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quarta-feira, 19 de março de 2025

Feliz dia do Pai (e mais outras notícias)

Começo este Dia do Pai recordando a mensagem da Comissão Episcopal Laicado e Família, que evoca os pais “caídos nas guerras”.

«Não podemos deixar de entregar nas mãos de Deus tantos pais caídos nas guerras deste mundo e tantas famílias que não têm nem espaço nem tempo nem modo de celebrar tão belo dia», refere o documento intitulado ‘É um dia belo o dia-do-pai com vistas para Deus’.

O Dia do Pai celebra-se nesta data da solenidade litúrgica de São José, no calendário católico e a mensagem convida a redescobrir “o mistério da presença de Deus, origem e fonte de toda a paternidade”.

No portal de informação da Agência ECCLESIA destacamos o estudo da Cáritas Portuguesa, que alerta para uma prevalência “estruturalmente elevada” de situações “extremas” de exclusão social, no país.

“Em 2024, de acordo com as estatísticas do INE, cerca de 500 mil pessoas viviam em privação material e social severa, 266 mil não tinham capacidade financeira para terem uma alimentação adequada, 649 mil não tinham capacidade para comprar roupa nova, mais de 1 milhão não tinham meios para gastar uma pequena quantia consigo e mais de 1,6 milhões não conseguia manter a casa devidamente aquecida”, refere o documento.

A secretária-geral da Cáritas Europa alertou para o impacto “tremendo” dos cortes na ajuda humanitária internacional e do investimento em armamentos, que alimentam os conflitos.

“As pessoas que se encontram em zonas de conflito e de emergência são as que estão a passar os momentos mais difíceis e são as mais atingidas”, disse Maria Nyman, em declarações à Agência ECCLESIA, em Lisboa. Questionada sobre o fim do apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) a vários projetos, Maria Nyman admite que a decisão da administração Trump “está a ter um impacto tremendo” nas organizações da Cáritas, mas “acima de tudo, nas pessoas que vivem em situação de pobreza, marginalização e exclusão”.

“Para as organizações da Cáritas, isto significa cortes em programas para muitas pessoas, pode significar cortes no pessoal, mas o que estamos a tentar fazer é realmente garantir que estamos a trabalhar para obter isenções ao congelamento”, explica.

Guilherme d’Oliveira Martins, presidente do Conselho Fiscal da Cáritas Portuguesa, lamentou o “tempo perigoso” que o mundo atravessa, impactado pelas “consequências de tremendos cortes internacionais” no apoio ao desenvolvimento e convidou a recusar o “discurso fácil do medo”.

“É preciso que nós, Cáritas, nós, cristãos, compreendamos exatamente que esse discurso que por aí anda, que é um discurso do medo dos outros, o medo da diferença, o medo da integração, o medo da diversidade, há medo relativamente a essas situações… E temos de recusar esse discurso fácil, que é o discurso de dizer cada um por si, cada um por si. Não”, afirmou durante a conferência «Retrato da pobreza em Portugal e na Europa: da Realidade à Esperança», organizada durante a Semana Nacional da Cáritas.

O Papa insistiu na necessidade do desarmamento, afirmando que a guerra é “absurda”, numa carta ao diretor do jornal italiano ‘Corriere della Sera’. A carta evoca o texto do ângelus de 2 de março e sublinha que, “enquanto a guerra apenas devasta as comunidades e o ambiente, sem oferecer soluções para os conflitos, a diplomacia e as organizações internacionais precisam de sangue novo e de credibilidade”.

"A fragilidade humana tem o poder de nos tornar mais lúcidos em relação ao que dura e ao que passa, ao que nos faz viver e ao que mata. Talvez seja por isso que tantas vezes tendemos a negar os limites e a evitar as pessoas frágeis e feridas: elas têm o poder de questionar a direção que escolhemos, como indivíduos e como comunidade”.

Destaque ainda para a condenação da confederação internacional da Cáritas ao recomeço dos ataques aéreos de Israel, em Gaza, e ao apelo a um “cessar-fogo imediato” para evitar mais mortes de civis.

“A Cáritas condena veementemente o recomeço dos ataques aéreos em Gaza, que resultaram na morte de mais de 400 pessoas e feriram centenas de outras. Esta é a maior escalada de violência desde o cessar-fogo de janeiro e, mais uma vez, mergulhou os civis no medo, no sofrimento e na deslocação”.

Mas há mais para ver, ler e ouvir em agencia.ecclesia.pt

Encontramo-nos lá!

Tenha um excelente dia!

Lígia Silveira

 


www.agencia.ecclesia.pt

      



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