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sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Apelos de paz

O Dicastério para a Doutrina da Fé (Santa Sé) reafirmou a validade da declaração ‘Fiducia supplicans’, divulgada no último mês de dezembro, sublinhando que nenhuma Conferência Episcopal pode impedir um sacerdote de abençoar “casais em situação irregular”.

“A prudência e a atenção ao contexto eclesial e à cultura local poderiam admitir diversas modalidades de aplicação, mas não uma negação total ou definitiva deste caminho que é proposto aos sacerdotes”, refere um comunicado enviado à imprensa pelo organismo da Cúria Romana, num texto assinado pelo cardeal Víctor Manuel Fernández, prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, e por mons. Armando Matteo, secretário para a Secção Doutrinal.

O texto aborda várias questões levantadas pela declaração, que prevê a possibilidade de abençoar casais em segunda união ou uniões de pessoas do mesmo sexo.

Do Vaticano veio também o alerta do Papa sobre o impacto de “notícias falsas” na promoção de conflitos, falando durante um encontro com jornalistas da Alemanha.

“Quantos conflitos hoje, em vez de se extinguirem pelo diálogo, são alimentados por notícias falsas ou afirmações inflamadas nos meios de comunicação social! É por isso que é ainda mais importante que vós, fortes nas vossas raízes cristãs e na fé vivida diariamente, ‘desmilitarizados’ no coração pelo Evangelho, apoieis o desarmamento da linguagem”, refere o texto, entregue aos participantes, numa audiência de Francisco a uma delegação da Sociedade dos Editores Católicos da Alemanha (Gesellschaft Katholischer Publizisten Deutschlands), por ocasião do 75.º aniversário da sua fundação.

Por cá, deixo-lhe o apelo do bispo de Vila Real, que assinalou a “necessidade de rezar pela paz e de pensar nos modos e nos meios de a promover”, “no mundo de hoje em que as formas de violência se multiplicam e as guerras persistem”.

“[A paz] é a grande bênção, porque congrega todos os dons, e na sua ausência todos eles ficam comprometidos. Com paz nos corações e nas famílias, com paz em cada sociedade e na convivência entre os povos, todos os bens podem ser alcançados”, defendeu D. António Augusto Azevedo.

O apelo à paz chega ainda da igreja de Nossa da Ajuda, a matriz da Paróquia de Peniche (Patriarcado de Lisboa), que construiu um presépio onde Jesus está sozinho, no meio de escombros, numa evocação à guerra na Terra Santa, com “um significado muito especial, muito único”.

“É mais forte, arrepia-nos, acaba por ser quase aterrador ver assim uma criança completamente desamparada, sozinha, sem ninguém, sem uma mãe, sem um pai, sem uma mão, é terrível. Assim a mensagem passou mais forte”, explicou Francisco Gonçalves Domingos, à Agência ECCLESIA.

O autor quis associar o nascimento de Jesus ao “sofrimento de tantas crianças”.

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Desejo-lhe um excelente dia e um feliz ano!

Lígia Silveira

 


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