Dar aulas não é o mesmo que expor uma matéria de um modo mais ou menos ordenado. Se fosse somente isso, era suficiente a leitura de bons livros.
Dar aulas é procurar activamente a aprendizagem dos alunos.
Para consegui-lo, um bom professor tem de estar disposto a esforçar-se a sério. Cuidar pormenores, ter o desejo constante de melhorar, encarar as aulas como aquilo que verdadeiramente são: uma obra de arte!
Por isso, nem sempre aquele que sabe muito é um bom professor.
Quem não sabe nada, nunca o poderá ser — por muito que divirta os alunos! No entanto, saber muito não basta para ser um docente eficaz.
Um bom professor deve estar motivado pela matéria e ser motor da motivação dos seus alunos. Tem de gostar dos alunos e gostar de dar aulas. Amar a sua nobre profissão e fomentar o desejo constante de ajudar os estudantes com os conhecimentos que transmite.
Ao preparar as aulas, a aprendizagem dos alunos é o seu objectivo número um. Não é o salário no fim do mês — a que tem justo direito se pôs esforço em ser um bom profissional.
Um bom professor não deseja descarregar matéria sobre as cabeças dos educandos e regressar a casa todo contente. O seu anseio é acender uma luz nas suas inteligências. Estimular a arte de pensar com as suas próprias cabeças.
Para alcançar este fim, um bom professor é consciente de que uma aula possui, como qualquer actuação em público, muitos elementos teatrais a que ele deve dar importância: lançamento da voz, presença motivadora, simpatia autêntica, clareza na exposição, amenidade oportuna.
E não se esquece de controlar um factor absolutamente fundamental: o tempo. Sabe que é muito melhor acabar a aula com os alunos encantados do que arrasados.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
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