A Declaração
Universal dos Direitos Humanos, é o principal instrumento de
trabalho dos direitos humanos mundial. Homens e mulheres trabalharam e morreram
por estes princípios.
Como os vemos hoje? Como, cada um de nós os vive, defende e
luta?
Num tempo, em que aparentemente não há grandes causas, pois
as nossas necessidades básicas estão asseguradas e as nossas vidas são
confortáveis, urgem causas para se defenderem. E, muitos no seu anonimato, no
seu dia a dia o fazem.
Mas, porque existe uma declaração com os Direitos Humanos?
Para que nos lembremos que não deverá ser a lei do mais forte
a prevalecer. Mas, que todos os Homens têm os mesmos direitos e a mesma
dignidade.
Nos nossos dias, em quantas situações continua a prevalecer o
direito do mais forte? Muitas vezes, a violação dos Direitos Humanos é
contrariada por leis. Leis que falaciosamente atropelam as Leis Naturais e Universais.
A História Universal está repleta de atrocidades, mas também
de exemplos de humanidade virtuosa, de entrega aos outros, de luta pela verdade
e pelo bem.
Há alguns dias, num muro em Lisboa, deparo-me com o trabalho
de um desses exemplos. A arte como forma de expressão de uma inquietação que
todos devíamos sentir.
Ao observar essa
pintura recordei o Artigo 3 da
Declaração Universal dos Direitos Humanos–
Todo o individuo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Figura
1 - “All Abortion – Human Caviar”
A arte urbana não
deixa ninguém indiferente e admirei o trabalho deste artista e como foi capaz,
de em poucos centímetros, transmitir a profundidade de algo tão atroz - “All Abortion – Human Caviar” -.
Ao mesmo tempo, um grupo de 6 jovens, 3 rapazes e 3 raparigas
que estavam no local também especularam sobre o mesmo mural. A sua
interpretação foi diferente. Uns diziam que eram: ovários; outros:
espermatozoides e outros: embriões. Mas a resposta que me ocorreu foi:
indivíduos, como tu e eu, a quem foi negado o direito humano mais básico: o direito à vida. Parece-nos pouco?!
Uma lei que promove o aborto é uma lei contrária aos Direitos
Humanos. É uma lei contrária à dignidade da mulher. É um crime contra quem se
mata, é um crime contra a própria sociedade.
Quando um bebé nasce e se desenvolve no ventre de uma mulher,
uma mãe nasce, essa força transformadora da sociedade. Uma sociedade que não
respeita a vida humana na sua forma mais frágil, é uma sociedade em que a lei
do mais forte prevalece. Uma sociedade que não respeita a mulher, os seus
direitos e a sua dignidade, por muitas voltas que dê em discursos falaciosos, é
uma sociedade doente. Uma sociedade que trata o ciclo hormonal da mulher como
uma doença e lhe dá medicamentos, que trata a maternidade como algo indesejável
e lhe dá o aborto como remédio, é uma sociedade que verdadeiramente precisa de
tratamento!
A defesa dos Direitos Humanos Universais precisam tanto hoje,
como ontem, de cada um de nós! Cada um de nós, pode fazer a diferença. Na sua
vida, nas suas escolhas, na sua rua, na ajuda aos que mais precisam, numa
pintura urbana! Que cada um de nós, escolha fazer a diferença!
Helena Atalaia |
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