Foi em 2002 que a Eutanásia foi legalizada na Bélgica. A partir de
então tem subido o número de doentes que têm recorrido a esta modalidade de
morte. A maioria tinha doenças do foro cancerígeno, porém muitos foram
“eliminados” pelos médicos porque sofriam de polipatologias, quer dizer, tinham
várias doenças, como cegueira, surdez, incontinência, etc., que embora não
fossem mortais, nem graves, os pacientes foram “animados a pedir o fim da
vida”, vulgo ser morto pelo médico.
Na realidade não se morre de tais patologias, mas neste país,
vulgarizou-se este procedimento, mesmo sem haver uma razão plausível, nem um
sofrimento insuportável.
Temos efectivamente de reconhecer que a morte por ali até é barata. De
acordo com o Diário belga La
Libre, nos casos em que o doente elege ser morto em casa, as autoridades
médicas cobram 50 euros, sendo 25 para o material usado e os outros 25 para a
visita do médico. Para os hospitalizados há que suprir os gastos inerentes ao
internamento, pelo que fica um pouco mais caro, consoante o local e respectivo
preçário.
Para que o leitor possa fazer a sua apreciação
acrescenta-se que em 2002 foram praticadas 24 mortes e em 2017 o número subiu
para 2.309. Não obstante a
Eutanásia na Bélgica, ser uma morte
barata, cómoda e asséptica, para a qual já nem exige justificação especial, um
facto é que assusta doentes, familiares, médicos e também, alguns defensores da
sua prática, porque reconhecem que não conseguem controlar a lei e constatam o
assustador aumento de casos desde a sua legalização.
Ana Maria d´Oliveira
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