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domingo, 21 de janeiro de 2024

Sonhar com que Portugal?

«São as zonas marginais que podem tornar-se laboratórios de inovação social, partindo de uma perspetiva que nos permite ver os dinamismos da sociedade de uma forma diferente, descobrindo oportunidades onde outros só veem constrangimentos, ou recursos naquilo que outros consideram desperdício»

A citação é parte das palavras que o Papa Francisco endereçou aos membros da Associação para a Subsidiariedade e Modernização das Autarquias Locais, e decido destacá-lo porque importa colocar este parágrafo nos projetos que vão a votos no dia 10 de março.

E há mais:

«As práticas sociais inovadoras, que redescobrem formas de mutualidade e reciprocidade e reconfiguram a relação com o meio ambiente na chave do cuidado – desde novas formas de agricultura a experiências de bem-estar comunitário – pedem para ser reconhecidas e apoiadas, de modo a alimentar um paradigma alternativo em benefício de todos»

«Olhando para estes territórios, temos a confirmação do facto de que escutar o grito da terra significa escutar o grito dos pobres e dos descartados, e vice-versa: na fragilidade das pessoas e do ambiente reconhecemos que tudo está ligado – tudo está ligado! -, que a procura de soluções exige a leitura conjunta de fenómenos muitas vezes considerados separados. Tudo está ligado»

Num tempo em que a crispação, os ataques e a confusão ajuda a reinar para distrair, vale a pena perguntar com que Portugal se sonha, como se pode contribuir para o esclarecimento, como se pode construir, primeiro pessoalmente, e depois de forma comunitária, este tempo até 10 de março?

O Pontosj quer entrar nessa reflexão e construção: o «Ponto de Cruz» é uma nova rubrica que pretende ajudar a pensar e a sonhar um Portugal justo, orientado para o bem comum e que possa proporcionar a todos uma vida digna, livre e feliz.

“Acreditamos que este é um momento sério e importante em que todos nos devemos mobilizar e envolver”, pode ler-se na apresentação daquilo que serão contributos para refletir a partir da Doutrina Social da Igreja (DSI).

Nestes dias marcados pela semana de oração pela unidade dos cristãos, escutam-se apelos dos responsáveis para uma “união” em torno de “causas fundamentais” na vida das pessoas.

“Felizmente temos manifestado unidade de pensamento, de coração, uma unidade que ganha força na sociedade: a causa da vida, na justiça e desenvolvimento humano e social, na guerra e na paz, na ecologia e no cuidado do planeta. Há causas em que nos sentimos unidos. Nem sempre é fácil que a confluência de pensamento aconteça, e gostaria de esse dom de comunhão pudesse acontecer. Esse é um modo objetivo de demonstrar que acreditamos no mesmo Cristo e que ele está sempre ao lado da pessoa humana, em todas as circunstâncias”, foi o apelo deixado na celebração nacional, que decorreu na igreja Nossa Senhora de Lurdes, em Coimbra, na noite de sexta-feira.

Hoje encontra, no programa 70x7, (se for madrugador às 7h30 na rtp2 ou mais tarde no portal da agência), as memórias e os contributos das diversas igrejas em Portugal para a concretização da liberdade religiosa.

No portal de informação temos mais para si, para ler, ver e ouvir!

Desejo-lhe um excelente domingo!

Lígia Silveira

 


www.agencia.ecclesia.pt

      



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