Apesar de não estar previsto hoje escrever sobre isto – má publicidade, decidi fazê-lo. É uma coisa que me aborrece e que me deixa de cabelos em pé – as marcas que instrumentalizam a mulher para fins publicitários. Não tenho nenhuma formação em marketing, mas sou uma consumidora atenta e sensível às imagens publicitárias e já deixei de comprar uma marca por causa de uma má campanha. Do meu ponto de vista toda a comunicação deve respeitar o ser humano, aquele que fala e também aquele que ouve ou vê. Se por algum momento é intrusiva e cria constrangimentos num destes dois, algo está errado.
Hoje no primeiro semáforo de Lisboa fui surpreendida por uma campanha da gasolineira PRIO, super animada e colorida. Mas quando demorei o olhar nas raparigas que empunhavam os cartazes, fique fula! Duas miúdas, giríssimas com ótimo aspeto, vestidas com uns micro calções brancos, que para além de serem transparentes, era tão curtos que deixavam ver o rabo. Ainda não tinha recuperado e virei a cara. Ao meu lado estava um táxi. O condutor babava-se e gesticulava pedindo a atenção das miúdas para tirar uma fotografia. Fiquei sem palavras! Aquelas miúdas seriam maiores? Terão a menor consciência de que são a ser usadas como se de uma coisa se tratassem. Que valem muito mais do que um belo par de pernas e uma carinha bonita?
É natural que apareçam mais mulheres nos spots publicitários do que homens, mas não acho natural que apareça na maioria das vezes como um objeto sexual, que desperta nos homens o desejo. Acho pobre! Muito gostaria de ver na nova geração de marketeers aparecer uma tendência publicitária Women Friendly. Desculpem o desabafo.
Isabel Alexandre
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