
Leão XIV faz oração pela paz
7M/Agência Ecclesia | 07/09/2025
O Papa apelou este domingo ao diálogo e à negociação, dirigindo-se aos governantes de países em guerra, com alertas para a “espiral do ódio” que se vive em várias regiões.
“Confiamos a nossa incessante oração pela paz, especialmente na Terra Santa e na Ucrânia, e em todas as outras terras ensanguentadas pela guerra”, disse, no final da missa a que presidiu na Praça de São Pedro, com a primeira cerimónia de canonização do pontificado.
“Aos governantes, repito: ouçam a voz da consciência. As aparentes vitórias obtidas com as armas, semeando morte e destruição, são na realidade derrotas e nunca trazem paz e segurança”, acrescentou. “Deus não quer a guerra, Deus quer a paz e Deus apoia aqueles que se empenham em sair da espiral do ódio e percorrer o caminho do diálogo.”
Dezenas de milhares de pessoas participaram na missa em que o Papa canonizou os jovens italianos Pedro Jorge Frassati (1901-1925) e Carlos Acutis (1991-2006), apresentados como exemplo de dedicação a Deus e aos pobres.
Peregrinação jubilar dos grupos LGBT

Peregrinação jubilar de católicos LGBT em Roma. Foto © Gonzalo Vilchis, cedida pelo autor
Neste domingo terminou a peregrinação jubilar dos grupos LGBT. Em declarações ao 7MARGENS, em jeito de balanço, Ruby Almeida, ativista da GNRC – Global Network of Rainbow Catholics (Rede Global de Católicos Arco-íris) notou o contraste entre esta “peregrinação jubilar” e a de há 25 anos, “na qual a nossa comunidade, para dizer o mínimo, não era bem-vinda”. Agora, “25 anos depois, o belo efeito Francisco mudou os corações e as mentes de muitas pessoas em relação à nossa integridade e dignidade como irmãos e irmãs de Cristo”.
“Como GNRC, [estivemos] em Roma para representar os nossos muitos colegas e amigos em todo o mundo que não podem estar aqui por razões políticas, financeiras ou de segurança. Caminhamos por eles, rezamos por eles e procuramos renovar a nossa missão de sermos um na nossa fé, no corpo de Cristo”, sublinhou Ruby Almeida.
Esta participante da rede de católicos LGBT disse ter “grandes e positivos passos que foram dados na construção de boas relações com o clero na Inglaterra e na Índia, a terra onde nasci”. Mas, avisou, está “muito consciente dos irmãos e irmãs que sofrem perseguições e criminalização não só pelos seus governos, mas também pela Igreja. Há muito que precisamos fazer para trazer o reino de Deus para todos, ou como disse o Papa Francisco: «Todos, todos, todos»”.
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