa
dos jovens italianos reunidos na esplanada diante do Santuário da
Misericórdia.
Recebido com um forte aplauso o Papa Francisco apareceu através de
vídeo ao vivo durante a ‘Festa dos Italianos’, organizada, como é
tradição, pelos bispos deste país durante cada JMJ.
Através das câmaras de TV 2000 o Papa saudou pessoalmente ao concluir
a jornada da quarta-feira, os mais de 90 mil jovens que vieram a
Cracóvia desde toda a Itália e que se reuniram na explanada da Divina
Misericórdia. Respondeu a três deles.
A primeira era sobre o acidente ferroviário ocorrido no sul da Itália
em 12 de Julho, que matou 23 pessoas. Uma jovem que com frequência usa
aquela linha de trem perguntou ao Papa como abater o medo e retomar a
vida com alegria. Francisco respondeu que na vida carregamos muitas
cicatrizes, mas a sabedoria está em saber prosseguir, ir avante, com as
fatos bons e ruins que nos acontecem. “No final, o jogo é este: ou você
vence ou a vida vence você! Vença você a vida, com coragem, inclusive na
dor”.
A segunda pergunta foi feita por uma jovem de 15 anos que chegou à
Itália com nove, e desde então sofre com bullying dos colegas, que a
levou inclusive a uma tentativa de suicídio. “Como é possível perdoar
quem me fez mal?”: foi o questionamento que a moça dirigiu ao Pontífice.
Francisco respondeu que na raiz do mal está a crueldade humana –
atitude que está na base de todas as guerras. “Isso é terrorismo, é algo
que devemos vencer. (…) É possível perdoar totalmente? É uma graça que
devemos pedir ao Senhor. Sozinhos não conseguimos. Devemos pedir a graça
da mansidão, que abre o caminho ao perdão.”
O terceiro jovem perguntou ao Papa como difundir a paz num mundo
repleto de ódio, em referência ao ataque registado em Munique, na
Alemanha. Para Francisco, o segredo está em construir pontes. “Na vida é
preciso escolher: ou faço pontes ou faço muros. Gosto de pensar que nós
temos, em nossas possibilidades de todos os dias, a capacidade de fazer
uma ponte humana. Não deixar-se derrubar”, concluiu o Papa.
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