E a barbárie continua. O atentado terrorista em França, na passada terça-feira, na Igreja de Saint-Etienne-du-Rouvrav, diocese de Rouen, veio mostrar uma vez mais o horror, a violência e o ódio a que se chegou em tantos lugares do mundo.
O assassinato bárbaro do padre Jacques Hamel, em pleno espaço sagrado para os Cristãos, empresta um significado particular a este acto hediondo, pois atinge simbolicamente todos os crentes em todos os lugares onde quer que se encontrem.
A Caritas Portuguesa, nesta hora de luto e de consternação, quer manifestar a sua solidariedade para com a família do sacerdote, os seus paroquianos, a Conferência Episcopal e a Caritas francesas, expressando também a confiança de que todos saberão distinguir um acto puramente odioso de toda a retórica religiosa com que o querem embrulhar.
Este assassinato veio recordar também a violência terrível que tem sido exercida contra as comunidades cristãs em tantas partes do mundo, mas particularmente nos países onde o ódio jihadista tem feito exercer o seu domínio.
Também estes cristãos devem ser recordados nesta hora de dor em que choramos a morte do padre Jacques Hamel e nos curvamos perante a sua vida de entrega total aos outros, procurando fazer o bem e levando a todos os que o conheceram a urgência de uma vida de paz e de amor.
A melhor forma de homenagearmos o padre Jacques Hamel, que levou até ao sacrifício da própria vida a fidelidade a Jesus Cristo, é não nos deixarmos enredar por sentimentos de ódio nem de vingança.
O amor vale sempre mais do que o ódio, o perdão mais do que a ofensa e a luz é sempre mais valiosa do que as trevas. As balas, as facas, as bombas e o terror serão sempre inúteis contra o amor verdadeiro. O padre Jacques, assassinado em plena Igreja, quando celebrava a Eucaristia, cumpriu plenamente a oração de São Francisco de Assis… “É dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a vida eterna.”
Eugénio Fonseca
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